Realização de um sonho: conheça torcedor que viu Palmeiras no estádio pela primeira vez no Mundial
Francis Delano tem 43 anos e mora na França; palestrino nunca havia acompanhado o clube da arquibancada
A conquista do Mundial de Clubes é um sonho de todo palmeirense. No entanto, não é o único que pode ser realizado em Abu Dhabi. Afinal, para alguns, apenas assistir o Palmeiras no estádio já conta como uma das principais experiências de suas vidas.
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Esse é o caso de Francis Delano. Goiano de 43 anos, palmeirense há 28. Sem nunca ter pisado na arquibancada em dia de jogo do Alviverde. Morando na França há mais de uma década, não teve muitas oportunidades de concretizar este desejo. Nos Emirados Árabes Unidos, porém, pôde, enfim, acompanhar o time ao lado do gramado.
– Sou de Goiânia, tem 16 anos que moro na França. Sou palmeirense há 28 anos. Meu pai queria me levar para ver, em São Paulo, a final de 1995, contra o Corinthians, mas não deu certo. E toda vez que o Palmeiras foi jogar em Goiânia nunca deu certo. Uma vez fui no hotel, ver os jogadores, mas no jogo não fui. Dessa vez falei para a minha esposa: “Quero ver se faço um esforço”. 28 anos de Palmeiras, não sei se a gente vai viver isso de novo. Quando decidi vir, foi questão de stress por causa de Covid. Graças a Deus deu tudo certo. Com com a minha filha, de 13 anos. Ela cantou mais que eu no estádio. Nunca tive uma oportunidade dessa na vida e hoje estou realizando meu sonho com a minha filha. Ela, com 13 anos, está fazendo uma coisa que eu não pude fazer na idade dela – contou, em entrevista ao NOSSO PALESTRA, em Abu Dhabi.
A história de Francis com o Palmeira é diferente do padrão. Sem palestrinos na família, ele não contou com a influência do pai ou de um primo. O grande motivo para escolher o Verdão? A admiração por Edmundo, que fez história com a camisa alviverde na década de 1990.
– Na minha família, não tem ninguém que é Palmeiras. Meu pai é santista, não é muito fanático. Para ser sincero, comecei a torcer pelo Palmeiras naquela época de 1992 e 1993. Começou sozinho mesmo. Meu pai gosta muito de futebol, mas é tranquilão. Comecei a gostar mesmo do Palmeiras na época do Edmundo. Se você me perguntar: “Qual jogador te fez virar palmeirense”, vou falar que foi o Edmundo e o Roberto Carlos. Eu era muito fã deles dois. Quando eu era moleque, e olha que sou uma pessoa calma, queria imitar o Edmundo. Comecei a torcer por causa do Edmundo. Aconteceu naturalmente. Não tinha ninguém da minha família (palmeirense).
Sem nunca ter pisado no estádio em da de jogo do Verdão, o torcedor não conhecia as músicas da torcida e não conseguiu cantar com a Mancha Alviverde. No entanto, descreveu a experiência como “emocionante” por ser a realização de um sonho.
– (Ir ao estádio) foi emocionante. Conheço vagamente as músicas do Palmeiras, da torcida. Não conhecia praticamente nada. Minha filha cantou mais que eu. Fois uma experiência muito boa. Foi emocionante, porque tem anos que sonho com isso. Meu sonho mesmo é ir ao Allianz Parque. Vai acontecer, se Deus quiser.
– O (gol) do Veiga eu vi melhor. No do Dudu, tinha gente em pé, foi diferente. Tinha um rapaz do lado, abraçamos ele (na hora do gol). É muito emocionante. A gente tem ou cinco horas ou quatro horas de diferença. Às vezes, vou acordar às 6h para trabalhar e tem o jogo do Palmeiras às 2h. Eu durmo um pouco, assisto o jogo, durmo uma hora e vou trabalhar.
Com Francis na arquibancada, o Palmeiras volta a campo no próximo sábado (12), às 13h30 (de Brasília), pela final do Mundial. O embate será contra o vencedor da partida entre Chelsea e Al Hilal.
O NOSSO PALESTRA cobre in loco o Mundial de Clubes da Fifa em Abu Dhabi com João Gabriel Falcade e João Pedro Heleno Sundfeld.
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