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Opinião: 'Palmeiras vive em looping de jogos'

Verdão chegou a 60 partidas em menos de sete meses e maratona está longe do final

(Cesar Greco/Palmeiras)
(Cesar Greco/Palmeiras)

O torcedor do Palmeiras tem a sensação de que acorda e vai ver o time entrar em campo. Tem sido assim desde o retorno do futebol, em 22 de julho de 2020. E o palmeirense não está totalmente errado quanto a isso.

Contra o Coritiba, o Alviverde fez o jogo de número 60 em menos de sete meses. Nenhum outro clube do Brasil entrou em campo tantas vezes no mesmo período. É a competência por estar nas fases agudas de todos os torneios possíveis. Mas a punição por tentar atingir o máximo de conquistas se sobrepõe com calendários mal executados.

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Por conta do bom desempenho, a CBF precisou adiar a estreia no Campeonato Brasileiro, trocar as datas das finais da Copa do Brasil e, para conseguir encerrar o Brasileirão na data projetada, inclui as cinco rodadas finais do clube em um intervalo de 11 dias.

A Federação Paulista foi pelo mesmo caminho. Marcou um Dérbi no meio das decisões contra o Grêmio e a estreia no estadual também precisou ser adiada. Mais do que emendar uma temporada na outra – como os demais clubes da Série A – o time vai ‘estrear’ em 2021 antes de ter acabado 2020.

As críticas de Abel Ferreira por conta da maratona insana são rebatidas ao invés de serem absorvidas. O ano palmeirense serve como exemplo para não ser repetido. Ser punido pela competência não é o caminho a ser seguido. A discussão precisa existir, sem leva e traz.

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