Arquivos tag-Rafael Marques - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-rafael-marques/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:15:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Rafael Marques se declara ao Palmeiras e relembra melhor momento da carreira https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/rafaelmarques/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/rafaelmarques/#respond Sat, 26 Jan 2019 12:46:59 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/01/26/rafaelmarques/

"Apadrinhado pelo treinador", "jogador de um time só", "quem é esse aí?". A chegada do atacante pedido por Osvaldo de Oliveira, em 2015, foi cercado por esse tipo de desconhecimento, preconceito e precipitação. Vindo do multimilionário futebol Chinês, Rafael Marques tinha consigo uma única defesa: ter amor pelas cores que passaria a vestir. Fez disso […]

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"Apadrinhado pelo treinador", "jogador de um time só", "quem é esse aí?". A chegada do atacante pedido por Osvaldo de Oliveira, em 2015, foi cercado por esse tipo de desconhecimento, preconceito e precipitação. Vindo do multimilionário futebol Chinês, Rafael Marques tinha consigo uma única defesa: ter amor pelas cores que passaria a vestir. Fez disso sua bandeira e buscou nas quatro linhas, no sorriso fácil e na efetividade inquestionável, a colheita de respostas às dúvidas que tentavam intimidá-lo.

Nunca será simples de descrever o gigantismo daqueles que participaram de uma jornada que tinha a missão de resgatar um clube que quase teve fim. Quem vê com os olhos dos milhões atuais, talvez, veja neblina ao buscar essa referência. O peso de ser dez vezes campeão do Brasil é enorme. Buscar o nono, duas décadas depois, duas quedas depois, não é busca apenas de futebol. Era o reecontro com o orgulho, com a fé e com a esperança de ser Palmeiras.

Rafa foi expoente.

Nos clássicos, sobressaiu-se. Na Vila Belmiro, fez dois gols em dois minutos. Em Itaquera, nunca passou em branco. Bateu o penâlti decisivo diante do Santos para a defesa de Vanderlei, mas defendeu esse clube como um santo sob as traves. Fez do São Paulo, vítima fatal. Em jogo brilhante, fez dois, colocou cerejas sobre a cobertura histórica daquele bolo. Ou jogo.

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Gritava como se não houvesse amanhã, e nunca houve, o título daquela Copa que lavou a alma do palmeirense que não nasceu com esse sentimento, mas adquiriu ao longo da vida de boleiro. Ouviu muito, desabafou em volume máximo. Em 16, já na condição de um querido membro do novo Palmeiras, conquistou o país. Associou, de vez, o clube como sobrenome. O Rafa, do Palmeiras. Viria a ser Cruzeiro nessas voltas que o dinheiro e a bola dão.

Hoje, segue Azul, mas segue a vida em São Caetano, no clube paulista que será o adversário do Palmeiras no próximo domingo. Ele já projeta o reencontro que não será inédito.

"Eu ja tinha jogado com o Cruzeiro, depois com o Sport, não tinha marcado no primeiro, muita gente perguntou se eu iria comemorar, eu disse que não. Óbvio que eu tenho um respeito muito grande pelo clube e pela torcida, mas eu tenho que respeitar o clube que eu defendo no momento. A oportunidade que eu estou tendo. Tenho um carinho e uma história muito grande com a Sociedade Esportiva Palmeiras e sua torcida, e assim ela também tem comigo. Se sair gol eu vou ficar feliz, mas será uma comemoração mais discreta, contida, com certeza."

Nada a se estranhar vindo de quem têm no coração a mesma intensidade ao lembrar de como sua chegada foi complexa e inconstante.

"O que mais me orgulha é ter feito parte dessa reconstrução do clube. Eu passei pelo Palmeiras em 2004, e quando voltei em 2015 tudo foi diferente. Eu virei palmeirense e quando não estou jogando contra, torço sim. Fiquei feliz pelo título (brasileiro) do ano passado."

O grito incontido que esse repórter viu da arquibancada, como torcedor, em 2015, Rafa conta como viveu aquele dia histórico.

"A final da Copa do Brasil é o maior jogo que eu vivi. A rivalidade que se criou no ano todo. Para mim o gosto de ganhar a Copa foi maior do que ganhar o Brasileiro no ano seguinte. Aquele dia foi inexplicável. Eu vejo torcedores falando. Foi algo que mexeu com todo mundo. Torcedores, atletas, funcionários. Eram 40 mil dentro do estádio e 40 mil fora. Uma atmosfera sem igual. Até hoje todo torcedor que me para fala desse jogo. Não tem como…"

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E Ricardo Oliveira teve papel importante nessa memória que ele celebra e não se arrepende de ter crticado o camisa 9 rival após o título. "Sim, depois conversamos, mas aquilo no final de jogo foi um desabafo meu. Ele sabe que exagerou nas provocações. Virou algo pessoal com os nossos atletas. Com o Dudu, Prass… Mas já foi, faz parte. Deixou um gostinho diferente na final."

