Opinião: ‘Diretoria mole e Rocha dura só renova e não estrutura’

Palmeiras insiste em renovações de atletas que já cumpriram ciclo vitorioso no clube, como no caso de Marcos Rocha. Atitude impacta no processo de reformulação

O Palmeiras fez um aporte de mais de R$ 40 milhões em Agustín Giay para a lateral direita e passou a ter atletas no setor. O processo natural é seguir com Mayke e o argentino a partir de 2025.

Mas não deverá ser assim. A diretoria iniciou a conversa com Marcos Rocha para estender o vínculo dele por mais uma temporada. Rocha cumpriu muito bem o ciclo dele no Verdão. Chegou com um currículo vitorioso e aumentou a galeria de troféus, com méritos.

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A extensão do ano passado para este ainda se justifica. Garcia não se firmou no profissional, tanto que foi emprestado para Portugal. Rocha ganhou uma sobrevida, mesmo com o ciclo, repito, muito bem cumprido.

Pensar na sequência do lateral para 2025 não faz sentido e hoje só se justifica pela liderança fora de campo, algo que não se sustenta. Abel Ferreira, da mesma posição nos tempos de atleta, é um entusiasta de Marcos Rocha pela postura dentro e fora de campo. Na ausência de Gustavo Gómez, o camisa 2 é o primeiro na linha sucessória da braçadeira. Mérito conquistado.

Mas a diretoria pensar em fazer esse movimento atrasará processos e, mais uma vez, mostra a dificuldade em conseguir encerrar a passagem de atletas vitoriosos. O Mundial dos Estados Unidos não pode servir como “prêmio”.

O Palmeiras de Abel faz em média mais de 70 jogos na temporada e o torneio, na melhor das expectativas, renderá cinco partidas. Uma amostragem muito pequena para uma renovação anual com mais dois atletas no elenco para a mesma posição. Um deles, inclusive, recém-chegado após um alto investimento.

A prioridade do Palmeiras para 2025 é outra, mas a diretoria se acostumou a renovar vínculos com a justificativa de que manter o elenco vencedor é caro. É claro que custa, porém é cômodo.

Optar por renovar com Marcos Rocha é simples. Difícil é buscar um centroavante capaz de vestir a camisa 9. Por enquanto, as desculpas do “quase” e “ele não quis” seguem como rotina.