Arquivos tag-Robertão-69 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-robertao-69/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Wed, 03 Apr 2019 12:43:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial Robertão-69: no sufoco, Cruzeiro 1 x 1 Palmeiras, em 03/12/1969 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-no-sufoco-cruzeiro-1-x-1-palmeiras-em-03-12-1969/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-no-sufoco-cruzeiro-1-x-1-palmeiras-em-03-12-1969/#respond Wed, 03 Apr 2019 12:43:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/04/03/especial-robertao-69-no-sufoco-cruzeiro-1-x-1-palmeiras-em-03-12-1969/ O Cruzeiro era ótimo. Tinha um gênio endiabrado como Dirceu Lopes como meia-atacante. Um dos melhores do torneio. Mas tinha perdido Tostão com descolamento da retina depois de uma bolada do corintiano Ditão. Ainda assim era equipe ofensiva. Mais bonita de ver jogar. Gostava de atacar. Sabia como. “Mas se vier pra cima, criaremos no […]

O post Especial Robertão-69: no sufoco, Cruzeiro 1 x 1 Palmeiras, em 03/12/1969 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O Cruzeiro era ótimo. Tinha um gênio endiabrado como Dirceu Lopes como meia-atacante. Um dos melhores do torneio. Mas tinha perdido Tostão com descolamento da retina depois de uma bolada do corintiano Ditão. Ainda assim era equipe ofensiva. Mais bonita de ver jogar. Gostava de atacar. Sabia como. “Mas se vier pra cima, criaremos no contragolpe”, avisou Rubens Minelli embarcando para Belo Horizonte. “Gosto de jogar contra time assim. Que joga e deixa jogar”, acrescentou César.

Além do time titular enfim definido e entrosado, o Palmeiras chegou a Minas para o segundo jogo do quadrangular decisivo com Neuri (goleiro), Minuca (zagueiro), Dé (lateral), Cabralzinho (meia), Copeu (ponta), Zé Carlos (volante) e Cardoso (meia-atacante).

O Cruzeiro tinha o ponta-direita Natal de volta, depois de 91 dias fora. O Palmeiras quis contratá-lo no meio do ano. Não conseguiu. Jogador de Seleção, seria ótimo reforço. Veio Edu da Portuguesa. E foi muito melhor para a nossa história.

César era a preocupação do médico Nelson Rossetti. Sentia o tornozelo esquerdo. Edu também sentia a virilha.

Em campo, o Cruzeiro atacou como se esperava. O Palmeiras esperou. Fechado. Até demais. Chegou no máximo três vezes à frente. Na última delas no primeiro tempo, aos 45, Jaime cobrou falta forte e a bola sobrou para o oportunista César não desperdiçar.

O Cruzeiro veio ainda mais pra cima na segunda etapa. Natal saiu e entrou o jovem Palhinha deslocado na ponta. Deu certo. Ele foi derrubado por Zeca. Pênalti que Darci Menezes bateu, Leão espalmou, Nelson não conseguiu afastar direito, Dirceu pegou a sobra e mandou a bola que desviou em Baldochi e sobrou para Palhinha empatar, aos 12, de fora da área. Minelli ficou uma arara com a defesa que não conseguiu afastar a bola.

O Palmeiras seguiu muito amuado. Edu não estava 100% e rendeu pouco. Minelli pensou em Copeu pro terceiro jogo. Pio recuou demais. César ficou sozinho à frente. Ainda assim deu para voltar de Minas com empate que obrigaria a vencer o Botafogo de qualquer jeito, na última partida. Pelo 1 x 1, cada atleta ganhou 500 mil cruzeiros novos.

Logo depois do final do jogo em Minas e no Pacembu (onde o Corinthians venceu o Botafogo por 1 a 0 e virou líder, só não goleando graças ao goleiro Cao), a CBD divulgou o mando dos jogos finais, na tabela dirigida pela pontuação.

Mesmo tendo feito melhor campanha na fase inicial, mesmo líder do quadrangular final, o Corinthians teria que jogar fora contra o Cruzeiro que só havia mandado uma vez. O alvinegro já atuara duas vezes como mandante (ainda que a primeira fosse o Derby paulistano). No outro jogo, natural que o Palmeiras recebesse em São Paulo o Botafogo. Além de melhor campanha que o time carioca, ainda não tinha exercido seu mando, diferentemente do clube carioca que estreara empatando com o Cruzeiro, no Maracanã.

Não era mesmo o ideal. Mas era o possível. O Corinthians que gostara da fórmula uma semana antes agora protestava. O presidente Wadih Helu foi até a CBD no dia seguinte. Não queria jogar no Mineirão. Mas não teve jeito. Teria que decidir um título que não conquistava desde 1954 fora de casa.

Mas ainda poderia ser campeão com o empate em Belo Horizonte. Desde que também Palmeiras e Botafogo empatassem no Morumbi.

Os critérios de desempate no quadrangular final em caso de igualdade de pontos: saldo de gols só no quadrangular; goal average (média de gols) na mesma fase; saldo de gols em todo o torneio; média de gols em todo o Robertão de um 1969.

Se fosse necessário, até o sorteio na sede da CBD definiria o campeão!!!
Para facilitar as contas alviverdes, e dificultar as chances de título: o Palmeiras teria que vencer o Botafogo e o Corinthians não poderia vencer; ou o jogo do Mineirão teria que terminar empatado, ou o Cruzeiro teria que vencer por menos gols que o Palmeiras.

Estava tudo embolado. Mas o Corinthians parecia com mais chances. Também pela festa feita em São Paulo depois da boa atuação e vitória contra o Botafogo. Buzinaço depois do jogo no Pacaembu. Confiança da diretoria que marcou para a semana seguinte um amistoso contra a Seleção de Gana, que no domingo anterior empatara com o São Paulo.

