Mauro Beting: ‘FPF ser insensível na defesa dos clubes filiados é tão clássico como o Dérbi que não precisava ser jogado hoje em Itaquera’
Não é só demérito da atual gestão. O maior prejudicado historicamente não é só o representante paulista na final da Copa do Brasil de 2020
Não é só demérito da atual gestão. O maior prejudicado historicamente não é só o representante paulista na final da Copa do Brasil de 2020.
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E, no caso em questão, o surto de COVID-19 que infectou oito atletas e 11 funcionários do futebol do Corinthians já seria suficiente para ao menos discutir e adiar a partida – como já desejava por óbvio e com razão o Palmeiras desgastado e, agora, também, por justo motivo maior do que o futebol, o desfalcado Corinthians.
Insisto. Não é só questão esportiva. É sobretudo humana. Humanitária. Questão sanitária para não afetar mais gente dos dois clubes. E também do finalista da Copa do Brasil no próximo domingo.
Porque bom senso eu desisto de torcer no futebol brasileiro. E na administração nacional. Estadual. Municipal.
O Brasil está doente. Há muito tempo. E é contagioso. Não veio nada da China. Veio daqui. E contamina mesmo.
Isto posto, o primeiro tempo na Neo Química Arena foi melhor que a encomenda para um Corinthians que não fazia gol desde o Maracanã contra o Flamengo. E que não tinha Cássio, Fagner, Fábio Santos, Gabriel, Ramiro e Leo Natel entre os possíveis titulares de Mancini. Do lado palmeirense, Abel fez o correto pela insistência da FPF em não marcar outro jogo: poupou Weverton, Marcos Rocha, Gómez, Viña, Felipe Melo, Zé Rafael, Rony, Raphael Veiga, Luiz Adriano, Wesley, Gabriel Veron. Dos titulares, apenas Luan (suspenso para a finalíssima em campo. Além dos que têm potencial (ou mereciam ser) como Danilo e Gabriel Menino na lateral que eu pouparia também.
Mesmo com um titular apenas, o Palmeiras começou melanthor e com 4 minutos já fez 1 a 0, com Lucas Lima em belo lance de Danilo, o único volante no 4-1-4-1. O Corinthians chegou com mais perigo com Varanda, mas o segundo gol foi do visitante, aos 25, com Gabriel Silva marcando seu primeiro como profissional, em bela parceria de Scarpa com Willian. A chuva que já era forte deixaria o gramado (de excelente drenagem) quase impraticável quando Vital diminuiu, aos 35, depois de Cazares levantar uma bola que Luan não desviou, Menino escorregou o meia alvinegro conferiu.
A chuva deu uma amenizada no reinício do jogo. O Corinthians, não. E na primeira chegada empatou com Rodrigo Varanda, aos 4, em ótima arrancada de Vital se aproveitando da desanteNção de Menino. O time de Mancini se deu por satisfeito, recuou demais, e o Palmeiras voltou ao jogo muito mais animado do que o esperado. Mas sem a mesma eficiência dos primeiros 25 minutos em Itaquera. Até pelas mudanças mais do que necessárias feitas por Abel, e pelo recuo excessivo corintiano.
No final das contas que não fecham, um ótimo clássico. Melhor do que a organização.
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