Novorizontino vê ‘pressão maior’ no Allianz e não abre mão de jogar ao lado da torcida

Palmeiras e Novorizontino se enfrentam pelo segundo ano consecutivo nas quartas de final do Campeonato Paulista e o time do interior, há três anos na elite, tem duas classificações à fase de mata. Genilson Santos, presidente do Tigre, acredita que a troca do Pacaembu para o Allianz Parque mudará a pressão e disse que sabia sobre a mudança, confirmada na quarta-feira (14), um dia após o congresso técnico.

“A gente já estava ciente. Foi um comunicado da própria federação que algum jogo poderia mudar em virtude de alguma exigência da TV. O jogo que mudou foi o nosso, que vai ser transmitido pela Globo. Vai ser um ambiente diferente no jogo da volta. No Pacaembu, a pressão seria um pouco menor, mas são jogos decisivos. É natural a pressão, a entrega um pouco a mais de cada atleta, tudo para abrilhantar o espetáculo”, disse ao NOSSO PALESTRA.

O Novorizontino é o terceiro clube do interior que mais arrecadou na primeira fase e o sétimo no geral. Está somente atrás dos quatro grandes, além de Botafogo-SP, também classificado, e Mirassol. O clube soma R$ 822.725,00 de arrecadação bruta e terá a maior renda garantida no ano no próximo sábado (17), no jogo de ida no José Ismael de Biasi. Genilson acredita que a ligação da cidade com o clube tem se fortalecido com as boas campanhas.

“O Novorizontino está mais um ano entre os clubes que mais arrecadaram e isso mostra um trabalho junto ao torcedor, nossa cidade. Trabalho esse que nos agrega valor e faz com que nosso torcedor confie na equipe, no trabalho desenvolvido e seja motivo de orgulho”.

Diferentemente do que fizeram Linense, no ano passado, e São Caetano, que abriram mão do mando de campo, o clube faz questão de estar ao lado do torcedor. Para Genilson, isso precisa ser revisto no regulamento para a próxima temporada.

“Claro que para o campeonato não é bacana. Toda equipe tem seu estádio, sua torcida e se sente mais confortável jogando sob seus domínios. Mas vejo que o regulamento deve rever isso no início da competição, para que não aconteça. Porque as equipes menores que precisam desse recurso financeiro, optam por isso até para uma continuidade do trabalho. A competição perde muito com isso porque, não que tire a competitividade, mas que tenha um favorecimento emocional, de incentivo. Uma coisa é jogar na sua casa com a torcida e outra é em campo neutro, com a maioria de torcida adversária. Você acaba jogando fora duas vezes”, completa o mandatário do clube e Novo Horizonte.

O primeiro jogo entre as duas equipes acontece no sábado, (17), às 19h30, e a volta será na quarta-feira (21), no Allianz Parque.