Dudu abre coração e revela emoção de voltar ao Palmeiras: “Esse clube é tudo para mim”

Jogador teve reencontro com o Allianz Parque e falou sobre alguns dos principais momentos vestindo a camisa do Verdão e emoção de retornar ao clube

De volta ao Brasil após empréstimo por uma temporada no Al-Duhail, do Catar, Dudu voltou a ser jogador do Palmeiras e já trabalha na Academia de Futebol, em processo de recondicionamento físico. O atacante participou neste sábado do terceiro episódio da “Academia de Craques”, programa exclusivo da TV Palmeiras Plus, que marcou o reencontro do craque com o Allianz Parque.

Dudu falou sobre alguns dos principais momentos vestindo a camisa alviverde durante sua primeira passagem, de janeiro de 2015 a junho de 2020, e a emoção de voltar para o clube onde foi bicampeão brasileiro (2016 e 2018) e campeão da Copa do Brasil (2015).

Chegada no clube em 2015 e título da Copa do Brasil

– Quando cheguei no Palmeiras era muito jovem ainda e era considerado uma aposta, mesmo tendo feito um bom Brasileiro pelo Grêmio no ano anterior. No começo, a torcida ainda tinha um pouco de desconfiança comigo, mas graças a Deus pude confirmar a expectativa do torcedor. Amadureci muito depois daquela final do Paulistão contra o Santos, onde eu acabei sendo expulso. Depois dali, conseguimos focar na Copa que graças a Deus conseguimos vencer. Foi a partir dai que os torcedores começaram a enxergar em mim um jogador que eles poderiam confiar. O carinho e a confiança de todos aumentou depois daquele título. Tiramos um peso grande das costas depois de uma temporada instável.

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Gol no Corinthians e comemoração com “Chapéu”

– Comecei no banco aquele jogo e ficava o tempo todo pensando que se eu entrasse e fizesse um gol eu iria comemorar daquele jeito. Estava muito confiante. Não era nem para eu ter jogado aquele dia. Estava machucado e cheguei até a brigar com o pessoal da fisioterapia dizendo que estava bem e que precisava jogar aquele jogo. Quando você entra em campo para defender o clube, todo esforço é válido. No gol, teve um pouco de falha do Cássio, mas também tive o mérito de acreditar que poderia ganhar aquela bola.

Relação com Cuca e título brasileiro com a faixa de capitão

– Já conhecia o Cuca e tinha uma amizade desde a época que joguei no Cruzeiro, foi ele o responsável por me subir para o profissional. Quando ele chegou no Palmeiras, tivemos um atrito no começo, mas isso é algo natural do futebol quando duas pessoas que querem vencer trabalham juntas. Antes de um jogo contra o Athletico-PR, ele e o Alexandre Mattos conversaram comigo e decidiram que eu seria o capitão doo time. Cuca disse que precisava de mim e que queria que eu guiasse o time rumo ao título Brasileiro. Cuca chegou em mim e falou: “prometi para a torcida que seríamos campeões, se não acontecer vamos virar chacota no final do ano”. Me tornei um jogador mais responsável dentro de campo. Quando você está com a faixa, tem que ser o espelho do time.

Parceria com Gabriel Jesus e ataque campeão

– Desde que o Gabriel Jesus subiu, em 2015, a gente via que ele tinha potencial e que poderia nos ajudar. Ele foi buscando o espaço dele e ganhando cada vez mais experiência. O ano de 2016 foi quando ele começo a arrebentar e ser convocado para a Seleção Brasileira principal, fazendo gols importantes. Extávamos muito entrosados naquele Brasileirão, não só ele, mas como o time todo. Sempre marcávamos gols logo no começo dos jogos dentro do Allianz. Aquele jogo contra o Botafogo foi um dos mais importantes da campanha, talvez tenha sido um dos gols meus gols mais importantes com a camisa do Palmeiras.

Felipão e bicampeonato brasileiro como melhor jogador

– Quando ele chegou no Grêmio, pegava muito no meu pé porque eu não fazia gols. Nosso time marcava 20 gols no campeonato e 17 eram do Barcos. Ele sempre me colocava para treinar mais finalizações depois do treino lá no Grêmio e foi daí que começamos a criar um vínculo. Graças a Deus, fomos muito bem naquele Campeonato Brasileiro de 2018. Aquele jogo contra o Flamengo, no Maracanã, foi muito especial para a gente. Estávamos com alguns desfalques e tivemos até que improvisar alguns jogadores, mas mesmo assim conseguimos sair com um bom resultado, Foi ali que vimos que realmente seríamos campeões.

Título da Libertadores como torcedor

– Fique muito feliz de ver as pessoas que trabalham no clube e os jogadores conquistando uma Libertadores, Copa do Brasil e Paulista. Conseguiu assistir toda a final contra o Santos, mas os outros jogos não por conta do horário. Era muito difícil por conta dos treinos e jogos lá no Catar. Fiquei muito feliz pelo Breno Lopes pelo gol marcado, era um menino que antes jogava num time de Série B no Juventude e quando chega no Palmeiras, marca um gol tão importante. Estava em casa, assisti a entrega do troféu e comemorei com meus filhos no dia seguinte. Eles ficaram muito felizes.

Saída do clube e momento difícil fora de campo

– Fiquei muito triste naquele momento por sair do clube, ainda não estava preparado para uma despedida. Mas era algo que precisava acontecer, estava passando por uma dificuldade fora de campo e uma certa turbulência na minha vida pessoal. O presidente me entendeu e me ajudou muito naquele momento. Em 2019, recebi uma proposta da China e ele pediu que ficasse, prometendo que me liberaria no momento que eu precisasse. Fiquei muito feliz quando ele cumpriu a promessa.

Emoção de retornar para casa

– Fiquei muito de retornar para minha casa. Estou muito ansioso de começar a treinar e voltar a jogar. O clube vive um momento muito bom, de glórias, e espero que possa contribuir para que isso continua a acontecer. Eu volto para ajudar a equipe como eu sempre fiz. Palmeiras significa tudo para mim. Foi onde eu conquistei os principais títulos da minha carreira e me tornei um jogador, homem e pessoa melhor. Devo muito a este clube e quero continuar escrevendo minha história aqui. Sempre iriei defender essa camisa quando estiver dentro de campo e espero que os torcedores possam voltar logo ao nosso estádio felizes com o nosso desempenho. Eles sempre podem contar comigo porque eu sempre contarei com eles.

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