O futebol mundial viveu um dia histórico nesta última quarta-feira (8), quando atletas do Paris Saint-Germain-FRA e do Istanbul Basaksehir-TUR se recusaram a seguir no campo para a disputa de um jogo da Champions League após o quarto árbitro da partida ser racista com Pierre Webó, ex-jogador, que hoje faz parte da comissão técnica do time turco.
O caso ganhou repercussão no mundo todo e, antes da bola rolar para Libertad x Palmeiras, pelas quartas da Libertadores 2020, o atacante Rony se ajoelhou no gramado do Defensores Del Chaco, e cerrando o punho direito, demonstrou o seu apoio na luta antirracista.
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É importante que cada vez mais jogadores se posicionem contra esse mal que invade o nosso futebol, por ser um reflexo da sociedade atrasada que vivemos.
Em junho deste ano, Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico de Rony, minimizou os casos de racismo no futebol e disse se tratar de ‘provocação’ quando jogadores brancos usam de ofensas racistas para irritarem jogadores negros durante os 90 minutos.
– Acho que os atos de racismo no futebol são provocados e eu achava que deviam ser deixados de lado. Dão muito prestígio, muita moral à maneira como se trata o racismo no futebol. Nada mais é do que uma bobagem, a meu ver. Aquilo, sim, (nos Estados Unidos) é puro racismo. Mas no futebol, o cara brincar com o outro, gozar o outro para desestabilizar o camarada, dizer que aquilo ali é ato de racismo, não sei. Mas é uma discussão longa – afirmou Luxemburgo ao Estadão.
Racismo não é ‘coisa do futebol’.
Meses depois, Patrick de Paula, uma das maiores joias da base alviverde, sofreu críticas racistas nas redes sociais de alguns ‘torcedores’ palmeirenses. Não é difícil achar por aí, comentários associando a pobre infância que o camisa 5 do Verdão teve com a sua queda de desempenho dentro de campo.
PK cresceu sabendo que não pode errar, nenhuma vez sequer. E Rony mostrou que racismo não é brincadeira, muito menos provocação de jogo.
Racismo mata, e segue matando todos os dias.
E que bom que está na moda a gente se acostumar a colocar o dedo na ferida e se revoltar contra atos desumanos e cruéis, como temos visto de Porto Alegre até Minneapolis.
Que tenhamos cada vez mais Ronys para enfrentar essa cultura de minimizar atos racistas no futebol, em pleno 2020.
Chega, ninguém aguenta mais!
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