Mesmo assim, Rafa considera outro jogo, outro clássico, o mais importante. Aquele que o consagrou como "Rei de Itaquera".

"Dérbi é uma coisa diferente. Não tem explicação. É uma atmosfera diferente. É o maior clássico do Brasil. Eu já joguei alguns grandes clássicos, mas nada se compara com Palmeiras e Corinthians, não tem o mesmo gosto. Aquele jogo (semifinal do Paulistão 2015) foi um dos mais especiais na minha passagem. Fazer um gol em um jogo desse tamanho é muito bom. (Sobre o apelido) Eu nunca provoquei. Sempre fui um cara de respeitar qualquer adversário e torcida. Sempre fugi de polêmicas, nao é o meu perfil. Mas é diferente fazer gol neles, lá. A gente sabe como a torcida é apaixonada. Fico muito feliz de ser reconhecido como homem clássico. Isso nao fui eu que inventei, foram meus gols e atuações nesses jogos grandes que fizeram a torcida me apelidar. É muito gratificante. Eu sempre fiz gol em clássico. Começou no Japão, depois no Rio e aqui no Palmeiras onde eu marquei gols nos 3."

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Japão que tem uma importância muito grande na vida de quem ficou conhecido com o cara mais "gente boa" do elenco eneacampeão.

"Tudo começou no oriente. Lá, eu aprendi a ser profissional. A ser educado. Passei por uma catástrofe. Peguei o Tsunami em 2011 e vi de perto como as pessoas se ajudam. Eu procuro ajudar sempre que posso. Mas sou um cara muito desconfiado. A gente vive num mundo muito difícil. Mas a vida me ensinou a ser um cara feliz. Uma vez o Tchê Tchê perguntou para mim em um treino: “Pô, Rafa, você nao tá jogando e tá sempre com esse sorriso no rosto. Nunca briga com ninguém, tá sempre brincando. Como pode, voce tá forçando, né?”. Ok, vamos lá. Você està com problema, certo? O que vai mudar você trazer esse problema aqui para dentro? Nada! Problemas todo mundo tem, mas quando estou trabalhando procuro esquecer tudo. Acho que isso faz eu ser um cara querido por onde passo."

E querido em um elenco que transparecia uma união tremenda e um bastidor que ele contou demonstra que as impressões são certeiras. Amigo do goleiro Jaílson, ele conta que o jogo de domingo já está rolando entre eles, jogadores.

"A gente se fala muito. Assim que eu acertei com o São Caetano, eu vi que ia ter o encontro com o Palmeiras logo na terceira rodada. A gente tem um grupo de whatsapp daquele time de 2015/2016. O baixinho (Dudu) é muito meu amigo. Falo com ele direto. Mandei no grupo “Aí, baixinho, terceira rodada já tem. Vou socar a porrada em você.”. Fora de campo a gente brinca. Mas dentro do jogo é foco total na partida. A gente não pode extravasar e abusar pois tem que ter respeito pelas duas equipes.

E esse clima não começou por acaso. Rafa lembra das pessoas que fizeram a construção desse novo Palmeiras que frutificou amizades tão duradouras. Para ele, a diretoria foi decisiva naquela mudança de rumos.

"O Paulo foi fundamental, sem dúvidas. A gente se fala ainda. O Paulo Nobre além de ser torcedor fanático, ele sabia separar o lado torcedor do profissional. Todo mundo que chegou em 2015 ajudou o clube a ser o que é hoje. O Alexandre, o próprio Oswaldo. Chegaram quase 15 jogadores e ele foi importantissimo para unir e transformar o ambiente num lugar gostoso de se trabalhar. A gente ajudou a colocar o Palmeiras no lugar que ele merece, que é no topo."

Por ter vivido o auge com a camisa do verde, perguntamos a ele sobre encerrar a carreira no clube, se seria um sonho ou um desejo. A resposta não é nada surpreendente a quem é tão querido pelo palmeirense.

"Sim, sim. Tenho um carinho muito grande. Eu não era palmeirense quando criança, mas hoje sou. Falo com toda tranquilidade do mundo e isso nao é para fazer média ou querer cavar uma vaga de volta no clube. Eu torço mesmo. É um clube muito especial para mim, onde eu vivi o auge e conquistei coisas inesquecìveis. Estou muito feliz no São Caetano. Quero ajudar o clube que tambèm está buscando uma reestruturação. Mas meu carinho pelo Palmeiras sempre será gigante."

