Palmeiras reencontra Antônio Carlos Zago às vésperas de aniversário do Paulistão 1993

Atual treinador do Coritiba era titular na equipe de Vanderlei Luxemburgo que tirou o Verdão da fila há quase 30 anos

Há quase 30 anos, o Palmeiras venceu o Corinthians na final do Paulistão 1993 e garantiu o primeiro troféu do clube desde 1976. Agora, o Verdão reencontra Antônio Carlos Zago, técnico do Coritiba e símbolo daquele torneio às vésperas do aniversário da conquista.

O comandante era titular na equipe de Vanderlei Luxemburgo que bateu o Corinthians na decisão estadual no dia 12 de junho de 1993. Em entrevista ao NOSSO PALESTRA, o treinador relembrou o caminho para a taça que é considerada uma das mais importantes da centenária história palestrina.

– Falar de 1993 tem sempre um sentimento de emoção, até porque eram 17 anos que o Palmeiras não conseguia um título. Eu sou de família de palmeirenses e são-paulinos, descendentes de italianos e tudo, então tinha até a pressão da família naquele momento. Foi um time praticamente construído para ganhar naquele ano. Tínhamos um concorrente, um adversário, que era muito forte. O São Paulo vinha de um título da Libertadores, um Mundial, depois outro título da Libertadores, era uma equipe que já jogava junta há muito tempo, totalmente entrosada, e nós naquele processo de construção ainda. O São Paulo acabou ficando para trás, na final veio o Corinthians, que também era uma grande equipe – iniciou Zago.

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Zago relembra Paulistão 1993 conquistado pelo Palmeiras

– Em todo aquele processo teve muita dificuldade, principalmente em questão de entrosamento, troca de treinador. Momentos um pouco difíceis dentro de um processo de construção que é normal. O mais importante naquele momento foi manter a tranquilidade, sabíamos que tínhamos grandes jogadores, acostumados a decisões. É importantíssimo contar com essa experiência. Depois do primeiro jogo, que saímos perdendo por 1 a 0, mantivemos a postura, a tranquilidade. Praticamente, passamos uma semana concentrados para o jogo da volta e no final a melhor equipe foi premiada. A equipe que, queira ou não queira, apresentou um bom futebol também. Sempre falo do São Paulo, porque era uma equipe mais entrosada, mas conseguimos mostrar o bom futebol com o decorrer dos jogos.

– No segundo jogo da final, o importante foi manter a tranquilidade naquela semana, manter os pés no chão, confiar em tudo o que o nosso time tinha feito até então, confiar na nossa capacidade para que conquistássemos o título que sabíamos que era um oportunidade muito boa para sair da fila. Depois do segundo jogo, depois de ter ganho do Corinthians, foi um sentimento de alívio. Muita emoção, não só por parte dos jogadores, mas principalmente por parte dos torcedores, que há muito tempo não viam o Palmeiras ganhar um título. Lembro até hoje de toda a minha família presente no Morumbi torcendo, incentivando. Isso é importante para qualquer pessoa, ter os familiares do lado. Depois, foi festa. A gente fala de 93 porque foi o ano da ressurreição da maioria dos torcedores, ficar muito tempo sem ganhar um título é muito difícil. Foi um período ótimo, um período do Palmeiras vencedor que vai ficar para sempre na história do clube e na cabeça dos jogadores.

A conquista completa 30 anos no dia 12 de junho. Às vésperas desta data, Zago reencontra o Palmeiras. O ex-jogador atualmente comanda o Coritiba, último colocado no Brasileirão que enfrenta o Maior Campeão Nacional no domingo (4) às 18h30 (de Brasília).

O Alviverde entra em campo em busca de mais uma vitória pela competição nacional. Nas últimas três rodadas, o time de Abel Ferreira não conseguiu superar o adversário e saiu de campo com apenas um ponto. Para isso, enfrenta o lanterna da competição, que soma