Não é naming right! É dever dizer o nome das pessoas!

A imprensa não tem o direito de não dizer o nome das pessoas jurídicas e físicas. Tem o dever de dizer o nome próprio das propriedades.

Isto aqui é jornalismo, não propaganda. Se é “obrigado” a pagar para falar, pode ser “obrigado” a pagar para não falar.

O dever jornalístico deveria estar acima da questão comercial do direito do nome.

Mas não está.

Já foi assim em 2015. Pelo que li, ouvi e vi em alguns meios de comunicação que então já sofriam para conseguir patrocinadores, o Palmeiras jogou duas vezes no mesmo dia e horário no SP-15 contra clubes distintos e em dois lugares diferentes: O Palmeiras venceu o Red Bull Brasil por 3 a 2, no Allianz Parque. Ao mesmo tempo em que o Palmeiras venceu o RB Brasil por 3 a 2, na Arena Palmeiras.

Red Bull e Allianz Seguros: parabéns pelos incentivos, investimentos e patrocínios em clubes e estádios desde então.

Mas tentem separar um pouco dessa dinheirama para investir em empresas de mídia. Essa é a real liberdade de empresa que dá asas à mídia e segurança aos departamentos comerciais dos veículos de comunicação.

Vergonha nossa não dizer o nome próprio das propriedades. Vergonha alienada que a mídia e quem trata de mídia nas diretorias das empresas de comunicação se submeta a outras fontes de dinheiro do mesmo modo que a ditaburra do Ibope desnorteia o conteúdo.

E o que foi pior em 2015. Então, até o distintivo do clube chegou a ser modificado na televisão paga.

Cada vez mais paga.

Foram tiradas as letras do escudo. Não havia como ler, ver ou ouvir o nome Red Bull.

Se o Red Bull dá asas na campanha publicitária, o RB Brasil dá asco na campanha jornalística

Uma lástima então que o Red Bull Brasil respondeu agora. Acima da medalhinha. Acima da média. E muito acima da mídia.