Empresário de Borja detona Mano Menezes: “Nunca ganhou um título internacional”

(Foto:Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

O empresário de Miguel Angel Borja não gostou das declarações de Mano Menezes para o programa Bola da Vez, da ESPN, gravado na última semana, onde o técnico falou sobre a rápida ascensão do atacante colombiano e a difícil adaptação do jogador ao futebol brasileiro.

O empresário não gostou das declarações do técnico do Palmeiras e ainda provocou o treinador brasileiro, dizendo que, "apesar dos 22 anos de carreira, Mano não ganhou nenhum título internacional, tampouco um Brasileiro".

Mano Menezes não foi nada desrespeitoso com o atleta e apenas afirmou que Borja apareceu para o cenário do continente após ser decisivo nas semifinais e na grande final da Libertadores de 2016.

Apesar de não ter sido relacionado nos quatro últimos jogos do Verdão e ser pouco utilizado por Mano, Borja viajou para o Rio de Janeiro, junto à delegação do clube, para o jogo contra o Vasco, na noite de hoje.

Dos 14 jogos de Mano Menezes no comando do Palmeiras, Borja participou de cinco deles. Quatro entrando no segundo tempo, e apenas no duelo contra o Atlético-MG entrando como titular.

O camisa 9 não fez nenhum gol com o novo comandante e não marca desde as oitavas de final da Libertadores, quando balançou as redes do Godoy Cruz no Allianz Parque.

Confira abaixo a nota na íntegra do empresário do camisa 9 alviverde:

"Como representante de Miguel Angel Borja, que atualmente joga no Palmeiras, e devido a declarações no programa "Bola da Vez", da ESPN Brasil, por parte do professor Mano Menezes sobre meu representado, eu me vejo obrigado a produzir um comunicado, pois as considero desrespeitosas e fora de lugar.
Em seus oito anos como profissional, Borja conseguiu títulos e premiações de nível nacional e internacional, como o Sul-Americano sub-20 de 2013, a Copa Sul-Americana de 2015, a Copa Libertadores de 2016 e em outras várias ocasiões foi goleador de campeonatos e copas.

Ao se referir à ida de Miguel para o Atlético Nacional, quero contar que não só foi campeão da Libertadores, mas também o artilheiro da Copa Sul-Americana de 2016, e assim foram 39 gols naquele ano, sendo cinco deles entre as semis e finais da Libertadores, um recorde que só tinha sido obtido pelo Rei Pelé.

Em 2017, chegou ao Palmeiras com o objetivo primordial de conseguir a tão desejada Copa Libertadores. Foi um ano de adaptação, seguramente não só para Borja, mas para todo o Palmeiras, pois a equipe teve três técnicos em seis meses, sendo eliminado nas oitavas de final e tendo Miguel como reserva.

Em 2018, quando teve um técnico (Roger Machado) que jogava um futebol para o ataque, que proponha o jogo e tinha como referência um atacante definidor e de área como é Miguel Borja, ele tornou-se o único jogador do elenco do Palmeiras a ser convocado à Copa do Mundo da Rússia, além de ser goleador do Paulista, tornando-se o primeiro artilheiro estrangeiro da história do torneio. Mais importante ainda, foi o goleador da Copa Libertadores com nove gols em 12 partidas e 805 minutos jogados.

Na Libertadores de 2019, o artilheiro Gabriel Barbosa, que é o grande jogador que se conhece, fez sete gols em 12 partidas e 921 minutos jogados. Apesar dos excelentes números e estatísticas, Miguel foi substituído na primeira semifinal (contra o Boca Juniors) e a equipe sofreu dois gols em 15 minutos. Na segunda semifinal, o Palmeiras foi eliminado com o artilheiro da Libertadores iniciando no banco.

O ano de 2019 seguramente tem sido um dos mais difíceis na carreira de Miguel, pois seu rendimento baixo em fevereiro custou a titularidade. Mas cabe lembrar também que depois de meses sem ser usado, Miguel voltou a ser titular nas duas partidas (contra o Godoy Cruz) e não só fez gols em cada um deles, como foi eleito também o jogador da partida. Desafortunadamente, na fase seguinte e diante dos olhos de todo continente, inexplicavelmente não foi usado novamente, e o Palmeiras foi eliminado com Miguel Borja no banco.

Espero que isto ajude ao professor Mano Menezes a conhecer mais a fundo o seu jogador e a ser mais preciso quando fizer declarações públicas.

Eu lhe desejo muito êxito, pois entendo que o professor, apesar de seus 22 anos de carreira como técnico profissional, ainda não tem nenhum título internacional, tampouco um Campeonato Brasileiro. Tomara que nesta passagem pelo Palmeiras tenha algum êxito nestes dois e leve o Palmeiras a seu tão sonhado título internacional".