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Opinião: Abel merecia banco melhor para não precisar fazer ‘milagres’ no Palmeiras

Treinador do Verdão precisa encontrar caminhos para que elenco limitado não comprometa temporada promissora

Abel Ferreira durante derrota do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A derrota para o Fluminense pelo Brasileirão só escancarou um dos maiores problemas do Palmeiras: a gritante disparidade técnica entre o banco de reservas e o time titular. Isso faz com que Abel Ferreira e comissão técnica precisem encontrar caminhos para que o elenco reduzido não comprometa a temporada.

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Weverton, Mayke, Gómez, Murilo, Piquerez, Zé Rafael, Menino, Veiga, Dudu, Artur e Rony formam o time ideal. Um dos mais fortes do continente. O problema é que, na ausência de algum deles, o nível acaba caindo significativamente. Ao disputar duas competições de alta exigência, um clube não pode se dar ao luxo de abdicar de uma ou de outra. O equilíbrio precisa – e poderia – ser maior.

Mas, para equilibrar e se manter no topo como conseguiu fazer nos últimos anos, é necessário ter peças de reposições preparadas, frescas e já lapidadas – seja por Abel ou não. Coisa que não está acontecendo na temporada atual. Tudo é uma grande aposta para ver no que vai dar.

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Abel se entende bem com o elenco que tem. Quando juntos e confiantes, sabem como encontrar os caminhos dos bons resultados. Não são “salvadores”, mas sabem como não transformar tudo em uma grande terra arrasada. Afinal, esse sempre foi o diferencial do Palmeiras do português: entender que não é o pior quando perde, tampouco o melhor do mundo quando vence.

O que não significa que ajustes não seriam bem-vindos. Que novos ares não fariam bem para que os que ali estão pudessem respirar melhor. É indiscutível a força de Abel Ferreira, comissão e equipe. É inegável que podem se classificar na Libertadores e se embalarem rumo ao tetracampeonato, além de terem condições para buscar o líder do Brasileirão.

Mas isso seria ainda mais fácil se a diretoria colocasse em prática todos os elogios recebidos pela estrutura do clube. Não é justo colocar o treinador como escudo de uma falha de planejamento e como responsável por um elenco limitado. Não é justo colocar todas as fichas em um trabalho que pode saturar de tantos improvisos e “milagres”.

Se houverem quedas no futuro, Abel não merece ser responsável ou culpado apenas por utilizar aquilo que tem em mãos. O Palmeiras pode e tem condições para mais. Basta que os reservas queiram e se esforcem o triplo. Basta que os titulares fiquem juntos. Basta que os bastidores não sejam ainda mais falhos. Basta.