Mauro Beting: ‘Os tiros n’agua do Abel reativo’
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Abel gosta de um time reativo – quando enfrenta equipes melhores. Usualmente, quando o time dele é melhor, o Palmeiras se impõe – como fez muito bem na Recopa.
Abel tem muito repertório. Você pode até discuti-lo. Eu nem sempre concordo com as ideias dele. Acho que dava para ser mais ofensivo. Propositivo.
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Mas não daria para ser mais campeão do que já é.
Ele mesmo é muito reativo. Briga com a arbitragem até perder a razão – quando tem – nas marcações. Acaba por isso sendo mais marcado e perseguido do que merece pelo apito. E também pelas tribunas de mídia e pelos tribunais de única instância dos bons costumes. Sobretudo quando o réu senta no banco à direita no Allianz Parque.
O reativo Abel dos chutes nos copinhos d’água agora é criticado além da conta pelos bicos que dá nesses plásticos. Tem vezes que ele realmente acerta mais os tiros n’agua que seu time que dá outros desses em campo.
Mas jamais com os burros n’água.
Se o time dele não é tão plástico como as duas Academias e as Vias Lácteas das vacas gordas da Parmalat de 1993-94 e do primeiro semestre de 1996 com Luxemburgo, consegue ser tão eficiente e vencedor desde 2020 como os Palmeiras de 1997 a 2000 de Felipão.
E com menos qualidade técnica para escalar que aquelas seleções dos anos 1990.
Abel não deve chutar tantos copinhos d’água. Mas o pau da barraca e dos barraqueiros da mídia, Abel tem todo o direito de dar um bico em quem o vira para ele. Não só como treinador. Mas como o palmeirense de Penafiel que nasceu sem saber que era tão palmeirense: de tão vencedor como tão chato que é.
E isso irrita tanto quem não é como ele se irrita com tudo.
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