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No entanto, os planos de pendurar a chuteira não está tão próximo assim…

"Eu, físicamente, sempre me cuidei, tenho um preparo muito bom. Quando chega na idade que eu tenho (35 anos) o que manda é a cabeça. A rotina de jogador é desgastante. Treino, concentração, muito tempo sem familia. É um desgaste excessivo acompanhar o nosso calendário. Tem muita gente que não tem a noção do que a gente vive. Mas acredito que eu ainda jogue mais uns 4,5 anos…

A última resposta do papo foi sobre Borja. O camisa 9 que vive entre amores e críticas da torcida. Ele que enfrentará o colombiano, domingo, tece elogios ao concorrente:

"Eu peguei o começo do Borja. Acho um pouco excessiva a cobrança da torcida em cima dele. Ele é um baita atacante, sabe fazer gol, tem muita explosão. O começo foi duro para ele, toda adaptação. Ele tem feito gols, o Deyverson também era muito criticado e agora está em paz. Eu sofri também. Faz parte do futebol. A torcida do Palmeiras estava com um pè atrás logo que eu voltei."

O Nosso Palestra e o palmeirense estão ansiosos para reencontrar um personagem tão especial e que ainda sabe como colocar o coração no meio do futebol. Que domingo seja um dia de Palmeiras com vitória, mas com o olhar grato e saudoso ao Rafael, o Rafa, do Palmeiras.

Rafael Marques fez 91 jogos pelo Palmeiras entre 2015 e 2017, marcando 21 gols. Até hoje ele é o terceiro maior artilheiro do Allianz Parque, com 12 tentos. Ficando atrás somente de Borja e Dudu.

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Fotos: César Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação

*Contribuiu: João Gabriel Falcade

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Amarcord: Corinthians 2 x 2 Palmeiras, 5 x 6 nos pênaltis, SP-15 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/#respond Sat, 24 Feb 2018 11:13:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/24/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/

O JOGO COMPLETO Os melhores momentos RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilRoteiro conhecido: Palmeiras vive mesmo cenário de estreia na Libertadores em 2023Equipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo Paulistão“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele […]

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O JOGO COMPLETO

Os melhores momentos

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Porque vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

Esse foi o texto que escrevi a pedido do Palmeiras para ser lido pelo ator Eduardo Semerjian, em vídeo apresentado ao elenco antes de Corinthians 2 x 2 Palmeiras, semifinal única do SP-15, em Itaquera. O rival era favorito pela melhor campanha no Paulista. A gente reconstruía o elenco e moral de anos pouco palmeirenses.

Eu não pude comentar o jogo pela Jovem Pan. Estava gripado e sem voz. Fiquei em casa para ver o Derby com meu primo, filhos, mulher e filhota. Como eu não via um clássico com eles sem estar trabalhando desde… Desde… Não lembro.

O texto que escrevi no meu blog no LANCE!, naquele 19 de abril de 2015 está abaixo:

“É só uma semifinal de Paulista?!”. Você não sabe o que é futebol, amigo.

“Tanta festa só pra isso?!”. Você lembra a folia que o corintiano fez quando acabou com o jejum de 10 anos sem vitórias contra o Santos de Pelé, em 1968 (e era um tabu só pelo estadual)?

“Parece que conquistaram o mundo!”. E o mundo sabe o que o corintiano fez na invasão do Maracanã, em 1976. Quando a maior vitória não era nem vencer o campeonato que seria perdido para o Internacional – como também foi o Paulista de 1968. A grande vitória, amigo, era ter estado lá, no Rio, dividindo o estádio com o Fluminense.

Como foi épico para os palmeirenses que foram a Itaquera ver o melhor time do SP-15 cair nos pênaltis mais uma vez para o rival. O Timão que será terceiro lugar invicto no Paulistão. O Corinthians que segue sem perder na Arena. Segue como grande favorito na Libertadores. Mas não segue mais no SP-15.

Acontece, como ocorreu também nos pênaltis, no Pacaembu, no SP-11. O Palmeiras tinha melhor campanha e foi eliminado pelo Corinthians que acabaria vice paulista para o Neymar do Santos. Mas, no final daquele 2012, seria penta brasileiro. Iria para a Libertadores ser invicto campeão, e fecharia o ano em que “acabaria o mundo” reconquistando o planeta salvo.

Foi então tudo aquilo o Timão de Tite (e depois de perder para a Ponte o SP-12, nas quartas-de-final…). Pode ir além agora o Corinthians-15 que sofreu o primeiro gol do Verdão do reserva Victor Ramos, buscou a virada com o reserva de moral e decisão Danilo, e virou com o Romarinho-2015 Mendoza, em petardo de longe, no mesmo canto onde Prass não defendeu aquela bola. Mas defenderia outra ainda mais decisiva.

