Felipão, muito obrigado por tudo

Uma breve lembrança ao maior de todos os tempo, com todo carinho do mundo

Chega uma fase da vida na qual não temos muito mais a pedir para certas pessoas. Para Luiz Felipe Scolari, minha lista de desejos está muito mais do que completa. Sonhei com a last dance, como despedida, e ele entregou um Brasileirão sublime, com contornos épicos e que só não teve a América como gran finale porque o destino fez das suas.

Felipão já havia feito de tudo, vencido o país há alguns minutos e, com champanhe na careca, disse que ‘paguei uma parte da dívida’. Qual dívida, meu mestre? Dívida inexistente, apenas. Não é por taça levantada – e foram muitas, mas pelo pertencimento, pela representatividade, por abraçar nossas cores quando a situação estava ruim.

Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Conheça e comente no Fórum do Nosso Palestra

Copar com um time cujo destino era descender, naturalmente, por sua imensa ruindade, assinada por quem assinava contratos. Copar quando um time desconhecia aquela Copa. Copar até o mundo, com suas escolhas que poucos apoiavam e muitos apupavam. Felipão era pai dos seus e inimigo do resto, e sua lealdade era incontestável.

Nas piores, não se omitia. Era presidente, assessor, agricultor de pimenteira, treinador, professor do Tinga e do Vinícius que jamais acertaram o cruzamento, era nossa fé, a única, de dias melhores. Plantava factoides, incutia filosofias, criava uma aura de luta e assim tirava mais do que os caras podiam dar. Ele fez muito camarão com sardinha.

Não me alongarei tanto mais nesse registro breve de agradecimento. Feliz 73, Felipão. Pai da minha palestrinidade, avô dessa que Abel cultiva à Luiz Felipe, dessa que todos nós sabemos ser ‘contra tudo e todos’. Dessa que nos faz ter raiva daquela porra de.. De tudo. Que sua vida seja sempre tão linda quanto foram suas passagens por aqui.

Ao maior de todos, com muito carinho.

LEIA MAIS