Rafael Bullara: ‘Quanto mais Avantis, mais problemas’

Sócio torcedor tem sido submetido a intermináveis filas virtuais, sem sucesso

O Palmeiras tem feito muita força para afastar o seu cliente e a dificuldade em comercializar os ingressos para o provável jogo do título contra o Fortaleza é só mais um capítulo das intermináveis filas virtuais que o torcedor é submetido a cada compromisso importante como mandante.

A restrição da capacidade em razão de um show no Allianz Parque limitou, ainda mais, a busca por bilhetes em um momento decisivo para o clube. A semifinal da Libertadores contra o Athletico-PR também deu dor de cabeça para quem tentou comprar mesmo sem ter setores interditados.

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A próxima rodada, desmembrada entre segunda e quarta-feira, poderia abrigar o confronto mais cedo sem que lugares fossem perdidos e o Palmeiras tinha a obrigação de se antecipar a isso para o bem do palmeirense. É o mínimo que se espera de quem tem quase 90 mil pessoas pagando mensalmente para estar próximo em momentos como o que se aproxima.

Estar satisfeito por conseguir jogar em casa é pouco. Como justificativa pelo “esforço”, cobra-se preços abusivos para compensar os lugares perdidos, afastando ainda mais aqueles que pensavam em encarar a saga para estar ao lado do time.

A questão do cambismo só foi levada adiante porque a indignação partiu de fora para dentro quando deveria ser uma preocupação de quem está lá, afinal a ação prejudica o seu torcedor, responsável por gerar uma importante receita.

O Palmeiras terminará o ano com recordes de público e arrecadações bruta e líquida, mesmo com todos os problemas. Apostar que o atual gerenciamento do sócio torcedor vai continuar atraindo milhões no futuro é um risco alto. O slogan de “Mais Avantis, mais conquistas” está em processo de mudança para “Mais Avantis, mais problemas”.  

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