Feliz o corintiano que pode ter reservas como Danilo e Mendoza. Nem tanto Love. É fato que o  ex-palmeirense poderia ter feito o terceiro de cabeça, não fosse Prass, já no segundo tempo. Do mesmo modo como Oswaldo foi feliz ao, na dúvida, e nas dívidas de um elenco ainda em formação, e com os melhores do time longe de estarem 100% (Valdivia e Cleiton Xavier), atirar o time dele ao ataque.

O Palmeiras só não empatou um pouco antes em belo lance de Rafael Marques para Dudu por Cássio ser grande. E grande goleiro, também, ao desviar a bola que bateu na trave.

Felicíssimo Tite que pode, no Derby difícil pelo crescimento palmeirense, escalar Renato Augusto e depois Elias na maratona insana. Equilibrado um jogo que foi mais verde depois pelo time que era só gente de frente. Gente grande como foi Dudu para jogar na cabeça de Rafael Marques o empate.

Placar justo pelos 90 minutos de qualidade, equilíbrio, intensidade e nervosismo.

Talvez injusto pela campanha corintiana no campeonato. Mas certamente bonito pelo que o Palmeiras está fazendo. E se refazendo.

Palmeirenses fazendo merecido barulho pelas ruas antes desertas de tudo. Não de coração. Mas de gente de dentro e de fora que insistia em enterrar o clube numa vala incomum para o colosso que é. Querendo sepultar 100 anos como indigente. Por mais indignos que tenham sido alguns dirigentes e gerentes de uma massa que não é falida, embora falha. Os indigitados que tentaram executar execrando as exéquias palmeirenses muitas vezes foram apenas paus mandados de fígados e cotovelos doloridos. Ignaros concursados ou ignóbeis ignorantes terceirizados que vivem de matar a nossa paixão.

Essa turma que chamava o Santos de viúva de Pelé. O Palmeiras de ex-grande. Mesmo o Corinthians, quando rebaixado técnica e moralmente por escândalos políticos e administrativos de um 1-0-0 número de maracutaias e joorabchianadas de 1997 até o ocaso de Dualib e a queda para a Segundona dos infernos, em 2007. Esses coveiros de plantão de fim de semana de redação e de plantação de futricas fedidas que infestam a nossa mídia abaixo da média.

“Acabaram” com o Palmeiras como “acabaram” com o Corinthians e, agora, provavelmente, vão “acabar” com o São Paulo.

Não adianta pedir à essa turma que estude minimamente a história de idas e vitórias, derrotas e vindas de nossa vida.

Eles não vão entender.

E, por isso, vão achar que não valeu “nada” a invasão corintiana em 1976. Nem a virada corintiana por 4 a 3 contra o Palmeiras, em 1971. Nem o fim do “tabu” que não era tabu em 1968.

Perdoai-os, Rivellino. Eles não sabem nada.

Talvez eles não perdoem Elias, o melhor corintiano em 2015, que chutou o pênalti que definiria a classificação para a decisão nas mãos de Prass. Repetindo a sina de um camisa sete alvinegro batendo o último pênalti decisivo contra um goleiro palmeirense.

Os mesmos infiéis de todas as cores e credos que talvez detonassem Robinho, o melhor palmeirense em 2015, por isolar o primeiro pênalti cobrado e perdido como a bola em Itaquera.

Mas tudo ficou mesmo empatado no último chute de Elias. Equilíbrio no tempo normal de um grande Derby e também na primeira série de pênaltis.

Kelvin (o atacante que mal atuara, e foi bem improvisado na lateral-esquerda que não tinha as quatro opções do elenco), subiu a temperatura e fez o dele. Gil empatou 5 a 5. Jackson, outro reserva palmeirense, fez 6 a 5.

Petros, que foi um cara de tirar o chapéu em 2014, até no gol do primeiro Derby na Arena Corinthians, bateu bem, forte, no canto esquerdo de Prass.

Mas, daí, e logo depois, o que se viu depois da excepcional defesa foram os dedos erguidos para cima de Marcos Prass. Fernando Prass. O cara que defendeu e ajoelhou e confirmou a profecia-palpite de Evair, antes do jogo:

– Vai dar Palmeiras. Nos pênaltis.

Foi o torpedo que o nosso amigo em comum Álvaro mandou antes do jogo.

Quando o árbitro (que foi bem) encerrou o clássico, eu então torpedeei Marcos e Evair:

– Agora é com vocês. Foi assim em 2000, 1999, 1994, 1993.

E tinha de ser em 2015. Como foi.

