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Especial 1993: Brunoro relembra primeira camisa do Palmeiras: 'Queria me jogar do precipício'

Responsável por montar equipe campeã, ex-diretor da Parmalat recorda modelo 'pijama' na estreia da parceria com empresa italiana. Confira entrevista ao NOSSO PALESTRA

O Paulista de 1993 é pra muitos a maior conquista da história do Verdão (Foto: Ricardo Correa/Placar)
O Paulista de 1993 é pra muitos a maior conquista da história do Verdão (Foto: Ricardo Correa/Placar)

O dia 12 de junho é mais do que especial para o torcedor do Palmeiras e nesta segunda-feira a conquista diante do Corinthians completa 30 anos. Responsável por montar a equipe, José Carlos Brunoro, teve participação fundamental no título.

Palmeirense e frequentador do antigo Palestra Itália, Brunoro recorda que muita coisa não saiu como esperado, especialmente no começo da parceria com a Parmalat. Uma delas foi a mudança radical da camisa, quando o tradicional verde deu espaço para um tom mais claro com listras brancas.

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– Meu, eu queria me jogar do precipício, cara. Sabe o que aconteceu? Saiu tudo errado o que a gente tinha pensado. A gente queria marcar uma modificação na entrada da Parmalat e a nossa ideia era ter uma camisa com um verde forte e listra branca fininha. Conversamos com a empresa, mas estava em cima da hora. Quando sai, sai aquele pijama! Um verde água, com uma listra branca igual ao verde. Eu falei: “vão me matar” – recorda Brunoro, em entrevista ao NOSSO PALESTRA.

– Eu nunca rezei tanto na minha vida para para ganhar aquele jogo (contra o Cruzeiro, em 26 de abril de 1992 no Palestra Italia) porque se não ganha, era a camisa. Se ganha, a camisa começa a ficar linda. Pelo amor de Deus, gente. Vocês não sabem o quanto que eu rezei para ganhar aquela partida. Ela ficou linda em função das vitórias e depois a gente foi mudando, mas esse momento da camisa foi bem dramático – completa o ex-diretor do Palmeiras.

Depois de mais de um ano desde o começo da parceria, o jogo contra o Corinthians coroou a jornada com o final do jejum de quase 17 anos sem títulos

– Eu acho que o gol que abriu as porteiras foi o do Zinho. Porque é o seguinte, gol do Zinho de pé direito. Vá se ferrar, meu! Não tem mais como perder, gol do Zinho de pé direito, pô. O gol do Evair de pênalti, não tem como o Evair perder pênalti – recorda o ex-diretor, que vê a conquista como “diferente”.

– É engraçado porque tudo neste título tem algo diferente. Não foi um título que “vamos nos preparar para o jogo, vamos ganhar”, o caralho, meu! Uma porrada de coisa diferente desde as contratações até chegar neste jogo (12 de junho). Muda de técnico duas vezes do Nelsinho (Baptista) para o Otacílio (Gonçalves), que muda para o Vanderlei (Luxemburgo). Daí vem o jogo que a gente perde (primeira final), precisa ressuscitar os caras, gol de pé direito. Não tem nada normal neste título, nada normal. É tudo muito louco, a minha mãe falou que eu iria ganhar – completa Brunoro.

Confira a entrevista exclusiva de José Carlos Brunoro ao NP: