A noite fria e chuvosa de São Paulo deixava claro que havia adiante uma tarefa dura pra um Palmeiras capaz, mas momentaneamente reticente. Superar uma eliminação de Libertadores, pelo prisma do Verdão, é como o fim de um duradouro relacionamento. 3 anos de glórias, títulos e uma eliminação dolorida. O dia seguinte não é simples para viver. Ainda mais quando esse dia vale um título nacional.
Sob circunstâncias tão específicas, Abel mandou a campo seu principal time, os mais cascudos, vitoriosos e preparados membros de um elenco campeão. A ausência foi Raphael Veiga, machucado, operado e já em recuperação. O Juventude é um bom time, honesto, mas a maior tarefa desta rodada era entender o valor emocional de estar novamente em pé.
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Em pé: forte, seguro e consistente na busca por bom futebol, bom resultado e manutenção da distância sobre os rivais na disputa pelo Brasileirão. Com luta, mais do que técnica e tática de bons níveis, o Verdão foi ao gramado do Allianz Parque para vencer a si e a hesitação que pairava no espírito desconfiado do palmeirense. O show de luzes que estreou no estádio começou a quebrar um suposto pessimismo, decisivamente afastado com o passar dos minutos.
A bola era dos comandados de Abel Ferreira, bem como as melhores chances da partida. Foi com Dudu, Gómez, Zé Rafael, mas foi também com Foster, que acertou a trave de seu próprio patrimônio. A falta do gol, em dias normais, poderia gerar algum frissom no estádio, coisa que admito não ter notado presencialmente nesta ocasião especial. Comunhão pela vitória, custe o que custar, não importando que dissessem.
E assim aconteceu durante um primeiro tempo nervoso, ainda que com chances desperdiças por azar, por centímetros ou mesmo por uma boa intervenção de Pegorari, ex-goleiro do Palmeiras que não estava exatamente disposto a jogar futebol. Com segundos de bola rolando pra segunda etapa, Rony foi lançado em profundidade e finalizou com felicidade para ativar os quase 40 mil palmeirenses presentes no Allianz Parque.
Com o gol do Juventude em falha geral da defesa do Verdão, o clima e a pressão por todo o cenário pesaram – sobre todos. Foi nessa hora, mais do que em todas as outras, que o time campeão de quase tudo se mostrou presente. Com apoio da arquibancada, levou menos de 5 minutos para amassar o adversário e chegar ao segundo com Zé Rafael, dono de um jogo sublime. Alívio generalizado e uma chuva para abençoar a tensa jornada que vivemos.
O Palmeiras sobreviveu com luta, viveu de seus melhores nomes e avisou ao Brasil que o campeonato nacional tem um líder forte e que não pretende abrir mão desse espaço. Agora, faltam outras 12 finais para o décimo primeiro título Brasileiro.
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