O Palmeiras não tem prazo. Tem saúde!

Foto: Sergio Ortiz/Forza Palestrina

Seu campeonato preferido ainda vai acontecer, só mudou o dia. Sua ida pro bar predileto, reagendou. Sua visita ao restaurante do pós jogo, remarcada. Sua cadeira no gol norte, calma, ela não vai sair de lá. Vocês só adiaram o encontro. Pelo seu bem, pelo bem de quem vai com você, pelo bem dos que você encontra pelo caminho. Pelo bem do abraço de comemoração.

Não é hora de forçar a barra, discutir rivalidade e pensar apenas no conforto da sua glória. “Eles seriam eliminados!”, você vocifera. E esquece que se eles jogassem, um de nós poderia adoecer, perderíamos um amigo, um colega, um avô. Suas cores não são melhores que as dos outros e eles se interdependem. Com saúde. Que graça teria se fôssemos só nós. O futebol é competitivo, mas não pode ser humanamente egoísta.

Se não tem Allianz Parque ao vivo, tem no YouTube. Dá pra rever o seu jogo preferido, os que te fazem chorar, os dez mais momentos do que tocar o seu coração cheio de saudade. Reveja o campeonato até aqui, projete o futuro, sonhe com uma contratação impossível, faça o que você quiser, do vídeo game ao menos textão. De casa! Hidratado, alimentado, protegido.

Surgimos da revolução, caímos duas vezes. Achando que era o fim do mundo. Não foi. Nunca é. Que poder tem uma abstinência de meses? Nenhuma. A saudade fortalece, cria laços, aquece o retorno. As vezes é preciso sofrer agora pra reverter no futuro. Não tem futebol, taça, festa, pré e pós, boteco, batuque e bola sem que haja segurança pra isso.

Se cuidem. Cuidem dos seus.

O Palmeiras nos espera lá depois da curva.