Melou! Borja não vai reforçar o River Plate; veja detalhes

Palmeiras detém 50% dos direitos econômicos do atacante e poderia faturar cerca de R$ 17 milhões

A crise econômica da Argentina selou um desfecho negativo nas negociações entre o atacante Miguel Borja e o River Plate. No início desta semana, o Banco Central do país anunciou algumas medidas, dentre elas a interrupção da venda de dólares no câmbio oficial. Com isso, o clube argentino ficou impossibilitado de efetuar o pagamento do atleta e as conversas esfriaram e o centroavante permanecerá no Júnior Barranquilla, da Colômbia. Segundo o NOSSO PALESTRA a falta de garantias da translação foi um fator preponderante para o negócio não fluir.

A medida do Banco Central criou empecilhos na translação. Segundo o jornal Clarín, o River Plate tem em sua conta 195 milhões de pesos argentinos, que seriam destinados ao pagamento da primeira parcela da compra de Borja. No entanto, o valor é baseado na cotação oficial do dólar, de 126 pesos argentinos. Através da medida, o River teria que utilizar o dólar Bolsa para efetuar o pagamento, que, no momento, está a 272 pesos. O valor a ser pago pelo time argentino saltaria para 408 milhões de pesos, o que dificultou o negócio e travou as conversas.

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Em contato com o NOSSO PALESTRA, o Palmeiras disse que já tinha ciência dos fatos e que não poderia intervir em nenhuma esfera, uma vez que a negociação é somente entre o River Plate, o atleta e o Júnior Barranquilla. O Verdão seria impactado apenas com os valores de 50% dos direitos econômicos que o clube ainda detém do atleta.

Embora os valores não fossem revelados oficialmente, a proposta do River Plate girava na casa dos 6,5 milhões de dólares (R$ 34 milhões, na cotação atual), de acordo com o publicado pelo ‘Diário Olé’, da Argentina. O Alviverde teria direito a metade da quantia – R$ 17 milhões.

Ou seja, com a venda do colombiano ao futebol argentino, o Palmeiras iria recuperar quase 100% do investimento feito na compra de Borja junto ao Atlético Nacional, da Colômbia, em 2017. Na ocasião, sob o comando de Alexandre Mattos e Maurício Galiotte, o Verdão desembolsou 10,5 milhões de dólares (R$ 34 milhões, na cotação da época) por 70% dos direitos do atacante, com ajuda financeira da Crefisa presidida por Leila Pereira. Foi a maior contratação da história do clube.

Posteriormente, em 2020, a equipe foi obrigada por contrato a adquirir os 30% restantes dos direitos de Borja, pagando mais 3 milhões de dólares (R$ 16,2 milhões, na época, com recursos próprios) ao Atlético Nacional, fazendo o gasto total da compra do atleta subir para cerca de R$ 50 milhões.

Sem conseguir corresponder às altas expectativas, o atacante perdeu espaço e entrou em litígio com parte da torcida. No início de 2020, o Palmeiras acertou a ida do colombiano por empréstimo ao Junior Barranquilla por um ano e meio sem custos. Quando retornou, Borja foi novamente emprestado. O Grêmio pagou 1 milhão de dólares (R$ 5,2 milhões) para contar com ele até o fim da temporada na qual acabou sendo rebaixado.

Em janeiro, O Verdão finalmente acertou a saída de Borja em definitivo. O Junior Barranquilla pagou 3,5 milhões de dólares (R$ 20 milhões) por 50% dos direitos e repatriou o jogador, diminuindo o prejuízo do clube paulista.

Com a negociação com o River Plate sem ser consumada, o jogador permanecerá no Júnior e o Palmeiras vai continuar com 50% dos direitos econômicos do atleta. Se os argentinos vencessem os empecilhos da grave crise econômica que assola o país, o Verdão irá receber cerca de R$ 17 milhões pela venda do atacante.

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