Dorival Júnior é um dos poucos treinadores que estiveram nos dois bancos de reservas do Allianz Parque. Foi ele, inclusive, quem comandou o Palmeiras nas duas primeiras partidas na volta para casa, contra Sport e Athletico-PR. Não venceu nenhuma delas, mas cumpriu o objetivo de manter o time na elite.
Como visitante, são dez partidas no Allianz, seis delas no gramado natural e nenhuma vitória. Pelo contrário. Neste período, Dorival perdeu a final da Copa do Brasil quando tinha uma equipe em momento melhor do que o Palmeiras, em 2015. Três anos depois, um revés no estádio sob o comando do São Paulo culminou na demissão dele ainda na fase de grupos do Paulista.
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Dorival Júnior fala sobre gramado sintético após goleada do Palmeiras no Allianz Parque
Desde então, foram quatro anos sem passar pelo estádio, o que ocorreu somente no ano passado, quando estava no Ceará. É bom frisar que o gramado sintético estava na terceira temporada de instalação e o encontro aconteceu na estreia do Campeonato Brasileiro. Foi a primeira vez na grama artificial e com vitória. Ele voltou meses mais tarde para um duelo também válido pelo torneio nacional, mas já à frente do Flamengo. Optou por escalar os reservas, empatou e ficou mais distante do título.
Dorival Júnior retornou ao comando do São Paulo em 2023 e ganhou jogando bola na mesma grama. Avançou na Copa do Brasil, caminhou para o título e nenhum sinal de reclamar ou dizer que era desigual. Bastou o passeio desta quarta-feira (25) para o tema virar pauta, justificando lesões em compromissos que nem foram somente contra o Palmeiras e antes da chegada dele ao clube.
Aliás, o São Paulo é o clube que mais esteve no estádio, independentemente do piso. Foram 21 jogos – 20 como visitante e outro como mandante – e somente quatro vitórias. O desempenho de 25,3% não é consequência da grama.
A comparação é desigual, Dorival. Assim como é desigual falar do gramado do estádio do Athletico-PR. São tecnologias diferentes, mas muito melhores do que grande parte dos locais em que se pratica futebol na divisão de elite. Você mesmo só conseguiu jogar a decisão no Maracanã porque ele ficou fechado por um longo tempo, assim como será para a final da Libertadores.
Os gramados sintéticos passam por aprovações periódicas da Fifa e precisam se enquadrar em uma série de requisitos para seguirem aptos. Por mais que você mais perca do que ganhe no Allianz Parque, a culpa não é do gramado, sobretudo quando se é goleado da maneira que foi com Raphael Claus sequer dando os acréscimos para evitar um vexame maior.