Dia do Pofexô

Pofexô, pela primeira vez em 30 anos de ofício eu pedi para alguém pedir demissão. Primeiro pelo time jogar pouco há meses. Segundo por você não conseguir tirar mais bola de quem tem, de quem tem e não parece ter, de quem não tem, e de quem já teve.

Queria mesmo que você saísse. Você. O maior campeão no Brasil e em São Paulo. Melhor: o maior vencedor no nosso Palestra. Quem nos tirou da fila e enfileirou mais quatro canecos em menos de dois anos. Quem montou o melhor Palmeiras que vi. Quem nos deu os últimos estaduais. Quem me dá orgulho e alegria pela bola e pelas taças.

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Com quem já brigamos no ar e fora dele. Por pensamentos e condutas distintas. Por críticas mais contundentes. Por insinuações minhas. Por sacanagens minhas e suas. Por cobranças mais duras sobre quem pode dar mais. Muito mais. E só menos do que Telê.

Neste Dia do Professor eu só posso agradecer pelas aulas que vi como jornalista e palmeirense. Pela companhia na final da Copa de 2014 pelo Fox Sports. Mesmo pela briga sobre a sua idade que tivemos em 2001. Pelas discussões sobre arbitragem em um telefonema de Madri, em 2005. Por suas contratações em 2009. Por outras questões menores ou maiores. Mas que jamais vão superar 12 de junho de 1993. A festa lá em casa pelo bicampeonato paulista de 1994. A festa que meus pais fizeram pra você na casa deles pelo time histórico de 1996.

Quem cultua inimizades na incultura da falta de respeito jamais vai entender isso – como outras tantas coisas que os sofômanos se acham e, logo, se perdem. Eu prefiro elogiar sem incensar quem merece. Criticar sem incinerar quem dá brecha.

Mas quem ganhou como você, e quem nos fez vencer como você, sempre terá respeito e carinho que a gente sempre deve ter.

Até mesmo quando a dureza da vida nos obriga a desligar aparelhos e conexões quando não dá mais.

Para quem tanto nos deu, sempre ficará o que pra sempre ficará.

Ao mestre.

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