João Sundfeld: ‘Quando ninguém acredita, é Palmeiras’
Palmeiras x Atlético Paranaense. Santos x Vitória. Um dos piores times da nossa história, com uma das campanhas mais vexatórias. Na nossa casa, no nosso centenário. No nosso momento. Quem acreditava que a Série A em 2015 era realidade? Apenas os otimistas, os que queriam acreditar. Bastava pensar um pouquinho pra saber que não ia.
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Para aqueles cujas TVs estavam adiantadas, o grito de alívio veio antes. Para aqueles cujas TVs estavam atrasadas, aquele mesmo grito foi de desespero. Desespero do gol ser santista. Não foi. E o alívio veio, contra todas as expectativas e previsões.
Quando chegou 2015, quem dizia que a final já era nossa? No começo do ano, depois de uma quase queda, a gente iria ganhar um título? O Santos (de novo), chegou favorito, chegou forte, chegou pra vencer, como havia feito na final do Paulistão – que quem diria que a gente ia chegar, jogando contra um Corinthians melhor (que viria a ser campeão brasileiro) na casa deles?
A gente perdeu o primeiro jogo. Virou torcida. A razão era contra nós. Sempre foi. É um ingrediente que nos faz saborear mais cada vitória, cada troféu, cada medalha no peito e grito de campeão na garganta. E na torcida levamos. Levamos com Dudu pro gol, com Prass pros céus. Com Palmeiras pra eternidade.
E depois? Quem diria que não viria um, mas sim dois brasileiros. Aquilo que não chegava desde 1994, com o esquadrão do Luxemburgo. Que um menino da base seria protagonista. Que uma dupla de meio-campo com um ex-ituano e outro ex-portuguesa dominaria o Brasil?
Quem diria que em 2020, com aquele time mal treinado e triste do mesmo Luxemburgo multicampeão, a gente venceria nosso rival. Com mais Cria de protagonista. Com pênalti no último minuto do nosso melhor jogador, nosso porto seguro dentro de campo?
Quem, pensando com plenas capacidades mentais, diria que aquele time apático, que não ganharia nem um intercalasses de ensino médio, ia dominar a América. Aniquilar, e ser aniquilado pelo, o poderoso River Plate. Ganhar do Santos de novo (eles não cansam)? Gritar que a América é verde, no Maracanã que nunca deixou de ser. A razão era contra.
Os números, de novo, estão do outro lado. O passado joga contra. O pensamento é deles. A fé é nossa. O time tá bem? Nem por isso. É motivo para duvidar, não apoiar ou se dar por vencido? Muito menos.
Nos momentos de dificuldade, se fazem os mais fortes.
Nos momentos mais improváveis, se fazem os heróis.
E quando tudo parece impossível, se faz Palmeiras.
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