Arquivos tag-Pal - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-pal/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Tue, 05 Sep 2017 11:21:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Edu Bala https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/#respond Tue, 05 Sep 2017 11:21:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/05/edu-bala/

Quem vê um senhor caminhando tranquilamente pelas ruas de Perdizes, em São Paulo, talvez não saiba o quão rápidas eram aquelas pernas. Veloz, incisivo e inteligente. Dentro de campo, não havia lateral-esquerdo que não temesse o confronto com Edu Bala. Perigoso com a bola nos pés, o ponta-direita sabia como poucos aproveitar os espaços deixados […]

O post Edu Bala apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Quem vê um senhor caminhando tranquilamente pelas ruas de Perdizes, em São Paulo, talvez não saiba o quão rápidas eram aquelas pernas. Veloz, incisivo e inteligente. Dentro de campo, não havia lateral-esquerdo que não temesse o confronto com Edu Bala. Perigoso com a bola nos pés, o ponta-direita sabia como poucos aproveitar os espaços deixados nas linhas defensivas adversárias. Piques de 20m, 30m ou 40m que se transformavam em idas a linha de fundo e cruzamentos perfeitos para César Maluco e Leivinha.

“Minha característica era a velocidade, mas você conquista isso através de treinamento. Não é só ser veloz. O mais importante de tudo isso é o arranque e dar opção para seu companheiro poder fazer o lançamento”, afirma.

Quando chegou ao Palmeiras, em 1969, contratado junto a Portuguesa, Edu sequer imaginava que escreveria história tão bonita trajando verde e branco. 480 partidas e 76 gols em nove anos pelo clube. 252 vitórias, 158 empates e 70 derrotas. Tricampeão brasileiro (1969, 1972 e 1973) e tricampeão paulista (1972, 1974 e 1976). Camisa 7 da lendária Segunda Academia, time em que vivenciou títulos, gols, passes, desarmes, alegrias e tristezas.

“É um motivo de satisfação. Mostrar para os filhos e netos que tínhamos grandes amigos e defendemos uma grande equipe”, exalta.

Em 1974, experimentou sua maior alegria como atleta. Na primeira partida da final do Campeonato Paulista daquele ano, marcou o gol no empate por 1 a 1 com Corinthians, no Pacaembu, após assistência de Nei. Na grande decisão, diante do Morumbi repleto de torcedores do time alvinegro, Ronaldo anotou gol histórico e garantiu não só o triunfo por 1 a 0, mas também mais um troféu ao clube palestrino. Ao rival, restou aguardar mais um ano na fila de títulos que perdurava desde o estadual de 1954.

“O Corinthians era favorito, mas nós tínhamos uma missão muito grande de ganhar o título. Nossa primeira obrigação era parar o Rivellino. O Oswaldo Brandão (treinador) dizia: ‘se marcarmos o Rivellino, 50% está feito’. Isso era responsabilidade do Dudu. Mas também precisávamos cumprir os outros 50%”, relembra. “Sair do Morumbi foi duro. A torcida do Corinthians ficou parada, sentadinha na arquibancada”, completa.

Mesmo para alguém tão veloz, a vida corre depressa. Fora de campo, Edu não é Bala. É Carlos Eduardo da Silva. Um paulistano de 68 anos, pai de Rodrigo, de 35 anos, e Flavia, de 31 anos. Casado há 37 anos com Rosana. Diferentemente do comportamento que adotava em campo, opta por ritmo mais tranquilo. Quando a inspiração surge, vai à garagem de sua casa e desenha caricaturas de personalidades do mundo do esporte, como Marcos, Pelé, Ronaldo, Cafu, Alex, Bernardinho, Maguila e Rubens Barrichello. Entre as dezenas de obras nas paredes, há espaço também para o Papa João Paulo II e Roberto Carlos.

Entretanto, é na cozinha que Edu encontra seu grande hobby e paixão. Desde os tempos de atleta, passa horas preparando pratos que aprendeu com sua mãe, Dona Francisca, falecida há pouco mais de 30 anos. Massas e receitas de diversas regiões do Brasil. Não há uma só especialidade do Chef Bala. Para acompanhar? Cerveja, vinho ou caipirinha.

“Acho que esse é o grande legado que minha mãe me deixou. Eu passava muito tempo ao lado dela, aprendia de tudo um pouco”.

Se Edu enaltece o legado deixado por Dona Francisca, os corações palestrinos agradecem pelo legado deixado por Edu Bala. Títulos, gols e lances inesquecíveis. Obrigado, camisa 7.

