No dia 8 de julho de 2023, um confronto entre torcedores de Palmeiras e Flamengo nos arredores do Allianz Parque culminou na morte, dois dias depois, da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, de 24 anos. A jovem sofreu ferimentos na garganta por conta de estilhaços de vidro e não resistiu.
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O irmão da Gabriela Anelli, Felipe Anelli Marchiano, ingressou com uma ação contra o clube e pedindo indenização por danos morais no valor de R$ 1 milhão mais R$ 150 mil em honorários, alegando que o Verdão não ofereceu a segurança necessária prevista em lei por ser a equipe mandante da partida
– Ao julgar o REsp 1.924.527 e o REsp 1.773.885, a Terceira Turma entendeu que o local do evento esportivo não se restringe ao estádio ou ao ginásio, mas abrange também o seu entorno; por isso, o time mandante que não oferecer segurança necessária para evitar tumultos na saída do estádio deverá responder pelos danos causados, solidariamente com a entidade organizadora da competição. – afirma, no processo
Felipe Anelli, por meio do advogado que cuida do caso, explicou ao NOSSO PALESTRA o motivo pelo qual entrou com o processo contra o Palmeiras.
– O autor está reivindicando uma indenização pelo falecimento da palmeirense, vítima de uma briga entre torcidas, em que uma garrafa lançada por um torcedor da equipe rival atingiu o pescoço da torcedora, vindo a gerar seu óbito. Na presente ação, estamos reivindicando uma indenização a título de danos morais pelos traumas psicológicos sofridos pelo autor, em razão do falecimento da torcedora. A indenização é baseada em dois fatores: o primeiro, o estatuto do torcedor salvaguarda o direito a indenização a todos aqueles que se sentirem lesados dentro ou nas imediações do estádio do clube que recebe a partida. Além disso, de acordo com o depoimento das testemunhas do inquérito, houve também a negligência por parte da Sociedade Esportiva Palmeiras ao permitir a abertura dos portões que separavam ambas as torcidas, e, com isso, gerou o acidente que vitimou a Sra. Gabriela – disse o advogado Juliano Pereira Nepomuceno
O NP apurou que o Palmeiras entende que a briga aconteceu fora do estádio, na rua, de modo que o clube não pode ser responsabilizado pela morte da torcedora, sendo a segurança em locais públicos de responsabilidade das autoridades de segurança pública.
Na ocasião, o Alviverde colaborou com as autoridades em todos os momentos, inclusive fornecendo imagens das câmeras de biometria facial que ajudaram na identificação do suspeito.
Jonathan Messias Santos da Silva foi preso por ser o suspeito de lançar a garrafa contra a torcedora do Palmeiras. O torcedor do Flamengo foi identificado pelo sistema de reconhecimento facial presente no Allianz Parque.
Em coletiva de imprensa, dias após o fato, César Saad, delegado da Delegacia de Repressão aos Delitos Esporte (Drade), explicou o acontecimento com detalhes
– Existe um portão que faz a divisória da rua. Naquela divisória, passam-se, além de xingamentos, torcedores arremessando garrafas. Rapidamente dá para ver que a Gabriela cai no chão, depois fomos entender que ela foi atingida por um estilhaço. O portão estava com uma parte aberta, e foi possível identificar o autor do arremesso da garrafa.
O Palmeiras não irá se manifestar.