Mauro Beting: ‘Volta pra casa – Athletico 1 x 0 Palmeiras’

Segue tudo aberto. Mesmo pra dois treinadores que sabem jogar fechadinho.

Até que para alguém que é um “desserviço” ao futebol, ou alguma outra expressão tão infeliz quanto injusta, parece que o Felipão (o brasileiro que mais vezes chegou às semifinais da Libertadores) sabe das coisas… o Athletico foi melhor na Arena da Baixada que o bicampeão da América – que há 20 jogos não perdia como visitante. Criou cinco boas chances contra quatro palmeirenses e mereceu a vitória. Ainda mais por ter perdido Hugo Moura correta e infantilmente expulso aos 24 do segundo tempo. O Athletico soube se segurar e se superar mais uma vez contra um rival que só teve um bom lance com um jogador a mais – um taquito de Rony bem defendido pelo ótimo Bento. Goleiro que foi essencial na outra vitória athleticana no Allianz Parque – das apenas seis derrotas alviverdes em 2022, duas foram para o Furacão.

De Felipão.

O homem é brabo. Deixou o artilheiro rubro-negro na temporada no banco. Terans também é o principal assistente do Athletico. Mas foi mais uma vez preterido por Alex Santana. Escolha felicíssima que criou duas das primeiras quatro chances do Athletico. E o gol de imensa frieza e qualidade, aos 22, aproveitando-se da hesitação e desatenção palmeirense na primeira metade da primeira etapa. Alex ajudou a fechar o lado esquerdo e travar a associação entre Veiga e Dudu (que mais uma vez renderam menos do muito que podem).

Com a bola, o artilheiro da noite chegava mais próximo do impressionante Vitor Roque (17 anos de idade que parecem 17 anos de bola), e ajudava a municiar Canobbio e Vitinho, que depois ajudariam muito no 4-4-1 que segurou os pontas e também as pontas. Depois do gol, o Furacão recuou excessivamente. Mais uma vez. Mas desta vez soube se defender. E até dar uma escapadinha.

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Estava ameaçado no começo da segunda etapa pelo Palmeiras. E soube como se segurar. Também por mais uma partida abaixo do nível palmeirense. Flaco teve as duas chances paulistas nos 45 iniciais e não as converteu. Depois errou muitos lances. Quando Rony foi jogar por dentro com Wesley pelo lado, pouco fez o Palmeiras. Já carente do melhor de Veiga desde o início. E em definitivo pela lesão no tornozelo que o tirou do jogo, com 6 minutos. Tabata entrou por dentro. Não foi mal. Mas sem Scarpa, perde muito o Palmeiras. Sem Danilo, e com Zé Rafael chegando menos à área rival, todo o time sente. Com e sem a bola.

O placar final foi justo. Ainda mais pela superação rubro-negra. Algo que será necessário ser bisado no Allianz Parque para a segunda final do Athletico em Libertadores.

Mesmo já tendo jogado bem melhor em 2022, o Palmeiras segue muito forte numa casa onde pode devolver o placar. Ou até ampliar.

Segue tudo aberto. Mesmo pra dois treinadores que sabem jogar fechadinho.

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