Arquivos tag-SP-90 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-90/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Wed, 21 Mar 2018 16:17:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Novorizontino, SP-90 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-novorizontino-sp-90/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-novorizontino-sp-90/#respond Wed, 21 Mar 2018 16:17:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/21/amarcord-palmeiras-1-x-0-novorizontino-sp-90/

Eu não tinha dois meses como colunista esportivo da FOLHA DA TARDE. Ainda era repórter de política do jornal, produzia um programa de entrevistas políticas e econômicas na Band, e fazia um programa de rock com o Kid Vinil na Brasil 2000 FM. Não sabia sabendo se seguiria no jornalismo esportivo. Não tinha nem credencial […]

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Eu não tinha dois meses como colunista esportivo da FOLHA DA TARDE. Ainda era repórter de política do jornal, produzia um programa de entrevistas políticas e econômicas na Band, e fazia um programa de rock com o Kid Vinil na Brasil 2000 FM. Não sabia sabendo se seguiria no jornalismo esportivo. Não tinha nem credencial de imprensa. Nem conseguia ajustar direito a escala como repórter de política com a de colunista de esporte.

Por isso não consegui chegar a tempo ao Palestra em 8 de agosto de 1990 para ver o jogo complicado contra o bom Novorizontino do promissor treinador Nelsinho Batista. Na zaga deles o ótimo e jovem Márcio Santos (titular quatro anos depois do Brasil tetra nos EUA). Paulo Sérgio voltaria depois ao Corinthians e foi outro tetra em 1994. Goiano ganhou Libertadores e Mundial de Clubes. O lateral Odair logo depois viria ao Palmeiras e serviria a Seleção que Falcão estava assumindo naquele agosto de 1990.

Eu cheguei com a bola rolando no segundo tempo. Só para esperar os portões abrirem e assistir aos últimos minutos. Nem isso deu. Estava cheio o Palestra. Mais de 25 mil pagantes. Portões não abriram. E, se foram abertos, não vi. Já estava grudado na grade da Turiaçu. Naquele espaço que era possível ver parte do lado do campo próximo ao então gol das piscinas. O atual Gol Sul.

O Palmeiras estava sem perder em casa desde 1986. Eram 65 jogos. Valia a liderança do grupo da fase semifinal do SP-90. Se vencesse, seguiríamos na ponta, com o Novorizontino na cola. O time que mesmo perdendo aquele jogo, iria se classificar para a decisão que perderia para o Bragantino de Luxemburgo, no final daquele agosto aziago.

Esse jogo eu vi a partir dos 15 da segunda etapa. Vi menos da metade da partida. Talvez um terço do campo. Nem isso. Mas não o “primeiro terço” ou o “último” da desnecessária nomenclatura moderna. Mas era o que dava para ver. E onde não deu para ver o gol de Careca Bianchezi, aos 18. Em belo lance de Edson Abobrão que ele definiu em tiro indefensável para o bom goleiro Maurício. O mesmo que, 9 anos depois, estaria na meta corintiana no processo de beatificação de São Marcos, na Libertadores.

O Palmeiras, pelo que ouvia na Jovem Pan a caminho do Palestra saindo do jornal, era só ataque desde o começo. O time de Telê estava sendo, de fato, o do ponta-direita da base. Serginho. Baixinho e driblador, foi o destaque do jogo. Mas tão franzino era que parecia sub-15. Por isso ganhou o apelido do meu chefe, editor de esportes da FOLHA DA TARDE. O grande José Roberto Malia que, em mais uma de suas sacadas, criou o apelido que pegou. Como Paulinho McLaren. Como Serginho que virou Serginho Fraldinha. Ponta que acabou não virando e já em junho de 1991 foi parar no Santos, com Ranielli, trocado por César Sampaio e mais 350 mil dólares pagos pelo Palmeiras.

Mas isso era futuro. Aquele presente jamais esqueci. Ainda me ajeitava pendurado na grade quando NÃO vi o gol de Careca, que só veria mais tarde na Gazeta, com a narração do meu futuro colega Fernando Solera.

Eu celebrei o gol com a comemoração da torcida. Não tinha radinho de pilha. Ninguém ali na grade tinha. A gente não viu o gol. Não vimos nem a jogada que acabou em gol na antiga meta do placar, hoje o Gol Norte. Nós só vimos a celebração da nossa torcida. Comemoramos o gol da vitória por causa da comemoração da torcida. Nem o banco de reservas do Palmeiras nós conseguíamos ver.

Esse é o Palmeiras x Novorizontino que não esqueço. O que só vi a nossa torcida celebrando. O que comemorei só de ver a nossa gente celebrando.

No fundo, muitas vezes, o que nós fazemos mesmo nos desentendendo. Nós nós celebramos. Simples assim.

