Ex-técnico do Palmeiras, Caio Júnior ganha biografia

Verdão está presente na infância, na temporada de 2007 como treinador e no jogo da conquista do título Brasileiro de 2016, o jogo da Chapecoense antes da tragédia

“Caio Júnior – O ídolo, o ser humano e sua inesquecível jornada” é a biografia do ex-técnico do Palmeiras, Caio Júnior, uma das vítimas do voo que transportava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia.

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O livro escrito pelo jornalista Adriano Rattmann, assessor de imprensa de Caio Júnior por 13 anos, será lançado no dia 14 de dezembro das 17h às 20h a Biblioteca Pública do Paraná, com a presença do autor e da família do biografado. A pré-venda está disponível no site: www.caiojunior.com.br ao preço de R$ 60,00.

Caio Júnior foi técnico do Palmeiras em 2007 num momento de turbulência política e poucos recursos financeiros. Mesmo sem a sonhada Libertadores que escapou na última rodada do Brasileirão, Caio teve seu trabalho reconhecido e se tornou um dos treinadores de destaque do futebol brasileiro. Foi durante seu comando que o meia Valdívia fez seu primeiro gol no Palmeiras e começou a construir sua idolatria no Parque Antártica. Não à toa, que o chileno sempre declarou que Caio Júnior foi o melhor técnico com quem trabalhou na carreira.

Caio também teve uma relação de infância com o Palmeiras. Quando fazia gol no Colégio Marista, em Cascavel, comemorava como se fosse seu ídolo Leivinha. E sua última partida em vida, mais uma vez o Palmeiras estava em seu destino. Dirigindo a Chapecoense, enfrentou o Palmeiras no jogo que deu o título Brasileiro de 2016 ao time, no jogo que marcou também o retorno de Fernando Prass ao gol.

A carreira

Revelado pelo Grêmio, Caio Júnior foi artilheiro do Gauchão aos 20 anos e vivenciou a efervescência cultural dos anos 80 em Porto Alegre. Realizou o sonho de jogar na Europa onde passou oito temporadas em Portugal. Depois de ter a carreira quase interrompida devido a uma lesão, ressurgiu nos gramados para entrar na história do Paraná Clube como um dos principais jogadores na conquista do pentacampeonato paranaense em 1997.

Após aposentar as chuteiras, experimentou a função de cronista esportivo, professor de escolinha, coordenador técnico e auxiliar, até se firmar como uma das revelações entre os treinadores brasileiros no início do século XXI.

Os surpreendentes trabalhos no modesto Cianorte e no Paraná Clube, abriram possibilidades nos maiores mercados do futebol brasileiro, comandando equipes como o Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Grêmio, Vitória, entre outros. Fora do Brasil, viveu momentos de glória principalmente no Qatar e nos Emirados Árabes, onde conquistou títulos e independência financeira.

Na Chapecoense, vivia um momento mágico, demonstrando uma paz cristalina e satisfação pessoal e profissional, a ponto de afirmar que ‘se morresse, morreria feliz porque conseguiu tudo que quis na vida’.

Com artes criadas pelo filho mais velho, Matheus Saroli, o livro mostra os sistemas de jogos e esquemas táticos utilizados por Caio Júnior, oferecendo uma compreensão mais aprofundada das estratégias empregadas por ele ao longo de sua carreira em suas equipes.

A biografia vai além das quatro linhas, mostrando o amigo, o pai, o marido e o ser humano que enfrentou e superou uma das principais doenças do século: a depressão.

Adriano Rattmann se aprofundou em estudos e pesquisas para trazer os bastidores da tragédia na Colômbia que vitimou 71 pessoas entre jogadores, dirigentes, comissão técnica, jornalistas e convidados.

Foto: Arquivo Pessoal – Adriano Rattmann