A missão era sustentar o resultado obtido na Argentina. O adversário, o bom Defensa y Justicia. O Palmeiras foi ao Mané Garrincha, em Brasília, para conquistar a Recopa Sul-Americana. Depois de bater os argentinos por 2 a 1 fora de casa, Abel Ferreira e seus comandados tinham a vantagem e poderia até empatar que saíram de campo com mais uma taça, e, no caso da Recopa, uma conquista inédita para o clube.
Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Para isso, o treinador português utilizou-se de algumas mudanças em relação ao time que vinha atuando nos jogos anteriores. Danilo e Patrick de Paula tomaram as vagas de Felipe Melo e Zé Rafael, em busca de dinamizar o meio campo, problema recorrentes nos compromissos passados. No ataque, com Wesley, Breno Lopes e Rony, a tentativa de buscar o contragolpe não demorou a se converter em fato. Logo de início, Wesley quase abriu o placar, mas o zagueiro do Defensa y Justicia tirou a bola quase sobre a linha.
Enquanto os argentinos dominavam as ações do jogo, o Palmeiras assustava nos contragolpes. Em um deles, Veiga acionou Rony e o camisa 7 fez bom lance até ser derrubado dentro da área. Com auxílio do VAR, o árbitro, que já demonstrava fraqueza, anotou a penalidade. Veiga, que nunca falhou em uma penalidade com a camisa do Verdão, fez o que se espera a botou o Palmeiras na frente. Era a abertura do placar e um passo grande rumo ao título. Mas a vantagem não durou.
Aos 30 minutos, quando era muito superior na partida, o Defensa encontrou seu gol. Em boa troca de passes, Brian Romero apareceu sozinho, sem qualquer marcador, na grande área, e complementou o cruzamento pro fundo do gol. Era o empate, àquele momento, justo. No restante de primeira etapa, o maior destaque ficou por conta da horrorosa apresentação de Leodan Gonzalez, apitador que deu um verdadeiro show de erros, inversões e nervosismo.
O segundo tempo começou de mudanças de lado a lado. Rony, em chute defendido, e Romero, em boa saída de Weverton, foram as ações mais claras de gol enquanto os times se mantiveram com 11 em campo. Aos 22 minutos, o VAR chamou o árbitro uruguaio para checar um lance de ataque durante o qual Viña se enroscou com o zagueiro do Defensa e acabou por deixar o pé nas costas do adversário. Com a imagem de auxílio, o lateral foi expulso e o Palmeiras passou a se defender com 10.
Além de lutar contra o bom time argentino, o Palmeiras duelou contra toda incompetência da arbitragem. Com Veron machucado, Felipe Melo, Alan Empereur e Gabriel Menino, que entrou com muita autoridade, o Verdão lutou bravamente até que o tempo se esgotasse, mas faltou um minuto. Aos 94, em uma saída errada de Empereur, Benítez bateu de primeira, num chute espetacular, e venceu Weverton. Era o segundo gol do Defensa que levou a disputa à prorrogação.
Nos primeiros 15 do tempo extra, uma completa confusão. Antes, Felipe Melo lançou Rony, que foi derrubado infantilmente pelo goleiro do Defensa. Banana, o árbitro precisou novamente do VAR para observar um lance bastante simples. Com a marcação do penal, uma confusão generalizada se instalou. A briga chegou aos vestiários do Mané Garrincha após a expulsão de Brian Romero. Com ânimos menos exaltados, Gustavo Gómez foi bater a penalidade e não superou Unsain.
Para a segunda parte, Abel sacou Marcos Rocha e colocou Luiz Adriano em campo. Nada que fosse eficiente. Sem forças, os times levaram a decisão aos penais. Na disputa, o Defensa vence a competição e chega a seu segundo título continental.