O lateral-esquerdo Caio Paulista prestou depoimento, nesta terça-feira (24), acompanhado de sua advogada, Ana Beatriz Saguas, na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher. Em nota, o jogador do Palmeiras afirmou que apresentou provas que as acusações de Clara Monteiro são falsas.
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Veja nota oficial de Caio Paulista:
Na manhã desta terça-feira (24/09), prestei meu depoimento na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, acompanhado da minha advogada, Ana Beatriz Saguas, quando tive a oportunidade de esclarecer e apresentar provas sobre as falsas acusações a mim imputadas pela minha ex-namorada e mãe da minha terceira filha.
Venho, através desta carta, detalhar tanto os episódios específicos das supostas agressões, bem como de outras narrativas e informações inverídicas que foram trazidas por ela.
1 – Suposta agressão na madrugada de 30/09/2022
Tenho provas (inclusive com imagens) e testemunhas que na noite do dia 29/09/2022, eu, dois amigos e a minha ex-namorada jantamos descontraidamente na minha residência. Na manhã seguinte, eu e ela saímos juntos de casa. Eu fui me apresentar para cumprir minha programação profissional de treino e viagem para o jogo contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, e ela para a casa dela na Rocinha. Inclusive, ela manda áudio e mensagens para minha mãe confirmando não só essa informação relatada como nossa programação na volta da minha viagem. Também possuo as nossas conversas pessoais afetuosas ao longo dessas datas. Na falsa acusação dela, é alegado que eu a agredi e, depois, a tranquei em casa até retornar do treino. E ela também inclui no processo um episódio de ciúmes por parte dela ocorrido no mês anterior, como se fosse a causa de uma possível briga de casal neste dia de setembro.
2 – Suposta agressão na boate em 2023
Sobre essa falsa alegação, é difícil saber até em qual versão acreditar, pois já foram quatro relatos diferentes para a mesma ocasião: um na vara familiar, um na delegacia, um em entrevista na TV e outro em entrevista no YouTube. Em cada uma delas existem detalhes contraditórios que são facilmente desconstruídos nos testemunhos de pessoas que presenciaram tudo que aconteceu. De qualquer maneira, naquela noite não entrei na boate e não sei o que se passou lá dentro. E que nunca saí de dentro do meu carro, onde sempre estive acompanhado da minha irmã e do meu cunhado, que testemunharam o seu desequilíbrio ao me jogar um copo de bebida alcoólica ao entrar no veículo e as seguidas agressões a mim. Ela chega a alegar que minha mãe e seu marido presenciaram a nossa chegada na garagem do prédio e o hematoma no olho, mas isso não aconteceu. Naquela noite, dormimos na mesma cama junto da nossa filha (a babá é testemunha disso). A primeira vez que percebi que seu olho estava avermelhado, e não roxo, foi pela manhã, assim que ela saiu do banheiro. Questionei o que tinha acontecido e ela se recusou a falar do assunto. Tenho conversas com ela nesse sentido e reafirmo categoricamente que não fui eu que machuquei o olho dela.
3 – Agressão que sofri em 17/02/2024
Esta última situação é completamente oposta ao que foi relatado pela minha ex-namorada, uma vez que o agredido da história fui eu. Tenho até hoje uma cicatriz no braço de uma mordida extremamente violenta, fruto de ciúmes dela sem qualquer fundamento. Neste caso, ela também deu diversas versões contraditórias, ora dizendo que joguei um celular na boca dela, ora dizendo que soquei o rosto dela. Mas tenho testemunhas que viram ela me agredindo com chutes e socos, e me mordendo.
4 – Pensão alimentícia
A mãe da minha terceira filha tem propagado mentiras nas redes sociais e na televisão, afirmando que eu não pago pensão e que nossa filha está passando necessidades. Mais uma acusação completamente falsa. A pensão está bloqueada judicialmente desde o dia 04/09/2024 à disposição dela, conforme consta comprovante bancário. Além disso, continuo arcando com uma série de despesas da minha filha mesmo após esse bloqueio. E tenho todos os comprovantes que nos últimos quatro meses (de 06/05/2024 a 11/09/2024) arquei com R$127 mil entre depósitos para ela e contas pagas.
