O sobrenome Pracidelli tem ligação com o Palmeiras, dentro e fora de campo. A família palmeirense teve Carlos, o pai, campeão da Copa Libertadores de 1999 como preparador de goleiros e responsável por “apresentar” São Marcos ao mundo. Mais de 20 anos depois, chegou a vez do filho, Rudy, ter a chance de sentir o gostinho da América.
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Rudy Pracidelli é preparador físico do clube e, no próximo sábado (30), pode seguir os passos do pai e fazer a família ser a única bicampeã da Copa Libertadores pelo Palmeiras.
Em 1999, Rudy sofreu com as penalidades no Palestra Italia e vibrou como milhões ao ver o pênalti de Zapata ir para fora. Momentos depois, recebeu o pai em casa. Duas décadas mais tarde, é o pai quem vislumbra o encontro.
– Ele tinha 17 para 18 anos e sofreu como todos naquela final, ainda mais da maneira que foi, nos pênaltis. Lembro que o encontro com ele, meu outro filho e a esposa foi cheio de euforia. Gritamos ‘é campeão’ e nos abraçamos. Espero, sempre com respeito ao Santos, que isso se repita para eu dar um beijo gostoso nele. Imagina o meu filho entrando para a história? – diz Carlos Pracidelli ao NOSSO PALESTRA, com a voz cheia de orgulho.
A semana decisiva é especial não só para os atletas, mas para quem trabalha na comissão técnica. A experiência de Carlão é essencial para ajudar o filho neste momento.
– Converso bastante com o meu filho. Preocupação com a parte física, técnica e a presença da Covid. Tem que se proteger ao máximo para não perder ninguém por conta da doença – explica o pai. O Palmeiras não tem nenhum desfalque por coronavírus para a decisão no Maracanã.
Carlos trabalhou e foi campeão brasileiro com Rudy pelo Palmeiras em 2018, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Auxiliar técnico de Felipão, Pracidelli esteve com o treinador no trabalho recente pelo Cruzeiro, na Série B. A comissão se desligou do clube mineiro na segunda-feira (25).
Sobre alguma dica ao filho, ele espera que, em caso de conquista, Rudy possa saborear mais o título. Para o ex-preparador de goleiros e auxiliar do Palmeiras, ele sentiu mais as derrotas do que as vitórias e pensa que deveria ter feito diferente ao longo da vitoriosa carreira.
– Talvez, se eu tivesse alguém para me orientar lá atrás, teria saboreado mais as vitórias. Quando a gente conquista um título, saboreia muito pouco e dois, três dias depois já pensa no próximo jogo. A gente martela uma derrota por dias, meses, anos e até décadas. O que falo para ele é aproveitar mais as conquistas. Você vê a sua foto na parede, fica eternizado – completa.
O coração do pai vai bater duplamente mais forte daqui a dois dias e espera repetir o gesto de 20 anos atrás, com um abraço e obrigado, mas agora quem aguarda ansioso em casa é ele.
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