Sem alma, o Palmeiras de 2017 não ganha clássico e desobedece a sua história

Uma das músicas mais famosas da torcida palmeirense diz que o time “Tem que jogar com a alma e coração”, e infelizmente faltou essa fórmula durante todo 2017 da Sociedade Esportiva Palmeiras. Sem isso não dá pra ser campeão, de nada.

O clube que elevou seu patamar nos últimos dois anos, principalmente por crescer nos jogos grandes, neste ano ‘pipocou’ em todas as partidas decisivas. O aproveitamento em clássicos de 2016 pra 2017 caiu pela metade. Com a derrota de ontem foram 9 pontos conquistados em 27 disputados, com elenco melhor e mais qualificado que os três rivais. Nos 100 anos de Derby, 3 derrotas para o maior rival. É muito decepcionante.

O craque Alex, que fez história por aqui, sempre diz que um jogador deve sempre buscar conhecer a história do clube que está defendendo antes de entrar em campo. E está faltando exatamente isso para este elenco do Palmeiras, um pouco de estudo, um pouco de história.

Derby não se joga em ritmo de treino, com sorriso no rosto e abraços no túnel antes da partida, principalmente em jogador que era do Palmeiras até ontem e hoje adora menosprezar o clube.

Tem torcedor que fica sem comer durante um domingo de Derby. Sem contar os que quase morrem de taquicardia. É muita coisa em jogo pra jogador entrar em campo e nem sequer sujar o uniforme. Derby é menos Cebolinha e Cascão e mais Edmundo, Tonhão e Paulo Nunes. É menos treino fechado e mais torcedor por perto dando incentivo.

A arbitragem influenciou demais no resultado sim, mas o Palmeiras jogou o primeiro tempo de forma covarde, e deixou ser dominado por um time que praticamente não existiu neste segundo turno. O Corinthians fez 8 gols nos últimos 12 jogos, e ontem com erro ou sem, fez 3 em apenas 40 minutos. Inadmissível.

A atitude do time em campo revoltou muito mais a torcida do que os erros de Daronco. Ficar falando de arbitragem agora será mais um refugo dos principais erros que todos cometeram na temporada: direção, comissão e jogadores.

O elenco do Palmeiras é mais técnico, tem mais opções no banco, vinha jogando muito mais do que o seu rival, porém sem alma e sem coração não se ganha nada no futebol. Dinheiro infelizmente não compra força de vontade e comprometimento. Essa é a maior lição que os pesadelos de 2017 (que não foram poucos) deixou.

Ano que vem o Palmeiras precisa muito mais de algumas aulas, do que contratações badaladas. Muito menos soberba e mais bunda no chão. Menos chilique e briga fora de campo e mais honra e atitude quando a bola rola…