5 – Outras inverdades
Minha ex-namorada declara que era caixa da boate em que nos conhecemos. Mais uma inverdade dita à polícia, pois ela era presença vip, informação confirmada oficialmente pelos donos da casa noturna.
Ao tentar desqualificar o vídeo da própria irmã que a desmentiu publicamente em suas redes sociais, insinua que um relacionamento amoroso entre nós seria a causa desse apoio a meu favor. E que essa era a razão da minha ajuda financeira para a família da irmã. Confirmo apenas esta ajuda, mas sempre a pedido da minha ex-namorada enquanto ainda estávamos juntos e em depósitos na conta da mãe delas (cujos comprovantes bancários também são provas materiais).
Um indicativo a mais da conduta da minha ex é a manipulação ao incluir uma foto minha com a minha atual namorada, tentando utilizar como prova de uma inexistente união estável entre nós. Além disso, ela também anexou ao processo uma conversa de WhatsApp adulterada, onde favoritou apenas mensagens que lhe interessavam, ocultando o contexto completo da nossa troca de mensagens.
Para concluir, uma das minhas maiores decepções foi receber um testemunho de que foi outro homem que causou essas agressões das fotos de setembro de 2022 que ela me acusa, e que ela também é capaz (com base em episódios passados) de se machucar intencionalmente para manipular situações a seu favor.
RELEMBRE O CASO:
Através de postagens nas redes sociais no último dia 14, Clara divulgou fotos de hematomas e um texto afirmando ter sido vítima de abusos durante o relacionamento, mas sem citar o palmeirense. Na publicação, diz ter “ultrapassado os limites” e estar “cansada de ficar calada, de se esconder e de se sabotar por diversas vezes devido a esta situação”.
Em contato com o NP no domingo (15), a defesa de Clara, representada pelo advogado Marcos Paulo Arias, reforçou que ela não havia procurado a Polícia antes por medo de uma possível retaliação do lateral-esquerdo.
Caio Paulista, por sua vez, se pronunciou na mesma data em questão negando as acusações e afirmando possuir apenas negociações na Vara Familiar de São Paulo por questões financeiras – eles tiveram uma filha durante a relação.
– Em relação à carta aberta postada ontem pela minha ex-namorada e mãe da minha terceira filha, venho a publico me posicionar. Tivemos um relacionamento de alguns meses (ela alega que durou três anos e cinco meses) e, passado quase um ano do fim, estamos discutindo na Vara Familiar de São Paulo temas financeiros relacionados à pensão alimentícia e outras demandas – disse o pronunciamento do atleta, que foi finalizado da seguinte maneira:
– Até o momento, não houve acordo e corre em segredo de justiça. Não existe nenhuma outra demanda em Vara Criminal relacionada a supostas agressões. Venho afirmar que nunca a agredi, bem como não agredi nenhuma outra mulher, e, acima de tudo, a respeito como mãe da minha filha.
O Palmeiras reafirma a nota enviada à reportagem do NP onde cita que “o clube não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais” e que “a instituição tem acompanhado o caso com a devida atenção”.
Na terça-feira (17), Clara Monteiro, ex-mulher do atleta, compareceu à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e registrou um boletim de ocorrência acusar o jogador do Palmeiras de agressão.
A advogada Ana Beatriz Saguas, que passou a representar Caio Paulista, no que diz respeito às supostas acusações de agressão, emitiu um comunicado oficial afirmando estar recebendo diversos relatos que comprovam a inocência do atleta.
– Estamos recebendo de forma voluntária diversos relatos que desmentem as versões de agressões e comprovam a inocência do Caio. Quando tivermos acesso ao depoimento que foi dado na Delegacia da Mulher, vamos nos posicionar publicamente. Aproveito para informar que estamos compartilhando todas essas informações com o Palmeiras, e que a advogada Sônia Canale segue defendendo o Caio no processo que corre em segredo de justiça na Vara de Família”, afirmou a advogada Ana Beatriz Saguas.
Ao NOSSO PALESTRA, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) confirmou a denúncia realizada por Clara. A SSP diz, em nota, que “a vítima forneceu informações sobre os fatos e demais providências necessárias para o andamento das investigações”, além de frisar que “outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial e resguardá-la”.