Arquivos tag-Baroninho - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-baroninho/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Tue, 03 Apr 2018 11:08:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Amarcord: Palmeiras 4 x 0 Alianza Lima, Libertadores-79 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-4-x-0-alianza-lima-libertadores-79/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-4-x-0-alianza-lima-libertadores-79/#respond Tue, 03 Apr 2018 11:08:48 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/03/amarcord-palmeiras-4-x-0-alianza-lima-libertadores-79/

Em 1979 o Palmeiras mais pensava na conquista do Paulista de 1978 (que se estendeu até o meio daquela temporada) do que na competição sul-americana a que não se dava tanta bola. Também porque o time de Telê Santana havia perdido dois jogos seguidos na complicada fase de grupos: 4 a 1 para o Guarani […]

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Em 1979 o Palmeiras mais pensava na conquista do Paulista de 1978 (que se estendeu até o meio daquela temporada) do que na competição sul-americana a que não se dava tanta bola. Também porque o time de Telê Santana havia perdido dois jogos seguidos na complicada fase de grupos: 4 a 1 para o Guarani (campeão brasileiro de 1978) no Morumbi, e uma virada absurda para o Universitário do Peru, por 2 a 1, no Pacaembu. O Verdão teria de vencer o Alianza Lima no Palestra. Ganhou por 4 a 0. Mas teria que devolver a paulada no Morumbi no Brinco de Ouro. Ou o Palmeiras ganhava do Guarani por 3 a 0 em Campinas ou estaria eliminado na primeira fase que classificava apenas o líder da chave.

No Palestra, naquela noite de ótimo público (26.311 pagantes) de 12 de abril de 1979, o caudilho alviverde foi Pedro Rocha. Um dos maiores craques da história do futebol, camisa 10 do São Paulo de 1970 a 1977. Em final de carreira, jogou pouco pelo Palmeiras. Mas nos 4 a 0 mostrou que ainda valia o investimento.

Abriu o placar aos 23, aproveitando sobra na pequena área. Depois cansou de colocar o jovem e fraco atacante Osmir na cara do gol que ele tanto desperdiçaria.

Na segunda etapa, Telê colocou o lateral-direito Soter no lugar do ponta Amilton Rocha. Rosemiro deixou a lateral e foi pra ponta. Baroninho entrou pela esquerda no lugar de Osmir. Nei recuou para armar o jogo e liberou Pedro Rocha para comandar o ataque.

Aos 34 enfim saiu o segundo gol, de Rosemiro, depois de cruzamento de Baroninho, e inteligente corta-luz do Verdugo Rocha.

Mais três minutos e o terceiro: Baroninho arriscou com a canhota forte que tinha e o goleiro Ganoza aceitou. O ponta fecharia o placar, aos 43.

O Palmeiras precisaria golear o Guarani no domingo, em Campinas. Perdeu por 1 a 0 e foi eliminado da Libertadores que seria conquistada pelo Olímpia.

(Na foto, o time que goleou: Rosemiro, Gilmar, Polozi, Ivo, Marinho Peres e Pedrinho; Amilton Rocha, Osmir, Zé Mário, Pedro Rocha e Nei. Sete defenderam seleções. Quatro jogaram Copas de 1962 a 1982. Só Rosemiro e Nei foram campeões pelo clube).

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Não perdoo, Baroninho – Por André Falavigna https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-perdoo-baroninho-por-andre-falavigna/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-perdoo-baroninho-por-andre-falavigna/#respond Fri, 08 Sep 2017 08:37:31 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/08/nao-perdoo-baroninho-por-andre-falavigna/

  Baroninho foi campeão da Libertadores e Mundial pelo Flamengo, em 1981. Não era tão ruim. Teve bons momentos no Palmeiras, como ajudou o meio-campo no 4-2-3-1 de Telê, em 1979.   Deixa o Baroninho bater!   ESCREVE André Falavigna     RelacionadasOpinião: ‘Ele é o maior, né? Não tem jeito’Reserva mais usado em 2024, […]

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Baroninho foi campeão da Libertadores e Mundial pelo Flamengo, em 1981. Não era tão ruim. Teve bons momentos no Palmeiras, como ajudou o meio-campo no 4-2-3-1 de Telê, em 1979.

 

Deixa o Baroninho bater!

 

ESCREVE André Falavigna

 

 

Duas dificuldades. Uma, mais engraçada: como um sábio já expôs de maneira exata, antes, que explicar o que é ser palmeirense a quem não o seja é impossível, ao passo que explicar o mesmo a quem o seja é inútil, a gente, hoje, sempre corre o risco de passar vergonha quando tenta vencer a dificuldade restante e mais poderosa: a do desejo irresistível de sair por aí explicando o que é – seja lá o que isso for – ser palmeirense.

