Eu sou o Borja! Palmeiras 2 x 1 Santos

Eu me identifico demais com o Borja. Muitas vezes ele faz com a bola a mesma coisa que eu faria em campo. Como aos 2 do segundo tempo, quando o mais caro jogador da história do Palmeiras bateu com a canhota uma bola que tinha que ser com a direita. Ninguém entendeu. Como poucos ainda entendiam tantas chances para ele entre os titulares quando, dois minutos depois, nos excelentes cinco minutos do Palmeiras depois do intervalo, Borja foi na raça para ganhar o lance e completar bonito e ampliar para 2 a 0. Um time que bastou jogar ótimos cinco minutos iniciais e mais cinco no segundo tempo no reinício para vencer merecidamente e se manter 100%. Mas ainda com gosto de que pode mais. Como o Santos poderá muito mais com Gabriel Barbosa e Bruno Henrique.

Quando a fase é ótima como a do Palmeiras, Dudu bate escanteio, Antonio Carlos cabeceia e nem Vanderlei vanderleia: 1 a 0 Palmeiras, com menos de dois minutos.

Quando a fase não é tão boa, o Santos mais celebra a falta de Lucas Lima que explodiu na sua trave aos 5 minutos que a recuperação da equipe depois disso. Duas chegadas negadas pelo excelente Jailson aos 13 e pouco mais produziu o time de Jair sem a dinâmica de Renato, com o peso de Vecchio, e as limitações atuais de um ataque que irá encorpar com os reforços disponíveis – e sem compreender como Gabriel nem no banco ficou.

O Palmeiras também poderia ter feito mais em um primeiro tempo chocho. Lucas Lima armou por todos os lados mas pisou pouco na área. Borja também. E ainda pisou demais na bola que novamente tão bem foi defendida por Felipe Melo. Ganhou quase todas por cima e por baixo e foi de novo na temporada o cara do time mais fazendo em campo do que falando fora. Bem diferente da irresponsável ousadura de 2017.

Como tem sido o Palmeiras em 2018. E também foi na segunda etapa. Não apenas pelas qualidades técnicas do elenco. Também pelo trabalho de Roger, que fará esse time jogar muito mais com o que tem e o que poderá ter. Mesmo que de novo a zaga tenha bobeado aos 16, quando Renato cabeceou cruzamento de Daniel Guedes, em lance irregular porque a bola já havia saído em escanteio pouco antes.

O gol animou o Santos, que apostou no mais que promissor Rodrygo. Mas com o peso de Rodrigão (outro que teve de ir a campo por lesão de Sasha) e Vecchio, ficou difícil criar algo além. Como o Palmeiras, como também já havia acontecido na primeira etapa, parou por ali. Roger demorou a mexer, mas quando se coloca Keno, Bruno Henrique e o estreante Gustavo Scarpa de um banco com crédito a ponto de dispensar Moisés, é possível imaginar como esse Palmeiras irá longe.

PS: Da cabine, não marcaria o pênalti reclamado por muitos palmeirenses em Willian, aos 39 do segundo tempo. Lance que nem ele reclamou.