Arquivos tag-SP-82 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-82/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Wed, 06 Feb 2019 18:25:40 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Apostando https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/apostando/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/apostando/#respond Wed, 06 Feb 2019 18:25:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/02/06/apostando/

(SP-82: São Paulo 0 x 2 Palmeiras. Luís Pereira ganhou o Choque-Rei. Maior artilheiro tricolor, Serginho Chulapa deu a volta olímpica com a camisa do rival. Aposta feita e paga) “Alguém chamado Beting nao pode ser proibido de apostar”. Disse Celso Vieira Júnior pelo Twitter, brincando com o sobrenome que significa “apostando” em inglês: “Betting”. […]

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(SP-82: São Paulo 0 x 2 Palmeiras. Luís Pereira ganhou o Choque-Rei. Maior artilheiro tricolor, Serginho Chulapa deu a volta olímpica com a camisa do rival. Aposta feita e paga)

“Alguém chamado Beting nao pode ser proibido de apostar”. Disse Celso Vieira Júnior pelo Twitter, brincando com o sobrenome que significa “apostando” em inglês: “Betting”.

Melhor do que fazer como alguns apedeutas intolerantes da talibancada que disseram que meu pai Joelmir (nome da sala de entrevistas do Allianz Parque) estava “revirando no túmulo” por causa da aposta que perdi com Vampeta, feita durante a segunda etapa de Palmeiras 0 x 1 Corinthians, na ideia do Marcio Spímpolo, na Jovem Pan. A de que usaria a camisa alvinegra se o Palmeiras perdesse o Derby que já estava perdendo.

Usei na terça-feira na Pan. E respondi aos palmeirenses que se acham mais torcedores do que eu que meu pai não iria se revirar no túmulo porque foi cremado. E se eu era menos palmeirense só por ter pago a aposta e vestido a camisa que Jadson me presenteou via Vampeta, que os mesmos intolerantes cobrassem Luís Pereira em agosto de 1982. O nosso maior zagueiro, alviverde desde o berço em Juazeiro, não apenas jogou no Corinthians em 1986. Também fez a mesma aposta com Vladimir. E perdeu no tarde da maior goleada corintiana no Derby. 5 a 1 pra eles. Três do Casagrande. Dez minutos depois do apito final, sob aplausos alvinegros, Luisão deu a volta olímpica vestindo a camisa do atleta que mais jogou pelo rival… Na boa. Com o respeito a vencidos e vencedores.

Podem e devem me xingar. Mas então cobrem também o Luisão. E me permitam continuar escrevendo a biografia dele. A convite dele.

Xinguem também todas as pessoas que zoam e aceitam ser zoadas no futebol. Todas as que levam a vida com humor. Detonem todos aqueles que sabem que pra ganhar no futebol é preciso que alguém perca. O jogo, não o respeito. A partida, não a vida.

Apostei e paguei. Com a camisa do meu time por baixo da camisa vencedora. Apostei como palmeirense que sou há 52 anos, e como jornalista esportivo que sou há 28 anos. Aposta que não me faz menos torcedor e nem mais palmeirense do que ninguém. E nem mais ou menos jornalista do que qualquer um que assuma a paixão (viva Ivan Moré!) ou qualquer outro que tenha todo o direito de não sair do armário com a camisa que o levou à mídia esportiva.

Só não se pode exigir que alguém assuma se não quiser a torcida. Só não se pode pautar a aposta de ninguém. Ninguém é obrigado a apostar nada. Mas todos são obrigados a respeitar as apostas alheias ou feitas.

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Não perdoo, Baroninho – Por André Falavigna https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-perdoo-baroninho-por-andre-falavigna/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-perdoo-baroninho-por-andre-falavigna/#respond Fri, 08 Sep 2017 08:37:31 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/08/nao-perdoo-baroninho-por-andre-falavigna/

  Baroninho foi campeão da Libertadores e Mundial pelo Flamengo, em 1981. Não era tão ruim. Teve bons momentos no Palmeiras, como ajudou o meio-campo no 4-2-3-1 de Telê, em 1979.   Deixa o Baroninho bater!   ESCREVE André Falavigna     RelacionadasOpinião: ‘Quem gosta do Palmeiras é o palmeirense’‘Opinião: Estêvão resolve jogo e cava […]

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Baroninho foi campeão da Libertadores e Mundial pelo Flamengo, em 1981. Não era tão ruim. Teve bons momentos no Palmeiras, como ajudou o meio-campo no 4-2-3-1 de Telê, em 1979.

 

Deixa o Baroninho bater!

 

ESCREVE André Falavigna

 

 

Duas dificuldades. Uma, mais engraçada: como um sábio já expôs de maneira exata, antes, que explicar o que é ser palmeirense a quem não o seja é impossível, ao passo que explicar o mesmo a quem o seja é inútil, a gente, hoje, sempre corre o risco de passar vergonha quando tenta vencer a dificuldade restante e mais poderosa: a do desejo irresistível de sair por aí explicando o que é – seja lá o que isso for – ser palmeirense.

 

Sobra-nos ilustrar a coisa. Um jeito de fazê-lo é falar do jogo que, ora bolas, ilustra nosso palmeirismo. Há muitos. Vontade de narrar, ainda mais. 1974, 1993. Nacionais de todo o tamanho e nome. 1999. E 1951, que os ignorantes ou infiéis teimam em ignorar ou descrer. Mas isso tudo, acho, não é ilustrativo. O Palmeiras é tão cheio de glórias que tentar desenhá-lo pelo rastro delas seria tão ingênuo e desonesto quanto arriscar diminuí-lo destacando, a esmo, qualquer de suas inumeráveis desgraças.

 

Vou de 1982. Derrota típica da Década Perdida. Morumbi, Juventus, terça-feira à tarde de feriado, dois gols do avante Ticão, cujo titular era Ilo – 9 da minha seleção de botão e maior artilheiro de todos os tempos enormes de minha infância, mas que fora suspenso. Dia da Criança. Pior ainda, no dia em que estreei na bancada. Presentão.

 

Chuva, feriado, o Morumbi era a geladeira que é. Público à Javari. Entretanto, entre os gols de Ticão – um aos dez do segunda etapa, outro com nossa alma encomendada – viveu a esperança fantasmagórica que é um dos pilares da vitória e que aumenta quando surge – e apareceu – uma faltinha ordinária ali na intermediária. Afinal, havia Baroninho.

E Baroninho batia forte, às vezes bem, e frequentemente na Lua.

 

Meu pai detestava o volante Rocha, que viera do Bota, e tinha jogado pela Seleção do Telê; metido a bater falta. A favor do velho: ninguém nunca entendeu a pretensão. Nem Rocha que, se algum dia chutou a gol, foi sem querer. Em pânico, o homem enorme que crescera vendo Rosa Pinto, Romeiro e Rodrigues, ergueu-se para saltar fileiras e urrar, profeta furioso, o vaticínio tresloucado:

 

“DEIXA O BARONINHO BATER! SAI, ROCHA (aqui surgiram termos mui conhecidos, todavia irreproduzíveis)! SAI, ROCHA! DEIXA O BARONINHO BATER!”

 

Rocha saiu, deixou Baroninho bater e a bola quicou, mascada pelo demônio, dali até a lateral, junto à bandeirinha de escanteio, para se despedir sob as gargalhadas que fizeram a nós – meu pai e seus filhos – nos despedirmos daquele cemitério.

 

E foi ali, no caminho de volta, que entendi essa coisa que não se pode explicar: que tinha virado palmeirense para sempre.

 

 

ESCREVEU André Falavigna

 

 

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