 

Sobra-nos ilustrar a coisa. Um jeito de fazê-lo é falar do jogo que, ora bolas, ilustra nosso palmeirismo. Há muitos. Vontade de narrar, ainda mais. 1974, 1993. Nacionais de todo o tamanho e nome. 1999. E 1951, que os ignorantes ou infiéis teimam em ignorar ou descrer. Mas isso tudo, acho, não é ilustrativo. O Palmeiras é tão cheio de glórias que tentar desenhá-lo pelo rastro delas seria tão ingênuo e desonesto quanto arriscar diminuí-lo destacando, a esmo, qualquer de suas inumeráveis desgraças.

 

Vou de 1982. Derrota típica da Década Perdida. Morumbi, Juventus, terça-feira à tarde de feriado, dois gols do avante Ticão, cujo titular era Ilo – 9 da minha seleção de botão e maior artilheiro de todos os tempos enormes de minha infância, mas que fora suspenso. Dia da Criança. Pior ainda, no dia em que estreei na bancada. Presentão.

 

Chuva, feriado, o Morumbi era a geladeira que é. Público à Javari. Entretanto, entre os gols de Ticão – um aos dez do segunda etapa, outro com nossa alma encomendada – viveu a esperança fantasmagórica que é um dos pilares da vitória e que aumenta quando surge – e apareceu – uma faltinha ordinária ali na intermediária. Afinal, havia Baroninho.

E Baroninho batia forte, às vezes bem, e frequentemente na Lua.

 

Meu pai detestava o volante Rocha, que viera do Bota, e tinha jogado pela Seleção do Telê; metido a bater falta. A favor do velho: ninguém nunca entendeu a pretensão. Nem Rocha que, se algum dia chutou a gol, foi sem querer. Em pânico, o homem enorme que crescera vendo Rosa Pinto, Romeiro e Rodrigues, ergueu-se para saltar fileiras e urrar, profeta furioso, o vaticínio tresloucado:

 

“DEIXA O BARONINHO BATER! SAI, ROCHA (aqui surgiram termos mui conhecidos, todavia irreproduzíveis)! SAI, ROCHA! DEIXA O BARONINHO BATER!”

 

Rocha saiu, deixou Baroninho bater e a bola quicou, mascada pelo demônio, dali até a lateral, junto à bandeirinha de escanteio, para se despedir sob as gargalhadas que fizeram a nós – meu pai e seus filhos – nos despedirmos daquele cemitério.

 

E foi ali, no caminho de volta, que entendi essa coisa que não se pode explicar: que tinha virado palmeirense para sempre.

 

 

ESCREVEU André Falavigna

 

 

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Me desculpa, Baroninho https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/me-desculpa-baroninho/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/me-desculpa-baroninho/#respond Fri, 08 Sep 2017 08:00:34 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/08/me-desculpa-baroninho/

Da minha mais tenra lembrança de torcedor Verde, consta o sofrimento no ano da graça de 1981, quando o time de todo mundo só tinha craque e o meu, pobre e velho Alviverde que outrora havia sido imponente, só tinha ele: Baroninho. Em meio a todas as dragas de Darinta, Toni Gato, Benazzi, Sena, Deda da […]

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Da minha mais tenra lembrança de torcedor Verde, consta o sofrimento no ano da graça de 1981, quando o time de todo mundo só tinha craque e o meu, pobre e velho Alviverde que outrora havia sido imponente, só tinha ele: Baroninho.

Em meio a todas as dragas de Darinta, Toni Gato, Benazzi, Sena, Deda da vida, Baroninho jogava muito com sua perna esquerda e sua impávida camisa 11. O quanto podia. No afã dos 11 anos, eu o xingava como se fosse do mesmo tacho dos caneleiros, naquele velho ímpeto de menino torcedor. Aí passou o tempo…

Veio o futuro e agora, pasmem, eu cuido da saúde.

Correndo ali pelo Campo do Nacional perto de minha casa, eu vi Baroninho treinando o sub-alguma coisa do Santo André no campo ao lado, do Nacional. Ele então é o técnico da molecada e por ali, passava treinos de fundamento para seus atacantes imberbes. Então, lá pelas tantas, cansado de tanto ver coisa ruim, ele resolveu bater na bola.

Com a velha canhota, dos 10 chutes que deu, guardou oito no ângulo, no trinco mesmo. Deu bronca no seu atacante, riu do seu goleiro e como que se soubesse de meu passado de seu difamador, me lançou um sorriso e um desafio ao me ver sozinho na arquibancada do campo do Nacional, onde acontecia o treino.

“Viu como faz, Barbudo? Gosta disso? Dá uns chutes aqui com a gente…”

Desafiado como quem guarda um milhão de amores perdidos, lá fui eu. Junto dele bati na bola. Dos cinco chutes que o músculo da minha coxa deixou dar, guardei quatro. No final, ele comentou.

“Olha que para o tamanho da sua barba e da sua pança, até que você manja da coisa”.

Sorri. Era o fim do treino. Ele pegou uma garrafinha de Gatorade e me ofereceu um gole. Aceitei. Saímos do campo, conversando, caminhando juntos como se fossemos amigos, que as coisas da ludopédia não nos deixou ter sido.

Ao me despedir, ele me deu a mão. Eu apertei e como que por impulso, disse a ele.

“Me desculpa, Baroninho”.

Sem entender nada, ele me desculpou…

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