Torcedor relata logística para entrada no Uruguai: ‘Muito burocrático’

Palmeirense, Alan Gouveia está em Montevidéu para acompanhar a final da Libertadores

O palmeirense conta as horas para a final da Libertadores, no próximo sábado (27). Muitos garantiram ingresso para a partida decisiva, mas encontram problemas para resolver a logística e burocracia para chegar ao Uruguai.

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O NOSSO PALESTRA entrou em contato com Alan Gouveia, dono do perfil FalaPorco e que está em Montevidéu para acompanhar o jogo contra o Flamengo. O palestrino contou sobre a trajetória até a capital uruguaia, falando sobre as dificuldades para conseguir entrar no país.

– Comecei a me preparar muito em cima da hora. Ganhei o ingresso de uma parceira, então comecei a me preparar de umas três semanas para cá. A questão foi muito burocrática, e a passagem de avião estava impossível de comprar. Passagens por R$ 9 mil, R$ 8 mil. A mais barata que achei foi R$5,5 mil. Um absurdo. Comecei a buscar meios alternativos. Pensei: “Tenho de ir para Porto Alegre”. Comprei a passagem de avião. Nesse momento ainda não tinha transporte de ônibus para Montevidéu. Eu pensei: “Lá eu dou um jeito”. Dois, três dias depois, uma empresa de transportes de Porto Alegre voltou a fazer o trajeto, por conta da demanda. Comprei a passagem, gastei R$ 700 ida e volta. Fui para Porto Alegre na segunda-feira (22) e embarquei dia 23 no ônibus.

Alan no ônibus indo ao Uruguai (Foto: Arquivo pessoal)

Depois disso, começou o momento mais difícil da viagem. Para sair do Brasil e chegar ao Uruguai, foi necessário preencher e imprimir inúmeros documentos, assim como comprovantes de vacinação. Alan explicou que, apesar da burocracia, conseguiu passar pela fronteira.

– O embarque foi muito burocrático e muito delicado. Para vir ao Uruguai, a gente precisa preencher um monte de documentos e precisamos de algumas certidões. Para pisar no Uruguai, você precisa ter um seguro de saúde, seguro viagem, teste PCR negativo de até 72h antes da entrada ao Uruguai, confirmação de vacinação, que você pega pelo ConecteSUS ou pelo aplicativo do governo. O Uruguai disponibilizou um formulário pra você preencher com um monte de informação e você tinha de anexar o teste negativo, a comprovação da vacina, o endereço que você ia ficar, todas as datas, por qual parte da fronteira você ia entrar. Isso eles iam pegar firme.

– Na hora que cheguei na rodoviária, tinham muitos torcedores, a maioria flamenguista. Muita gente não sabia o que tinha que fazer, não tinha preenchido documentação. Tinha que ter tudo impresso, não podia ser no celular. Foi uma bagunça, por ser o segundo dia que a empresa embarcava um ônibus pra Montevidéu. Lá, tinham duas partes. Um filtro para ver se todos os documentos estavam em dia e depois o check-in. Embarcando, você continuava com o documento na mão, porque quando você chegasse na fronteira, os oficiais do Uruguai iam solicitar de novo. Na certidão que a gente leva, tinha o QR Code que eles escaneavam para ter acesso a todos os documentos e declarações. Na fronteira, teve gente que teve de voltar para Porto Alegre. Depois disso a gente estava liberado. A partir daí foi bem de boa.

No caminho, Alan esteve rodeado de torcedores do Flamengo. No entanto, apesar da rivalidade dentro de campo, o clima foi amistoso, com todos conversando e mantendo o bom humor no ambiente.

– No ônibus foi muito tranquilo. Tinham 30 flamenguistas e dois palmeirenses, eu e mais um. Eu entrei e falei, brincando: “Vem um por um que vou bater em um por um”. Os caras ‘racharam o bico’. Ficamos parceiros. Os flamenguistas foram muito gente boa comigo. Fizemos amizade, peguei o telefone dos caras. Inclusive, um me fez um PIX para me ajudar a pagar um negócio na rodoviária. Eles muito ansiosos, confiantes, e os palmeirenses daquele jeito, com um pé atrás.

Já no Uruguai, o palestrino relatou o carinho dos torcedores locais. Muitos afirmaram que os palmeirenses estão em minoria e que estão torcendo pelo Verdão, devido à antipatia pelo Flamengo.

– Eu fui parado por muitos torcedores uruguaios. Um cara me parou, de terno e gravata, e falou: “Você é o terceiro torcedor do Palmeiras que vejo, o resto foi flamenguista.” Me parou um torcedor do Danúbio, do Nacional, um do Peñarol falando que ia torcer para a gente, que não gostava do Flamengo. Fiz um vídeo perguntando para um torcedor quem ele preferia, o Piquerez ou o Viña. Foi bem legal.

(Vídeo: Reprodução/FapaPorco)

A partida entre Palmeiras e Flamengo está marcada para o próximo sábado (27), às 17h (de Brasília), no estádio Centenário.

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