João Sundfeld: ‘Há um ano, não sabia que poderia ser tão feliz – Obrigado, Abel’

Um simples, humilde, mas muito grande, obrigado. De um brasileiro português, ao mais brasileiro dos portugueses.

A vida é algo imprevisível. Mesmo existindo dias que claramente serão marcantes em nossa história, alguns acontecimentos surgem sem grande expectativa e se tornam fundamentais em nossa passagem por este mundo. 

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Há um ano, você chegou, Abel. Ambicioso e desconhecido. Com sede de vitória e sem títulos. Ninguém, nem os mais otimistas, poderiam prever o que estava por vir em tão pouco tempo. Troféus, idolatria, o nome na história do maior do Brasil. 

Há um ano, eu não sabia que seria possível ser tão feliz como fui naquele 30 de janeiro. Acredito que você também não. Afinal, quem imaginaria que você sairia do PAOK, da Grécia, para ganhar uma Libertadores depois de mais de 20 anos pelo meu (nosso!) Palmeiras. Para, depois, levantar mais um troféu. 

Joelmir dizia que não dá para explicar o sentimento de ser palmeirense. É uma honra para poucos, pouquíssimos no mundo. Sentir as dores e alegrias do manto alviverde que tanto se assemelha ao que você vestiu por tantos anos. Em um ano, você sentiu tudo. Nos fez sentir mais. 

A vontade de vencer, emoção à beira do campo. Um adepto apaixonado. Um processo de transição expresso. De Portugal para o Brasil. Chutes em garrafas e baldes d’água. Brigas pelas nossas cores. Declarações apaixonadas, lágrimas caídas, saudades da família e convicção de que está em casa. 

Palmeiras não é um clube, é um estilo de vida. Um estado de espírito. Um motivo para acordar de manhã, para não dormir de noite. Para festejar tantas madrugadas e chorar noite adentro. É algo que você entendeu e viveu em tempo recorde. 

Não à toa é ídolo de tantos por aí. É querido por milhões e por milhares que no Allianz Parque cantam o nome que nos trouxe a Glória Eterna. O nome que pode nos trazê-la mais uma vez. 

As palavras não podem exprimir a gratidão por tudo o que você fez pela Sociedade Esportiva Palmeiras. Italiana de nascimento, brasileira de coração e aprendendo a ser, cada vez mais, portuguesa. 

Só posso dizer um simples, humilde, mas muito grande, obrigado. De um brasileiro português, ao mais brasileiro dos portugueses. 

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