Campeã da Libertadores, Byanca Brasil afirma que ‘cabeça fria’ foi diferencial do Palmeiras no torneio

Atleta se destacou com as Palestrinas na campanha vencedora da competição continental e conversou com o NOSSO PALESTRA

No dia 28 de outubro, o Palmeiras conquistou a Libertadores Feminina pela primeira vez em sua história. O time de Ricardo Belli derrotou o Boca Juniors na final do torneio e saiu do Equador com a taça em mãos. Na histórica campanha, o Verdão contou com diferentes destaques, sendo Byanca Brasil um dos principais.

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A atacante chegou em 2022 e oscilou entre a titularidade e o banco de reservas. Apesar de boas atuações, a jogadora não se firmou no 11 inicial até o início da competição continental, quando recebeu mais uma oportunidade.

Em entrevista exclusiva ao NOSSO PALESTRA, a jogadora explicou como conseguiu dar a volta por cima no elenco palestrino, conquistando a titularidade e mostrando serviço ao longo do torneio continental.

– Sempre tive consciência do meu potencial e de tudo que eu sempre trabalhei para conquistar o meu espaço. Não foi fácil, até porque nosso grupo é bem competitivo, mas eu sabia que em algum momento eu teria a oportunidade e teria de agarrar. Na Libertadores eu tive essa oportunidade e graças a Deus consegui ajudar a equipe da melhor forma e conseguimos sair com o título, que era o que mais importava. Independentemente de quem estava marcando, dando assistência, o mais importante foi a gente trazer esse título para o Palmeiras.

Após bons jogos, o Palmeiras chegou à final diante do Boca Juniors. Em campo, a equipe teve um bom início e abriu o placar com Ary Borges. No entanto, as adversárias conseguiram empatar na primeira etapa e foram para os vestiários jogando melhor.

(Foto: Staff images/Conmebol)

Antes do fim dos 45 minutos iniciais, porém, Byanca teve uma oportunidade para colocar o Alviverde novamente à frente do placar. A atacante, contudo, cabeceou mal e errou a meta. No início da segunda etapa, porém, ela recebeu mais uma chance de cabeça e não desperdiçou.

Ao NP, a camisa 12 explicou que, ao longo da final, o time inteiro conseguiu se manter de cabeça fria. Com isso, ela não se abalou com o erro e seguiu em busca de um tento decisivo.

– Eu sabia que era um jogo em que quem errasse menos iria vencer, e a gente precisava matar o jogo. Eu tive uma oportunidade antes, peguei uma bola no susto que achei que a Bia ia finalizar, mas a bola acabou chegando em mim e peguei ela meio no susto, mas eu sabia que a gente ia continuar criando, a gente estava bem na partida. Eu sabia que a oportunidade ia aparecer de novo e eu não ia deixar passar. Graças a Deus fui feliz por estar no lugar certo, com um belo passe da Bruna e conseguir fazer o gol.

– Acho que não foi só o que o Abel falou e o que ele vem pregando na equipe do Palmeiras masculino (sobre o lema “cabeça fria, coração quente”). A gente também estava com a cabeça muito tranquila, a gente sabia o que tínhamos de fazer, da nossa crescente como grupo ao longo da competição e do ano. Isso fez a diferença. A gente tinha ciência do que tínhamos de fazer. Se a gente tomasse gol, estivesse mal na partida, a gente sabia o que tinha de fazer. Era isso, ter a cabeça fria, ter tranquilidade porque a gente sabia que as coisas iam acontecer. Não adiantava a gente se desesperar ou perder a cabeça no jogo. Então a gente manteve a cabeça fria o tempo todo, e isso foi o diferencial.

(Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)

O tento de Byanca na final foi mais um que o time garantiu através da bola aérea. Mais tarde no mesmo jogo, Poliana também balançou as redes, desta vez após cobrança de escanteio. Os cabeceios foram uma arma importante do Verdão ao longo da Libertadores.

Para a atacante, esse destaque nas jogadas ensaiadas é algo natural, uma vez que a comissão técnica trabalha bastante esta valência durante os treinamentos. Deste modo, as atletas se desenvolvem cada vez mais neste quesito.

– A gente tenta treinar todos os aspectos do jogo, tudo o que pode acontecer no jogo. Na bola parada a gente conseguiu se encontrar e encaixar. Temos boas batedoras e boas cabeceadores, então isso ajuda muito na hora do jogo, da decisão. A gente foi feliz por tudo que a gente vem treinando, não só a bola parada. Sempre treinamos muito isso (jogada aérea) e vem acontecendo nos jogos e decidindo os nossos jogos. Então acho que foram importantes todos os treinos e todas as jogadas que vêm dando certo.

(Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)

Por fim, Byanca comentou a sensação de balançar as redes pelo Palmeiras na final da Libertadores. A atleta já havia sido campeã em 2017, pelo Corinthians, mas marcou pela primeira vez em uma decisão continental. Segundo ela, isso é algo extremamente gratificante e que vai ficar marcado em sua vida.

– Foi gratificante, né? Por tudo que a gente passou no ano, a eliminação no Brasileiro diante da nossa torcida. A gente estava com aquilo engasgado, sabíamos que a gente tinha de trazer esse título (Libertadores) para o Palmeiras. Foi gratificante fazer o gol. Não só o gol, mas a competição em si. Levar essa competição tão importante para casa foi importante demais. Só tenho gratidão a Deus por tudo o que vem acontecendo na minha vida, e por tudo o que aconteceu nessa Libertadores, acho que a gente mereceu muito isso. Agora é buscar mais, ainda temos um Paulista pela frente.

Byanca Brasil chegou ao Palmeiras em 2022. No clube, soma 30 jogos e dez gols. Destaque na temporada, estará com a equipe novamente na próxima quarta-feira (9) às 16h (de Brasília) diante do Santos, pela estreia da Brasil Ladies Cup.

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