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Amarcord: Palmeiras 3 x 0 Novorizontino, SP-17 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-3-x-0-novorizontino-sp-17/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-3-x-0-novorizontino-sp-17/#respond Sat, 17 Mar 2018 10:40:15 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/17/amarcord-palmeiras-3-x-0-novorizontino-sp-17/

O Novorizontino empatou com a Portuguesa no Canindé uma hora antes do final de Palmeiras x Ferroviária (já eliminada), no último jogo da fase semifinal do SP-90. O Verdão de Telê Santana só precisava vencer no Pacaembu para se classificar para a final que seria contra o Bragantino de Luxemburgo. RelacionadasPalmeiras atinge cem vitórias na […]

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O Novorizontino empatou com a Portuguesa no Canindé uma hora antes do final de Palmeiras x Ferroviária (já eliminada), no último jogo da fase semifinal do SP-90.

O Verdão de Telê Santana só precisava vencer no Pacaembu para se classificar para a final que seria contra o Bragantino de Luxemburgo.

Preciso dizer que não saiu do zero em 581 chances? E ainda perdeu um gol feito com o zagueiro Aguirregaray, lá pelos 947 minutos do segundo tempo, mandando a bola na trave de Narciso? Preciso lembrar que bestas do apocalipse verde ainda mancharam e depredaram a galeria de troféus no Palestra, logo depois?

Mas lembro que saí com amigos perdido ao final do jogo empatado no Pacaembu. Vi o nosso desespero na arquibancada em frente às numeradas. O jogo todo meio que achava que não sairia o gol. Meio que sabia que me perderia. Mais ou menos como estava debaixo do placar do portão municipal, deixando o estádio, e vendo outros idiotas querendo arrancar o alambrado com as próprias patas.

Quando vi uma camisa verde ainda pegando fogo. Corri até ela e apaguei com os pés a chama que já estava se apagando. Como o nosso Palmeiras. Não a nossa paixão.

Peguei aquela camisa que estava mais preta de esturricada que verde de Palmeiras. E a levei nas mãos como troféu de mais uma eliminação dolorida daquele Palmeiras tão pouco Palmeiras. O do XV-85, Inter-86, Bragantino-89, e, desde aquela noite dolorida, o combo Ferroviária e Novorizontino-90.

Já na rua, um espírito de porco como eu me chamou de corintiano. Imaginando que eu ateara fogo à nossa única pele. Nem retruquei como deveria. Como explicar a ele algo inexplicável? Como falar para quem queimou nosso manto que isso não se mata? Como zurrar para quem maculou nossa sala de troféus que só a nossa história sobrava então naqueles dias sem futuro?

Há um ano, no mesmo lindo Pacaembu de sempre, pelo SP-17, o Novorizontino perdeu por 3 a 0 para o Palmeiras que criou 16 chances. Willian fez o primeiro num chute errado do então sempre tão certo Tchê Tchê. Borja fez o segundo de canhota numa bomba de raiva como a minha em 1990. Dudu fez o terceiro coroando ótimo segundo tempo do melhor time e de melhor campanha em 2017.

Algo impensável em 1990. Ou mesmo 2014. Quando não quebraram salas de troféus por eles estarem guardados. Quando o time não caiu mais uma vez por esses sortilégios que existem no futebol.

Como quebrar troféu. Queimar camisa. E, em 1990, achar que Telê não era o treinador para o Palmeiras…

Jamais vou esquecer aquele ano. E só entendi em 12 de junho de 1993 como foi “bom” perder tanto para ganhar tudo aquilo desde então.

Mas isso é fácil olhando para o passado. Duro em 1990 era olhar o presente e não enxergar o futuro. Como em 2014.

Virou o jogo. Viramos. Voltamos.

Venha por tudo que ele pode fazer agora. Venha pelo nada que podíamos fazer então.

Aproveite e curta. E leve jogos como esse para sempre.

PALMEIRAS 3 X 0 NOVORIZONTINO SP-17 – QUARTAS DE FINAL, JOGO DE VOLTA Sexta-feira, 7 de abril de 2017

Pacaembu. 21h

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)

Assistentes:  Alex Ang Ribeiro (SP) e Eduardo Vequi Marciano (SP)

Público: 24.548 pagantes (29.145 total)

Renda: R$ 1.031.020,00

Palmeiras: Fernando Prass; Fabiano, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo (Thiago Santos); Willian (Michel Bastos), Tchê Tchê, Guerra e Dudu; Borja (Alecsandro)

Técnico: Eduardo Baptista

Novorizontino: Michael; João Lucas, Diego Sacoman, Domingues e Moacir; Eder (Railan), Doriva, Henrique Roberto, Roberto (Alexandro) e Fernando Gabriel; Everaldo (Rodrigo)

