O Palmeiras segue atrás de um treinador para substituir Vanderlei Luxemburgo e enquanto isso Andrey Lopes continua no comando do time. Ele fará o quarto jogo no ano quinta-feira (29), contra o Red Bull Bragantino, na ida das oitavas de final da Copa Libertadores.
As goleadas diante Tigre, pela Libertadores, e Atlético-GO, no Brasileiro, renderam pedidos, ainda tímidos, nas redes sociais para um possível fico com a questão do “Cebolismo”. O clube não pensa em efetivação e busca um treinador estrangeiro.
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Na última vez em que o mesmo Vanderlei Luxemburgo deixou o Palmeiras, Jorginho assumiu a equipe durante o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2009. Foram sete jogos à frente do time, com cinco vitórias, um empate e uma derrota, com direito a três a zero sobre o Corinthians, quando Obina fez os três gols em Presidente Prudente.
Depois de 11 anos, Jorginho acredita que Andrey e Palmeiras precisam tomar uma decisão o quanto antes para definir a questão do treinador:
– É uma decisão muito pessoal do rapaz. Não o conheço. Se quer seguir a carreira, se não quer. Quando você passa a ser efetivo, começa a ver pelos atletas que não estão jogando de uma maneira diferente. Ver o que ele quer e qual o desejo do clube. Só é preciso ter uma definição – diz Jorginho ao NOSSO PALESTRA.
A demora para a contratação do novo treinador se repete assim como em 2009. Na ocasião, a bola da vez era Muricy Ramalho, que acabara de fechar um ciclo vitorioso no rival São Paulo. Houve resistência do treinador até o acerto para que ele chegasse ao Palestra Italia.
– Eu não sei o que iria acontecer. Se seria campeão ou rebaixado. Quando você faz um investimento na bolsa, só vai saber se lucrou lá na frente. O fato é que precisa tomar decisões e o Palmeiras fez isso naquele momento – relembra Jorginho, antes de reconhecer que não teve paciência:
– O Palmeiras tinha um plano de carreira para mim. Agradeço o Gilberto (Cipullo), (Toninho) Cecílio, Genaro (Marino), Savério (Orlandi) e o presidente Belluzzo. Todas essas pessoas que me ajudaram. Eu que não tive paciência. Não sou de esperar as coisas chegarem até mim. Eu vou até elas. A cada derrota naquele ano de 2009 a torcida pedia o meu nome e vi que estava mais atrapalhando do que ajudando – completa o treinador.
Ele não se arrepende de ter seguido o caminho de técnico longe do Palmeiras e avalia que o insucesso naquele ano não teve motivo único.
– Não via aquele elenco como curto. Era preciso saber mexer com o departamento de fisiologia. Às vezes era melhor o atleta perder um treino do que ficar fora de um jogo. A maneira como o Vagner Love chegou e a entrada dele foi precipitada. Era necessário esperar a readaptação ao país. Lá na Rússia ele jogava em gramado sintético. Teve jogador que atuou em posição que não rendia. Uma hora a conta chega – finaliza Jorginho.
Sem um nome efetivo, Andrey segue os passos de Jorginho como interino após ambos assumirem depois da queda do mesmo treinador. Atualmente sem clube, o último trabalho foi no Jaraguá do Sul, quando chegou às semifinais do Campeonato Catarinense de 2020.
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