Ninguém precisa ser mano do Mano

(Foto: Divulgação/Cruzeiro)

Não, mano! Para, mano! O que é isso, mano! Ah, mano! Vou cancelar meu Avanti, mano! Vá para a… mano!

Procure um palmeirense que não tenha reagido desta forma horas depois da demissão de Felipão e o acerto com Mano Menezes. A saída do maior treinador da história do clube para a chegada de alguém identificado com rival foi o estopim para uma torcida distante de seu clube.

Amor e ódio. Amor pelo antecessor, mesmo sabendo que o relacionamento não vinha bem, e ódio por alguém que nem chegou e já gera tanta repulsa. Era para tudo isso mesmo? O NOSSO PALESTRA confirmou o acerto na noite de segunda-feira (2) e os comentários nos perfis eram de terra arrasada.

O torcedor que briga, sem sucesso, por ingressos acessíveis, fim do cerco no Allianz Parque, posicionamento do presidente, transparência e vê a relação perigosa com a patrocinadora estava prestes a explodir. A chegada de Mano foi a faísca final em uma semana que começou em festa pelos 105 anos e terminou com eliminação e goleada no Maracanã.

Alguém realmente esperava que o clamor das redes sociais causaria efeito em quem dá de ombros para o seu principal consumidor? O palmeirense precisa recuperar os direitos perdidos e se sentir valorizado. Seguir brigando por quem e aquilo que realmente importa.

Felipão estava longe de ser unanimidade quando retornou. Quando chegou, esfregou-se as mãos pelos mata-matas, que escorreram pelas mesmas, uma delas para Mano Menezes, campeão. Um ano antes, ele eliminou o time de Cuca no caminho do título.

Um dos motivos agora para rejeição é porque Mano é um cara de "Copas". E Felipão não era? Com o mesmo elenco que o atual treinador terá à disposição, ficou invicto e ganhou o título quando estava mais distante do líder do que agora.

Ninguém precisa ser mano do Mano. É necessário apoiar e não espernear.