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Uma carta de agradecimento a um dos maiores: Fernando Prass

(Foto: Cesar Greco / Fotoarena)
(Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

Oi, Prass, tudo bom? Cara, eu normalmente gosto de ser mais racional e tal, mas quando falo de você não tem como o sentimento não se sobressair.

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Palavras não podem descrever o quão grato eu sou por tudo. Você impediu minhas lágrimas em 14, com tantos e tantos milagres que eu nunca tinha visto um goleiro do Palmeiras fazer. Na verdade não impediu, só postergou, porque em 15 elas vieram, dos seus pés e mãos mágicas que pararam pênaltis em semifinal de paulista e me deixaram gritar que é campeão pela primeira vez. 

Muitos dias, muitos mesmo, tentam competir com aquele 02/12/15, mas nenhum foi tão místico. Tão mágico. Um time que saiu da lama, com você, reencontrou a glória, com VOCÊ! 

Prass deixou de ser um nome pra mim. É uma entidade. Fernando Prass, duas palavras que juntas me arrepiam como nenhuma outra. 

Se você fizer, o Palmeiras é campeão. Você fez, e o Brasil foi verde como nunca havia sido. Um sentimento diferente, até de 16 e 18, que você também tava. 

Eu lembro de 2016, nenhum brasileiro pegava mais que você. A verdade é que nem tinha muita disputa, ninguém conseguia chegar nem perto. O Micale viu isso e eu comemorei como um título, e desabei quando você se machucou. 

Aquele ano mágico pra todos. Depois de 22 anos vencemos, de fato, o Brasil de novo. Nunca tinha visto e você, mais uma vez, fez parte disso. Aquele abraço, sincero e simples abraço, no Jailson lá no fim do Brasileiro é tudo. Tudo. Me emocionei na hora, escrevendo e lembrando. 

No mesmo 2016 você fez um dos melhores jogos da sua carreira. Nunca, até pouco tempo atrás, o Palmeiras tinha tomado um baile no Allianz como foi contra o Rosário. Mas você, vestido de branco como o anjo que foi naquela, e em tantas outras, noite importante impediu, mais uma vez, a derrota.

De todos esses anos, de emoções atrás de emoções, só tem um momento que não gosto de lembrar. Na verdade, eu odeio. Se pudesse tirar algo dessa sua história era isso: sua saída. Não era pra ir pro nordeste, nada contra, torci muito por você por aí, mas tinha que ter acabado de verde. E se saísse, não podia ser como foi. 

Fariam isso com Weverton? Marcos? Leão? Por que com você? Não entra na minha cabeça, você é tão grande quanto eles. Pro clube e pra mim.  

Mas isso não mancha, nem minimamente, tudo o que você fez. E será lembrado pra toda a eternidade. Chegar na B, salvar na A, ganhar o Brasil três vezes. Gol do título e defesa da salvação. O símbolo dos novos tempos. Dos tempos melhores. 

Palavras não podem descrever o quão grato eu sou. 

Então muito obrigado, ídolo. 

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