O post Edu Bala apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/feed/ 0
Ganhamos do Barcelona. Perdemos pro Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ganhamos-do-barcelona-perdemos-pro-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ganhamos-do-barcelona-perdemos-pro-palmeiras/#respond Thu, 10 Aug 2017 09:39:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/10/ganhamos-do-barcelona-perdemos-pro-palmeiras/ Mustafá, o Diabinho Verde sobre meu ombro mais pesado que o de Egídio antes da cobrança do pênalti, pede para que eu detone o Galliote e a entrevista dele a respeito da “evolução” do Palmeiras em relação à última Libertadores. Mustafá exige que eu peça a cabeça de Alexandre Mattos por ter torrado uma grana […]

O post Ganhamos do Barcelona. Perdemos pro Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Mustafá, o Diabinho Verde sobre meu ombro mais pesado que o de Egídio antes da cobrança do pênalti, pede para que eu detone o Galliote e a entrevista dele a respeito da “evolução” do Palmeiras em relação à última Libertadores. Mustafá exige que eu peça a cabeça de Alexandre Mattos por ter torrado uma grana verde em 983 contratações para ter de escalar Tchê Tchê e Egídio nas laterais e Keno na frente em jogo decisivo. O insaciável Mustafá do capeta implora para que eu cornete Cuca por todas as escalações e mexidas e por ele não ter batido o pênalti já que ninguém quis cobrar no lugar de Egídio.

Mustafá quer mandar meio time e todo o banco embora. Não importa a história e o caráter de muitos campeões. Belzebu Mustafá quer aproveitar e limpar o departamento de marketing. Quer cortar custos e investimentos que ele sempre acha que são gastos. Quer fechar a torneira da Crefisa e cortar as azinhas da Leila Pereira. Quer mandar meio mundo embora porque acha que Borja micou – mesmo que toda equipe brasileira o quisesse em janeiro. Quer demitir o outro mundo por achar que não tinha que comprar o craque e campeão da Libertadores de 2016 – Guerra. Acha um erro agora ter contratado Felipe Melo e acha outro erro ter afastado. Detona o preparo físico da equipe. Tinhoso Mustafá nisso se assemelha a quase todo torcedor que foi dormir puto com a eliminação. Se é que dormiu.

Anjo Gabriel pousa no meu outro ombro. Mesmo abatido, e até concordando com algumas diabruras de Mustafá, ele pondera com o sangue doce e a cabeça no lugar. Lembra a ausência do xará Jesus desde janeiro. Lamenta que só agora voltou Moisés – e parece que os outros é que ficaram cinco meses sem jogar, não ele. Reclama as lesões de Mina e Dudu com a bola rolando contra o Barcelona. Os problemas de Guerra. A queda de produção de Jean, Zé Roberto, Edu e Prass. Releva o nervosismo, o excesso de cruzamentos e ligações diretas, a falta de aproximação e apoios na frente, a sobra de espaços atrás. Compreende a mudança de treinador e a falta de maior tempo para treinar de Cuca. Enaltece Moisés cobrar pênalti mancando. Louva Jailson defender pênalti e sair se arrastando. Sabe que Bruno Henrique não estava 100% fisicamente no pênalti. Não sabe porque Egídio bateu o pênalti. E reza pela alma dos que não tiveram coragem de bater. Anjo Gabriel sabe que nem Pelé gostava de bater pênalti. É arte para Evair.

Anjo Gabriel está quieto como saiu o Allianz Parque eliminado. Pensou até em gritar “time sem vergonha” quando percebeu que um chute não define um time – mas pode determinar a vergonha. Mas foi o anjo quem puxou o grito de “olé, Porco” em vez das mustafices das cornetas do apocalipse.

Libertadores não é obsessão. O Palmeiras é. Por isso não dormimos. Sonhamos e acordamos com um pesadelo que nós sabíamos possível. Mas não queríamos acreditar por tanto que cremos em quem nos ensinou a acreditar que Marcos defenderia, Evair bateria o pênalti, Edmundo driblaria, Rivaldo golearia, César marcaria, Luís Pereira desarmaria, Leivinha cabecearia, Alex passaria, Dudu correria, Ademir da Guia pensaria, o Palmeiras passaria.

Passamos vergonha para os diabinhos. Vexame para os equilibrados. Passamos o ponto para os anjinhos. Paramos nas oitavas. Mas não podemos parar. Nem parar com o trabalho que pode ser melhorado. Merece ser criticado. Mas sem caçar bruxas e bagres. Muito menos craques.

O post Ganhamos do Barcelona. Perdemos pro Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ganhamos-do-barcelona-perdemos-pro-palmeiras/feed/ 0