Gripado, eu não estava nem no Fox Sports e nem trabalhando pela Jovem Pan. Onde havia palpitado que a decisão seria nos pênaltis. Mas seria corintiana…

Estava com meus filhos, minha mulher, minha filhota, e meu primo Calabar, com as duas palmeirenses de Piracicaba dele.

Eu só lembro de ter comentado com ele antes do dérbi:

– Hoje o dia está nublado…

Como no SP-74. Como no SP-93.

Ele apenas sorriu.

E não lembramos a última decisão que vimos juntos do Palmeiras.

De fato, ele lembrou. Mas não falou.

Eu também sabia. Mas não queria falar antes dos pênaltis. Quando eu não conseguia falar pela tosse e rouquidão. Ou pelo pavor mesmo que consome qualquer um que não esteja comentando pelo rádio ou pela TV.

Claro que eu sabia qual a última decisão que tinha visto com meu primo. Foi em 1986. Com mais 40 amigos.

No dia que seria maldito por 12 anos: 3 de setembro. De 1986.

Derrota para a Inter de Limeira, no Morumbi.

Aquela.

Mas os nossos dias são como os jogos de um time grande. Tem vez, muitas vezes pro meu gosto, que ele até parece pequeno. Mas ele é grande. Ele é a nossa vida. Ele vira o jogo. E a história.

Doze anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 1998, nasceu o meu Luca, meu filho mais velho, irmão do caçula Gabriel.

Dezesseis anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 2002, nasceu a Luna, a filha mais velha do meu primo Calabar, irmã da Isabel, e meia-irmão do Theo.

Por isso que, em 19 de abril de 2015, Dia do Índio, em Itaquera (“pedra-dura” em Tupi-Guarani – que não é o de Campinas e nem o “da capital”…), eu, meu primo, e milhões que sabem que 1974, 1993 e tudo que se faz desde 1914 é eterno, todos nós pudemos mais uma vez sentir que, como diz um cara que deve estar ainda mais insuportável lá em cima, é “simplesmente impossível a quem não é palmeirense”.

E faltou dizer então:

Prass defendeu o chute de Petros.

O que lembro é de sair pela casa e pular na piscina. Sem voz e com gripe na tarde fria de São Paulo. O que jamais vou esquecer é que todo mundo pulou junto.

Frio? Gripe?

Você não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians.

CORINTHIANS 2 x 2 PALMEIRAS

SEMIFINAL SP-15.

Arena Corinthians

19 de abril de 2015, domingo, 16h

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto

Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Alex Ang Ribeiro

Público: 39.055 torcedores (38.457 pagantes)

Renda: R$ 3.194.302,50

Cartões amarelos: Fagner e Felipe; Lucas e Arouca.

GOLS: Victor Ramos, aos 15 minutos, Danilo, aos 33, e Mendoza, aos 44 do 1º tempo;

Rafael Marques, aos 29 do 2º tempo

PÊNALTIS:

CORINTHIANS: Fábio Santos, Renato Augusto, Fagner, Ralf e Gil; Elias e Petros perderam

PALMEIRAS: Rafael Marques, Victor Ramos, Cleiton Xavier, Dudu, Kelvin e Jackson; Robinho perdeu

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf e Bruno Henrique (Petros); Jadson (Renato Augusto), Danilo e Mendoza; Vagner Love (Elias). Técnico: Tite

PALMEIRAS : Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Victor Ramos, Jackson e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia e Dudu; Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira

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+9 dos 1000 clássicos paulistas (parte 3): 2 x 2 Corinthians, SP-2015 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-2-x-2-corinthians-sp-2015/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-2-x-2-corinthians-sp-2015/#respond Fri, 29 Sep 2017 22:52:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/29/9-dos-1000-classicos-paulistas-2-x-2-corinthians-sp-2015/

  https://www.youtube.com/watch?v=Qsxvp1G1-Bk RelacionadasPalmeiras vence Athletico, segue 100% e na liderança do Brasileiro Sub-20Palmeiras x Botafogo-SP: escalações, arbitragem e onde assistirPalmeiras x Internacional: escalações, arbitragem e onde assistir São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915. O Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre: Data: 29/04/2015 Local: Arena Corinthians Juiz: Thiago Duarte Peixoto. […]

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https://www.youtube.com/watch?v=Qsxvp1G1-Bk

São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:

Data: 29/04/2015

Local: Arena Corinthians

Juiz: Thiago Duarte Peixoto.

Gols: Victor Ramos, Danilo e Mendoza; Rafael Marques

Decisão nos pênaltis: Palmeiras 6 x 5 Corinthians

Gols do Palmeiras: Robinho (fora), Rafael Marques, Victor Ramos, Cleiton Xavier, Dudu, Kelvin, Jackson.

