Opinião

ESPECIAL TAÇA BRASIL 1960: Palmeiras 0 x 0 Fluminense – Mau começo

(Foto: Divulgação/Palmeiras)
(Foto: Divulgação/Palmeiras)

Supercampeão paulista de 1959 depois de uma melhor de três contra o Santos de Pelé, disputada em janeiro de 1960, o Palmeiras foi o representante paulista na segunda Taça Brasil. O torneio criado em 1959 para definir o brasileiro a disputar a Libertadores, criada no ano seguinte (1960).

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Na primeira edição do primeiro torneio nacional, em 1959, o Bahia foi o campeão da Taça Brasil, superando o favorito Santos de Pelé, em outra melhor de três perdida pelo Alvinegro (em março de 1960).

O Palmeiras disputou e venceu sua primeira competição nacional em 1960. Se o ano começara muito bem com o Supercampeonato estadual de 1959, não seguiria tão bem para a equipe de Osvaldo Brandão até a disputa da Taça Brasil (no final da temporada). No Rio-São Paulo, apenas o sexto lugar alviverde em 10 equipes, e ainda perdendo o jogo do título para o Fluminense, em 17 de abril de 1960. (Revanche, porém, que viria a cavalo e periquito contra o Tricolor carioca…)

Quando o Palmeiras também não vinha bem no Paulista. Chegou ao primeiro jogo semifinal da Taça Brasil depois de quarto empates no SP-60. Teve até chances de ser campeão estadual. Mas perderia o último jogo na Vila Belmiro (quando já estava sem chances de título) para o Santos que conquistou o estadual de 1960, em 17 de dezembro. O Verdão ficou apenas no quarto lugar, a 8 pontos do campeão.

Restava a Taça Brasil. Ainda um torneio com menor importância que o próprio estadual. Mas já cobiçada pela oportunidade que dava para disputar a Libertadores e, se possível, o Mundial de Clubes. Tema de manchete da FOLHA DE S.PAULO no dia da primeira partida decisiva contra o Fortaleza.

Mas antes de enfrentar o campeão do Norte-Nordeste como previa a disputa regionalizada pela CBD, o Palmeiras tinha que estrear na semifinal contra o campeão carioca de 1959. E do Rio-São Paulo de 1960.

O campeão paulista e o campeão pernambucano (Santa Cruz) entraram direto na fase semifinal de um torneio com 17 clubes – como mandava o regulamento; em 1959, os escretes de São Paulo e Pernambuco foram as finalistas do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Por isso, os representantes de cada Estado ganharam a vantagem de entrarem nas fases finais da Taça Brasil.

O Fluminense, campeão estadual de 1959, chegou a São Paulo sem o seu maior artilheiro na história (Valdo), e sem seu craque tático pelo meio-campo: Telê.

O treinador tricolor Zezé Moreira estava menos preocupado com a força do campeão paulista pela ausência do maior craque do outro lado: Julinho. Maior desfalque para Brandão, que lamentava a ausência do centroavante Valdo: “uma pena que ele não possa atuar. O espetáculo será comprometido”. O zagueiro palmeirense Valdemar Carabina também estava lesionado. O meia Ênio Andrade estava gripado na equipe alviverde.
Outros tempos em que um treinador rival lamentava a ausência do goleador adversário…

O Fluminense se concentrou nos alojamentos do Pacaembu. O Palmeiras ficou na Chácara Roncador, em Valinhos.

O árbitro foi o paulista Eunápio de Queiroz, indicado pelo Palmeiras. No jogo de volta, no Rio, a indicação seria de um árbitro apontado pelo clube carioca.

O clássico foi truncado como sabia jogar mais (e muito…) atrás Zezé Moreira. Um Palmeiras sem criatividade não passou pela retranca tricolor e o jogo teve poucas oportunidades de gol.

O Fluminense celebrou o empate sem gols e sem um grande futebol. Uma vitória simples no Maracanã o classificaria. Em caso de novo empate, um terceiro jogo seria disputado no Maracanã, dois dias depois.

A imprensa paulista reclamava do regulamento: por que o terceiro jogo seria no Rio? Qual o critério?

O jornal paulista O ESPORTE aproveitava e questionava: “Procurar um campeão do Brasil com uma Copa assim não é coisa aconselhável”.

PALMEIRAS 0 x 0 FLUMINENSE
Semifinal Taça Brasil. Jogo de ida.
09/11/1960
Pacaembu
Árbitro: Eunápio de Queiróz
Renda: Cr$ 1.020.150,00
Público: 20.000 presentes (aproximadamente)
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge;
Zequinha e Chinesinho;
Ari (Valter Prado), Humberto Tozzi, Ênio Andrade e Cruz.
Técnico: Osvaldo Brandão.
FLUMINENSE: Castilho; Jair Marinho, Pinheiro, Clóvis e Altair;
Edmilson, Paulinho e Jair Francisco;
Maurinho, Almir e Escurinho
Técnico: Zezé Moreira

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