Jogo com pinta de festa para entregar as faixas…

E foram mesmo entregues. Mas em outro Parque.

Definida rapidamente estava a questão do televisionamento das partidas. Corinthians e Palmeiras se queixaram na CBD e na FPF pelos jogos de quarta-feira terem sido exibidos ao vivo também para Belo Horizonte e São Paulo. As negociações dos direitos (quando existiam) não eram por campeonato. Eram por jogos. Faltou acerto entre TVs e clubes.

E o desacerto foi extrapolado e impediu o registro da rodada final. No domingo decisivo, a CBD enviou ofício para as federações de Minas e São Paulo impedindo até mesmo a entrada no Mineirão e Morumbi de qualquer câmera de emissora de televisão. Nem para gravar o videoteipe a ser exibido depois das partidas.
Por isso não existe registro algum da última rodada do Robertão.

CRUZEIRO 1 X 1 PALMEIRAS
Torneio Roberto Gomes Pedrosa – fase final
Quartw-feira, 3/dezembro (noite)
Mineirão
Juiz: Armando Marques
Renda: NCr$ 155 941
Público: 36 525
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Baldochi, Nelson e Zeca; Dudu, Jaime e Ademir da Guia; Edu (Cardoso), César e Pio
Técnico: Rubens Minelli
Gols: César 45 do 1º; Palhinha 12 do 2º

O post Especial Robertão-69: no sufoco, Cruzeiro 1 x 1 Palmeiras, em 03/12/1969 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-no-sufoco-cruzeiro-1-x-1-palmeiras-em-03-12-1969/feed/ 0
Mais Arrancadas Heroicas do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/#respond Wed, 20 Sep 2017 13:46:42 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/20/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/

Hoje é dia de celebrar 75 anos de Palmeiras. 75 anos da Arrancada Heroica de 1942, quando o Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão paulista. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoFlaco López renasce como artilheiro do Palmeiras em título […]

O post Mais Arrancadas Heroicas do Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Hoje é dia de celebrar 75 anos de Palmeiras. 75 anos da Arrancada Heroica de 1942, quando o Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão paulista.

Nesses 103 anos, tivemos viradas históricas como o 4 x 2 nos minutos finais contra o Flamengo, na Copa do Brasil de 1999. Clássico que inspirou o Palmeiras a vencer a Libertadores, menos de um mês depois.

Também tivemos Arrancadas Heroicas em conquistas de títulos. As cinco maiores:

Copa Rio-51: O Palmeiras já estava classificado no grupo paulista do torneio. Colocou time misto para a última partida da chave, quando fomos goleados pela Juventus no Pacaembu. 4 x 0 para o time italiano. Como segundo colocado, o Verdão teve de disputar a semifinal em dois jogos no Maracanã contra o favorito Vasco, que tinha 7 jogadores do Brasil na Copa-50. Depois de eliminar o campeão carioca, o campeão paulista voltou a enfrentar a Juventus. E ganhou o primeiro título intercontinental da história do futebol brasileiro.

Supercampeão paulista de 1959: o Santos tinha Pelé e o melhor ataque da história do estadual (151 gols!). Defendia o título de 1958. No returno, pontos corridos, abriu vantagem que o Palmeiras foi buscar nas últimas quatro rodadas. Quando o Palmeiras perdeu o clássico para o São Paulo, o elenco teve de torcer pelo rádio no vestiário do Pacaembu para o Guarani vencer o Santos. Terminaram empatados. O regulamento previa jogo extra. Foi 1 a 1. Novo jogo: 2 a 2. Na terceira partida, de virada, no Pacaembu, o Palmeiras venceu o Santos e foi supercampeão estadual.

Robertão-69: o Palmeiras ganhou o Ramón de Carranza e voltou cansado fisicamente ao Brasil depois de excursão pela África e Europa. Quatro dias depois de vencer o Barcelona em amistoso no Camp Nou, estreou no torneio nacional. Perdeu quatro dos primeiros cinco jogos do torneio nacional. O treinador Rubens Minelli foi pressionado. O diretor de futebol Gimenez Lopes o bancou. O Palmeiras engatou sequência de cinco vitórias no final da primeira fase e chegou pela terceira vez seguida ao quadrangular decisivo. Na última rodada, venceu o Botafogo por 3 x 1 e esperou mais 22 minutos para poder gritar bicampeão do Robertão, com a derrota do Corinthians para o Cruzeiro por 2 x 1, em Minas.

Paulista de 1974. Com seis jogadores servindo o Brasil quarto colocado na Copa na Alemanha, alguns deles mal utilizados e fora de forma por causa da Seleção, e Leivinha voltando de lesão, o Palmeiras foi apenas o quinto colocado no primeiro turno do Paulista. No returno, a Segunda Academia ganhou sete jogos e empatou três e conquistou o direito de disputar a final contra o Corinthians, que não era campeão havia 20 anos… Resultado: deu a lógica. Zum, zum, zum, era o 21.

Paulista de 2008: o Palmeiras era o 16º colocado na sétima rodada. Luxemburgo estava ameaçado no cargo. Marcos não jogava havia sete meses por lesão. O treinador resolveu apostar no anjo-guardião. Perdemos na volta por 3 x 0 para o Guaratinguetá… Mas não perdemos mais. Ganhamos 10 jogos e empatamos dois na primeira fase. Nas semifinais, com todo o gás, e nem com a mãozona imperial de Adriano, o São Paulo foi eliminado. Nas finais, a maior goleada desde 1902 numa decisão paulista: 5 x 0 na Ponte Preta.

O post Mais Arrancadas Heroicas do Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/feed/ 0