Patrick de Paula sequer havia nascido quando o Palmeiras conquistou a América pela primeira vez. Ele veio ao mundo quase três meses depois que Zapata mandou para fora penalidade derradeira no Palestra Italia.
Cria da Taça das Favelas, como todo garoto, tinha o sonho de poder atuar no Maracanã. Quis o destino que logo no primeiro ano como profissional o palco seria escolhido para a final da Copa Libertadores.
Protagonista no título estadual sobre o maior rival, Patrick coloca na galeria uma das principais taças que terá na carreira. O melhor de tudo é que foi em casa, no Maraca. Nem no melhor dos mundos o final seria tão perfeito.
– Foi com dificuldade, com luta, com perseverança. Passando dificuldade dentro de casa… Hoje sou campeão da América na minha cidade. No Maracanã, onde sonhei estar! – disse Patrick com a medalha no peito.
A camisa 5 que foi de Dudu, um entusiasta do garoto, e de César Sampaio também nos tempos de início de carreira, está bem servida com a Cria da Academia campeã da América.
Ele estava na barriga da mãe em 1999, chutou no ângulo para findar um jejum de 12 anos no estadual em 2020 e ganha em casa a Liberta. Parece muito para quem nasceu ontem, mas é pouco para quem é PK.