Galiotte e seus escudos
Presidente optou pelo passado para representar o presente e que não dá futuro
Maurício Galiotte não é de muitas palavras. É raro ver o presidente do Palmeiras em entrevistas e dá para contar nos dedos os momentos em que ele apareceu em uma coletiva ou zona mista.
Dois momentos significativos da gestão aconteceram na final do estadual de 2018 com o “Paulistinha” e quando anunciou as saídas de Mano Menezes e Alexandre Mattos, em dezembro do ano passado. Ele fala pouco e, quando fala, erra no tom ou não cumpre o prometido.
Galiotte se protege atrás de escudos. É assim com técnicos cascudos e já foi com diretor futebol suntuoso. A promessa de mudança não se concretizou. Pelo contrário. O futebol piorou desde a escolha do passado para representar o presente e que não dá futuro.
O presidente trouxe dois dos maiores técnicos da história do Palmeiras para se proteger. O primeiro saiu pela porta dos fundos e o segundo caminha para o mesmo caminho. Se pudesse, optaria por Oswaldo Brandão.
Não dá mais para se esconder. É preciso cobrar os jogadores medianos que ele mesmo deu aval para serem supervalorizados. É necessário entender que a escolha por um técnico deve ser em prol do clube que preside e não para autoproteção.
A culpa pelo mau futebol passa pelo técnico, elenco e, acima de tudo, pelo presidente. Chegou o momento de assumir a responsabilidade.