Há exatos sete anos, o Palmeiras conquistava a Copa do Brasil 2015 sobre o Santos e fazia o Allianz Parque explodir, com o primeiro título conquistado na nova casa. Uma das importantes peças daquele time, o zagueiro Jackson relembrou a atmosfera do estádio em entrevista ao NOSSO PALESTRA.
– A torcida do Palmeiras é incrível, uma atmosfera que pra nós é muito boa e pro adversário é sufocante. Foram fundamentais pro título, parte daquele troféu é da torcida, sem dúvidas.
Acolhedora para o time da casa e “sufocante” para os visitantes, a arena teve seu melhor público da temporada naquela noite. Com o passar dos anos, a marca foi superada por outros jogos decisivos.
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Em 2015, o Verdão jogou com casa cheia em outra oportunidade, ocasião esta, que se tornaria mais frustrante. No início do ano, o time venceu o Santos por 1 a 0 pela final do Paulistão, mas deixou escapar a taça na partida de volta, fora de casa.
Ao NP, Jackson explicou a importância daquela derrota para o decorrer da temporada. Apesar da decepção momentânea, os aprendizados do revés ajudaram a equipe a conquistar a torneio nacional sobre o mesmo rival meses depois.
– Foi um campeonato muito difícil e que nos ensinou muito. Ali percebemos que podíamos mais, que iríamos conseguir coisas importantes. A derrota foi dolorida, mas também um aprendizado muito grande. Não só pra mim, mas pra todos que fizeram parte – afirmou o zagueiro.
Contratado no início daquele ano, o defensor acreditou no projeto de reformulação do Maior Campeão Nacional, que vinha de um quase-rebaixamento em seu centenário. Para ele, no entanto, importava mais o peso da camisa do que a fase vivida pelo clube.
– Independentemente da fase, a camisa do Palmeiras fala por si só e é um convite que qualquer jogador profissional quer receber. Foi gratificante, o reconhecimento de um trabalho que vinha sendo feito há muitos anos.
Para renovar o elenco, o recém chegado diretor de futebol Alexandre Mattos fez mais de 25 contratações ao longo da janela de início de ano. O treinador que iniciou a temporada foi Oswaldo de Oliveira, mas ele foi substituído durante a campanha do Brasileirão. O substituto foi Marcelo Oliveira, que havia sido bicampeão brasileiro com o Cruzeiro nos anos anteriores.
Embora contestado, o grupo era muito unido, conta Jackson. O zagueiro destacou, também, a presença de Fernando Prass, que viveu sua melhor temporada com a camisa do Verdão em 2015 e passava confiança ao sistema defensivo.
– Era um time muito aguerrido, sabia sofrer e principalmente confiar um no outro. Tínhamos o Prass lá no gol, que passava tranquilidade pra nós da defesa. Na hora do pênalti eu estava até tranquilo, nós treinamos isso e já fui com uma ideia fixa, graças a Deus pude converter e ajudar o time.
O time do Palmeiras foi posto como zebra na final da Copa do Brasil 2015 diante do Santos por ser considerado inferior tecnicamente. Parte da imprensa esportiva cravou o time praiano como campeão da competição mesmo antes da bola rolar.
A resposta aconteceu em campo, e Jackson revelou que a atmosfera criada em torno do clássico motivou os atletas palmeirenses. De acordo com ele, o favoritismo santista foi usado como combustível para a decisão.
– Acredito que esse tipo de situação prejudica muito mais quem é tido como favorito e fizemos questão de manter assim. Sabíamos da nossa qualidade e do que podíamos fazer, principalmente depois de tudo que passamos durante a competição. Usamos o favoritismo deles ao nosso favor, aquilo deu um gás e dentro de campo as coisas aconteceram.
Sete anos depois, após rodar por times brasileiros, o zagueiro hoje joga no futebol da Malasia e, de longe, acompanha o sucesso de sua ex-equipe.
– Fizeram por merecer, dentro e fora de campo. A diretoria se modernizou, foi atrás de bons jogadores, técnico bom e que sabe da grandeza do clube. Só estão colhendo o que plantaram naquela reformulação que fizeram quando eu cheguei.
A conquista em 2015 abriu as portas para o Palmeiras retomar seu lugar no topo do futebol brasileiro. Nos anos seguintes o time conquistou três Brasileiros, duas Libertadores, dois Paulistas, uma Copa do Brasil e uma Recopa Sul-Americana.