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Gestão das Crias da Academia vira exemplo e espelha plano do Palmeiras para o futuro

Atual elenco conta com um terço dos jogadores formados nas categorias de base e objetivo é manter planejamento para as próximas gerações, com retornos esportivo e financeiro

Endrick durante testes na Academia de Futebol (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Endrick durante testes na Academia de Futebol (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O Palmeiras inicia a temporada com um terço dos 30 jogadores do elenco formado nas categorias de base. O momento vivido pelas Crias da Academia desde 2020, quando o clube passou a usar constantemente os jovens feitos em casa, vai permear os próximos anos do Alviverde.

Com poucos investimentos em contratações, a prioridade tem sido manter os principais atletas do grupo e aproveitar ao máximo os garotos vindos das divisões inferiores. A primeira leva rendeu frutos com Gabriel Veron, Patrick de Paula, já negociados com Porto e Botafogo, respectivamente, além de Gabriel Menino e Danilo, presentes na equipe comandada por Abel Ferreira.

Danilo, inclusive, desperta o interesse de clubes da Inglaterra e outro da Espanha. O camisa 28 pode ser negociado ainda nesta janela de transferência, que vai até 31 de janeiro nos dois mercados europeus. Os retornos esportivo e financeiro são os objetivos para esta e as próximas gerações das Crias.

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Entende-se que a mudança de postura no mercado, iniciada ainda na gestão de Mauricio Galiotte, permite com que os talentos tenham espaço, algo que não ocorria há alguns anos por conta de outra necessidade, entre os anos de 2015 e 2019.

Em um momento de reconstrução, trazer atletas mais experientes foi uma decisão considerada acertada pela conjuntura da época, mas que limitou o uso de garotos. Um grupo renomado dificultou com que nomes como Artur, Luan Cândido, Vitão e Fernando, por exemplo, tivessem menos oportunidades. Todos eles deram algum retorno financeiro, mas com poucas chances entre os profissionais.

Com um cenário diferente e alinhado com a comissão técnica, afeita a trabalhar com jovens, o Palmeiras de 2023 vai dar continuidade ao planejamento. A referência é Endrick, que fez o caminho contrário. Vendido para o Real Madrid por R$ 404 milhões, o jovem de 16 anos deu primeiro o retorno financeiro, o maior da história do clube, e espera-se que em uma temporada e meia possa dar o esportivo com mais títulos após a conquista do Campeonato Brasileiro.

A vitória por 2 a 0 sobre a Juazeirense-BA na noite desta terça-feira (3) na Copa São Paulo de Futebol Júnior é a porta de entrada para que novas promessas tenham espaço no profissional, assim como ocorreu no ano passado, quando sete campeões foram alçados ao time de cima e se reapresentaram com o restante do elenco na Academia de Futebol.

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