Gols do Corinthians: Fábio Santos, Renato Augusto, Fagner, Ralf, Elias (Prass defendeu), Gil, Petros (Prass defendeu).

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Jackson, Victor Ramos e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia (Gabriel Jesus) e Dudu; Rafael Marques

Técnico: Oswaldo de Oliveira

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf e Petros (Bruno Henrique); Jadson (Renato Augusto), Danilo e Mendoza; Vagner Love (Elias)

Técnico: Oswaldo de Oliveira

 

É só uma semifinal de Paulista?!”. Você não sabe o que é futebol, amigo.

“Tanta festa só pra isso?!”. Você lembra a folia que o corintiano fez quando acabou com o jejum de 10 anos sem vitórias contra o Santos de Pelé, em 1968 (e era um tabu só pelo estadual)?

“Parece que conquistaram o mundo!”. E o mundo sabe o que o corintiano fez na invasão do Maracanã, em 1976. Quando a maior vitória não era nem vencer o campeonato que seria perdido para o Internacional – como também foi o Paulista de 1968. A grande vitória, amigo, era ter estado lá, no Rio, dividindo o estádio com o Fluminense.

Como foi épico para os palmeirenses que foram a Itaquera ver o melhor time do SP-15 cair nos pênaltis mais uma vez para o rival. O Timão que será terceiro lugar invicto no Paulistão. O Corinthians que segue sem perder na Arena. Segue como grande favorito na Libertadores. Mas não segue mais no SP-15.

Acontece, como ocorreu também nos pênaltis, no Pacaembu, no SP-11. O Palmeiras tinha melhor campanha e foi eliminado pelo Corinthians que acabaria vice paulista para o Neymar do Santos. Mas, no final daquele 2012, seria penta brasileiro. Iria para a Libertadores ser invicto campeão, e fecharia o ano em que “acabaria o mundo” reconquistando o planeta salvo.

Foi então tudo aquilo o Timão de Tite (e depois de perder para a Ponte o SP-12, nas quartas-de-final…). Pode ir além agora o Corinthians-15 que sofreu o primeiro gol do Verdão do reserva Victor Ramos, buscou a virada com o reserva de moral e decisão Danilo, e virou com o Romarinho-2015 Mendoza, em petardo de longe, no mesmo canto onde Prass não defendeu aquela bola. Mas defenderia outra ainda mais decisiva.

Feliz o corintiano que pode ter reservas como Danilo e Mendoza. Nem tanto Love. É fato que o  ex-palmeirense poderia ter feito o terceiro de cabeça, não fosse Prass, já no segundo tempo. Do mesmo modo como Oswaldo foi feliz ao, na dúvida, e nas dívidas de um elenco ainda em formação, e com os melhores do time longe de estarem 100% (Valdivia e Cleiton Xavier), atirar o time dele ao ataque.

O Palmeiras só não empatou um pouco antes em belo lance de Rafael Marques para Dudu por Cássio ser grande. E grande goleiro, também, ao desviar a bola que bateu na trave.

Felicíssimo Tite que pode, no dérbi difícil pelo crescimento palmeirense, escalar Renato Augusto e depois Elias na maratona insana. Equilibrando um jogo que foi mais verde depois pelo time que era só gente de frente. Gente grande como foi Dudu para jogar na cabeça de Rafael Marques o empate.

Placar justo pelos 90 minutos de qualidade, equilíbrio, intensidade e nervosismo.

Talvez injusto pela campanha corintiana no campeonato. Mas certamente bonito pelo que o Palmeiras está fazendo. E se refazendo.

E tem mais sobre a festa daquele jogo que retomou a confiança e orgulho alviverdes:

Palmeirenses fazendo merecido barulho pelas ruas antes desertas de tudo. Não de coração. Mas de gente de dentro e de fora que insistia em enterrar o clube numa vala incomum para o colosso que é. Querendo sepultar 100 anos como indigente. Por mais indignos que tenham sido alguns dirigentes e gerentes de uma massa que não é falida, embora falha. Os indigitados que tentaram executar execrando as exéquias palmeirenses muitas vezes foram apenas paus mandados de fígados e cotovelos doloridos. Ignaros concursados ou ignóbeis ignorantes terceirizados que vivem de matar a nossa paixão.

Essa turma que chamava o Santos de viúva de Pelé. O Palmeiras de ex-grande. Mesmo o Corinthians, quando rebaixado técnica e moralmente por escândalos políticos e administrativos de um 1-0-0 número de maracutaias e joorabchianadas de 1997 até o ocaso de Dualib e a queda para a Segundona dos infernos, em 2007. Esses coveiros de plantão de fim de semana de redação e de plantação de futricas fedidas que infestam a nossa mídia abaixo da média.

