Especial BR-72 – a nova Academia: América Mineiro 1 x 2 Palmeiras
Antes da ótima vitória em Belo Horizonte, reportagem da FOLHA DE S.PAULO destacava que o Palmeiras começava a mostrar o futebol que lembrava a Academia de 1965. Aquela que então ainda era única. Mas que a partir daquele 1972 e até o Paulista no final de 1974 seria conhecida a de Filpo Núñez como Primeira. Porque a Segunda Academia era a campeã paulista invicta de 1972. Líder do grupo na primeira fase do BR-72 onde tinha a melhor campanha, que a garantiu na próxima fase com a vitória em Minas contra o vice-lanterna.
Sem Dudu, lesionado na perna direita, Brandão voltou com o eficiente Zé Carlos na cabeça da área. Edu seguia afastado. Mas não seria negociado como pedia Brandão. César tinha liminar na Justiça comum para voltar a campo. Mas o Palmeiras não queria peitar a CBD. E nem o treinador estava interessado no seu retorno. Ele não vinha treinando. A equipe vinha bem. Não precisava de mudanças com Leivinha fazendo a de César no comando do ataque, e Madurga no meio jogando onde brilhava Leivinha.
O América de Yustrich até foi melhor na primeira etapa. Mesmo levando o primeiro gol do jogo, marcado pelo Divino, logo aos 6. O bom centroavante Cândido empatou aos 17. Na segunda etapa, Leivinha desempatou e ajudou com Madurga e Zé Carlos e Ademir a administrar o placar.
Líder isolado do grupo e também melhor campanha geral, o Palmeiras era o primeiro classificado para a segunda fase. Ainda não era o favorito ao título. Mas parecia ser.
AMÉRICA MINEIRO 1 x 2 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Domingo, 19/novembro (tarde)
Mineirão
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 20 792
Público: não disponível
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Zé Carlos e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga, Leivinha e Pio (Fedato)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Ademir da Guia 6 e Cândido 17 do 1º; Leivinha 12 do 2º