Técnico: Silas

Gols: Willian, aos 32 minutos do primeiro tempo; Borja, aos 23, e Dudu, aos 43 minutos do segundo tempo

https://youtu.be/OXEFOLkIMw8

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Amarcord: Palmeiras x Ituano, SP-14 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-x-ituano-sp-14/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-x-ituano-sp-14/#respond Sun, 11 Mar 2018 12:59:47 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/11/amarcord-palmeiras-x-ituano-sp-14/

Semifinal do SP-14. Jogo único. Palmeiras tinha melhor campanha. Até jogou melhor, no Pacaembu. Mas… RelacionadasPalmeiras x Botafogo-SP: escalações, arbitragem e onde assistirPalmeiras atinge cem vitórias na Copa do Brasil e aumenta bons números em estreias no torneioRony e Estevão decidem, e Palmeiras vence Botafogo-SP na Copa do BrasilO texto que escrevi no meu blog, […]

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Semifinal do SP-14. Jogo único. Palmeiras tinha melhor campanha. Até jogou melhor, no Pacaembu. Mas…

O texto que escrevi no meu blog, à época no LANCE!

Na Vila Belmiro, de fato, não estão de volta os anos 80. Ou, talvez, esteja de volta a temporada 1984. 1983. Algo do tipo.

Embora, de fato, essa turma 96, 97, 95, esteja muito bem. Mantendo o DNA da multiplicação dos peixes e dos gols na Baixada. Peixinhos filhos de peixes graúdos. Santistas de berço e da base que trocam os nomes e mantêm os números. É Stefano Yuri. É Diego Cardoso. É um monte de garotos que chegam chegando no time de cima. Fazendo o Santos ainda mais favorito para a decisão do SP-14 contra o Ituano que eliminou o Palmeiras como se fosse um XV de Jaú de 1985. Uma Inter de Limeira de 1986. Um Bragantino em 1989. Um… zero a mais no débito palmeirense contra equipes do interior. E inferiores.

O Ituano se fechou no primeiro tempo. Quando viu que o Palmeiras sem Valdivia, Alan Kardec e Prass não era tão feio, foi pra cima. E ganhou. Fazendo o palmeirense que encheu o Pacaembu se sentir de volta aos anos 80. Parecia tocar só New Order no sistema de som. O busão azul e branco da CMTC parecia ser a única solução de saída. A camiseta da OP rasgada. As imprecações contra Darinta, Paulo Roberto, Mané, Ditinho, Otávio e Bandeira, os soluços de tantas tardes perdidas. De tantas noites só de sonhos. Sem sono.

Meu caçula se disse pé-frio. Eu disse a ele que todos somos quando perdemos. Todos somos quentes quando vencemos. Ele sabe disso. Embora tenha vezes que a gente parece não saber mais nada. Como o palmeirense de não mais de 8 anos que só chorava depois do gol do Ituano. Ele só chorou. Não entendi uma palavra. Ele não entendia nada daquilo. A boa campanha no Paulista perdida em um mau dia de azares.

Como tantas vezes nos anos 80 palmeirenses. Ou tantas nos anos 90 santistas. Anos 60 são-paulinos. Anos 60 e parte dos 70 corintianos. 70 e 80 botafoguenses.

As filas são todas iguais. Mudam os anos, as cores, não os credos e mantras:

– Agora vai!

E não foi.

Não é fila palmeirense. Mas é doída como tal. E, infelizmente, pareceu fila a derrota na semifinal paulista. Daquelas derrotas que os adultos não sabem explicar. Que os jovens só sabem chorar.

Mas que todos nós sabemos que é assim que se cresce. Que se aprende. Que se vive. Que se ama. Que se torce.

Muita gente deve ter prometido não voltar mais ao estádio.

Serão os muitos que lá estarão de volta quando a bola rolar.

É da vida. É do jogo.

Dói muito, meus caros. Eu sei. E senti tudo isso deixando o Pacaembu sem muita explicação e papo com meu caçula. Mas é nessa hora que lembro quantas vezes não deixei o Palestra assim, em 1985 contra o XV de Jaú. O Pacaembu assado, em 1990, contra a Ferroviária. O Morumbi frito, em 1978, contra o Guarani.

E sei que lá estava de volta no jogo seguinte do campeonato seguinte. Me perguntando de novo o porquê daquela derrota. O porquê de novo desafio.

Logo entendendo todas as respostas quando eu via 10 camisas verdes entrando em campo. Mal sabia os nomes daqueles caras que as vestiam. Mal querendo vê-los nem pintados de verde e branco. Mas sempre achando que...

agora, vai!

Pode até não ir.

Mas eu sei que você vai voltar ao estádio.

Eu vou. Minha família vai. Como o meu caçula foi para a escola hoje com a mesma camisa verde de ontem. A campeã da Copa do Brasil 2012. A mesma que caiu no final daquele ano. A mesma que amo mais a cada ano.

É assim que acreditamos. Até quando nem a fé parece acreditar.

É assim que torcemos. Palmeirenses e fiéis e infiéis de outros credos.

É essa a divina lição do futebol.

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