“Acabaram” com o Palmeiras como “acabaram” com o Corinthians e, agora, provavelmente, vão “acabar” com o São Paulo.

Não adianta pedir à essa turma que estude minimamente a história de idas e vitórias, derrotas e vindas de nossa vida.

Eles não vão entender.

E, por isso, vão achar que não valeu “nada” a invasão corintiana em 1976. Nem a virada corintiana por 4 a 3 contra o Palmeiras, em 1971. Nem o fim do “tabu” que não era tabu em 1968.

Perdoai-os, Rivellino. Eles não sabem nada.

Talvez eles não perdoem Elias, o melhor corintiano em 2015, que chutou o pênalti que definiria a classificação para a decisão nas mãos de Prass. Até porque, camisa 7 corintiano contra goleiro palmeirense em disputa de pênaltis… Já vimos esse filme antes.

Os mesmos infiéis de todas as cores e credos que talvez detonassem Robinho, o melhor palmeirense em 2015, por isolar o primeiro pênalti cobrado e perdido como a bola em Itaquera.

Mas tudo ficou mesmo empatado no último chute de Elias. Equilíbrio no tempo normal de um grande dérbi e também na primeira série de pênaltis.

Kelvin (o atacante que mal atuara, e foi bem improvisado na lateral-esquerda que não tinha as quatro opções do elenco), subiu a temperatura e fez o dele. Gil empatou 5 a 5. Jackson, outro reserva palmeirense, fez 6 a 5.

Petros, que foi um cara de tirar o chapéu em 2014, até no gol do primeiro Dérbi na Arena Corinthians, bateu bem, forte, no canto esquerdo de Prass.

Mas, daí, e logo depois, o que se viu depois da excepcional defesa foram os dedos erguidos para cima de Marcos Prass. Fernando Prass. O cara que defendeu e ajoelhou e confirmou a profecia-palpite de Evair, antes do jogo:

– Vai dar Palmeiras. Nos pênaltis.

Foi o torpedo que o nosso amigo em comum Álvaro mandou antes do jogo.

Quando o árbitro (que foi bem) encerrou o clássico, eu então torpedeei Marcos e Evair:

– Agora é com vocês. Foi assim em 2000, 1999, 1994, 1993.

E tinha de ser em 2015. Como foi.

Gripado, eu não estava nem no Fox Sports e nem trabalhando pela Jovem Pan. Onde havia palpitado que a decisão seria nos pênaltis. Mas seria corintiana…

Estava com meus filhos, minha mulher, minha filhota, e meu primo Calabar, com as duas palmeirenses de Piracicaba dele.

Eu só lembro de ter comentado com ele antes do dérbi:

– Hoje o dia está nublado…

Como no SP-74. Como no SP-93.

Ele apenas sorriu.

E não lembramos a última decisão que vimos juntos do Palmeiras.

De fato, ele lembrou. Mas não falou.

Eu também sabia. Mas não queria falar antes dos pênaltis. Quando eu não conseguia falar pela tosse e rouquidão. Ou pelo pavor mesmo que consome qualquer um que não esteja comentando pelo rádio ou pela TV.

Claro que eu sabia qual a última decisão que tinha visto com meu primo. Foi em 1986. Com mais 40 amigos.

No dia que seria maldito por 12 anos: 3 de setembro. De 1986.

Derrota para a Inter de Limeira, no Morumbi.

Aquela.

Mas os nossos dias são como os jogos de um time grande. Tem vez, muitas vezes pro meu gosto, que ele até parece pequeno. Mas ele é grande. Ele é a nossa vida. Ele vira o jogo. E a história.

Doze anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 1998, nasceu o meu Luca, meu filho mais velho, irmão do caçula Gabriel.

Dezesseis anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 2002, nasceu a Luna, a filha mais velha do meu primo Calabar, irmã da Isabel, e meia-irmão do Theo.

Por isso que, em 19 de abril de 2015, Dia do Índio, em Itaquera (“pedra-dura” em Tupi-Guarani – que não é o de Campinas e nem o “da capital”…), eu, meu primo, e milhões que sabem que 1974, 1993 e tudo que se faz desde 1914 é eterno, todos nós pudemos mais uma vez sentir que, como diz um cara que deve estar ainda mais insuportável lá em cima, é “simplesmente impossível a quem não é palmeirense”.

