Carta aberta ao técnico Abel Ferreira, que completa 42 anos

Ninguém chegou tão rápido ao coração do palmeirense quanto você. Por ser verdade demais, por gritar seu ‘Avanti, Palestra’ em sotaque português e esmurrar o gramado no gol perdido.

Abel,

Quando o meu time te procurou, eu não esperava muita coisa. Sabia que eles queriam alguém que preenchesse um perfil, mas nem se roteirizasse o futuro seria capaz de imaginar alguém capaz de preencher meu orgulho. Minha fé. Minha esperança. Meu já desestimulado senso de amor pelas cores.

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Atravessar o Oceano pra comandar o maior desafio da sua vida deveria te acanhar, nada tão humano. Que destreza em chegar aqui e saber tudo – saber até o que já tínhamos esquecido – sobre nós. Quanto orgulho você verbalizou em minutos bem conduzidos de terno, gravata e muita hombridade.

Em cada frase que bailou por fado dramático e chacoalhou com drive de rock, você convenceu, você nos encheu de marra. Da boa, daquela que é luz pra achar o caminho. Quandé que não dormimos de ansiedade pelo jogo que viria? Tínhamos pesadelos, nervosismo, tensão. Não mais. Nada é tão engrandecedor.

Você já sabe que as 24 horas pra lamentar são de muito lamento. De conspirações, desespero, loucura, alucinação e gritaria. Mas você também sabe que as 24 horas pra comemorar te imaginam de terno no Allianz Parque cheio com música da torcida especialmente com seu nome. E com taça.

Ninguém chegou tão rápido ao coração do palmeirense quanto você. Por ser verdade demais, por gritar seu ‘Avanti, Palestra’ em sotaque português e esmurrar o gramado no gol perdido. Por saber o nome de cada um dos nossos e saber até as nossas alianças de torcida. Por vestir o verde na alma.

Parabéns, Portuga!
Que o universo te presenteie com a nossa idolatria.

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