(Já mostramos outros 2 clássicos. Tem mais 6 para apresentar)

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20/8/2016, 21a. rodada do BR-16: Palmeiras 2 x 2 Ponte Preta https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/2082016-20a-rodada-palmeiras-ponte-preta/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/2082016-20a-rodada-palmeiras-ponte-preta/#respond Sun, 20 Aug 2017 14:20:49 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/20/2082016-20a-rodada-palmeiras-ponte-preta/

  Sábado, 20 de agosto DE 2016, 20h09. Um palmeirense jornalista mandou um whatsapp no momento em que Neymar bateu na bola e antes de ela entrar na meta da Alemanha. Brasil medalha de ouro no futebol, no Maracanã. RelacionadasFernando Prass, ex-goleiro do Palmeiras, cita dificuldades de atuar na altitude: ‘Situação muda’Opinião: ‘Quem melhor que o Santos […]

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Sábado, 20 de agosto DE 2016, 20h09. Um palmeirense jornalista mandou um whatsapp no momento em que Neymar bateu na bola e antes de ela entrar na meta da Alemanha. Brasil medalha de ouro no futebol, no Maracanã.

A mensagem que ele escrevera antes de a bola entrar e antes das cobranças de pênaltis contra os alemães: “Passei o jogo todo imaginando você lá na meta, Fernando Prass. E tenho certeza absoluta que você esteve lá em todos os momentos. Por isso a nossa meta enfim foi conquistada. Você estava lá. Você é ouro. Parabéns. E obrigado por tudo”.

Exatos 30 minutos depois ele respondeu a mensagem. Assistira ao jogo com a família, na sala. Mas, nos pênaltis, nervoso por não poder os defender, e nem mesmo cobrar ao menos um, foi para o quarto, e, como ótimo goleiro que é, ficou sozinho. Vibrando com Weverton e com os companheiros que, minutos depois, fizeram questão de vestir a camisa dele. Não apenas Gabriel Jesus, parceiro de Palmeiras. Também Rafinha, filho de outro grande ídolo alviverde – Mazinho, campeão brasileiro em 1993. Rafinha que foi companheiro dos dias de recuperação para a Olimpíada. O meia do Barcelona ainda conseguiu jogar o Rio-16. O goleiro palmeirense, não. Mas a camisa 1 dele estava com Jesus e com Rafinha. E também no peito do zagueiro são-paulino Rodrigo Caio e do atacante santista Gabriel. Rivais de clube de Prass. Jamais do caráter também campeão.

“Perdi a chance de ganhar este ouro. Mas vou levantar a Taça do Brasileirão!”. Fernando colocou as mãos juntas em forma de prece no desenho do emoji do whatsapp. Agradeceu. E no dia seguinte seguiu se recuperando. Com o profissionalismo que o levou à Seleção aos 37 anos. Com a dedicação com que Fernando Prass ajudou a levar o Palmeiras adiante.

No dia seguinte, domingo, 21 de agosto, jogo no Allianz Parque. Os volantes Gabriel e Arouca seguiram fora por lesão. Antes titulares em 2015, então apenas opções de um grande elenco. É do jogo. Como tem sido a Ponte atrapalhar nossos desejos nos últimos tempos. Cuca montou mais uma vez um time ofensivo. Tchê Tchê e Moisés fazendo tudo no meio, com Cleiton Xavier mais solto por dentro. Róger Guedes e Dudu criando pelos lados, e Rafael Marques no comando do ataque. Ele fez 1 a 0, em belo lance de ponta de Róger.

No recomeço do jogo, Rafael quase fez 2 a 0 com menos de 10 segundos. O Porco Louco de Cuca voltava a atacar. Mas não a se defender tão bem. Logo depois teve lance de perigo com a chegada de Moisés e Tchê Tchê na área da Macaca. Os dois volantes! É um time que quase sempre busca o ataque. Por isso às vezes dá espaço atrás. Tchê Tchê quase fez o segundo aparecendo sozinho na cara do Aranha. Só não fez pela bela saída do nosso ex-goleiro e pelo erro absurdo do bandeirinha, que marcou impedimento inexistente.

A Lei do Ex deu de novo o ar da desgraça com o atacante Wellington Paulista, que apareceu livre depois de um lance esquisito e carambolado. O Palmeiras foi à frente e desempatou de novo, na única falha de Aranha, com Thiago Martins, de cabeça, aos 24. Mas três minutos depois tomamos aqueles gols inexplicáveis que sofríamos no passado. E como sofríamos. Jogo em casa, vencendo, e contragolpe desde o meio-campo!? Gol de William Pottker. O terceiro dele contra a gente em 2016. Dois a dois.

Ainda levantamos mais algumas bolas até o fim. Mas ficamos nisso. E com o Atlético Mineiro a dois pontos da gente, e o Flamengo, três.

Foi o Palmeiras na segunda rodada em 2016. Há praticamente um ano.

(Veja abaixo o jogo na íntegra)

https://www.youtube.com/watch?v=oOY0cV7S1oM

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