Qual Palmeiras veremos em campo no Maracanã?

Durante o trabalho de Abel Ferreira, o Palmeiras teve várias versões. Qual delas subirá ao gramado do Maracanã, na final da Libertadores?

Ao longo de 84 dias, 25 jogos, 14 vitórias, seis empates e cinco derrotas sob o comando de Abel Ferreira, tivemos algumas versões diferentes do Palmeiras. Qual delas estará no Maracanã, às 17h de sábado, na final da Libertadores? Levando em conta o tempo de treinamento e descanso dado ao time titular, a expectativa pode ser positiva.

Sempre que esteve inteiro fisicamente, o Palmeiras foi consistente e apresentou um bom futebol. Portanto, contra Ceará, Athletico, Bahia, Delfín, Grêmio e Corinthians vimos uma equipe dominante, capaz de roubar a bola no campo de ataque e encontrar trocas de passes muito velozes para chegar ao gol.

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Viña gera espaço para Willian receber por dentro no primeiro gol contra o Corinthians. Imagem: Análise Verdão

Nessas partidas, Abel Ferreira levou a campo sua principal formação: 3-4-2-1 com bola, 4-1-4-1 no momento defensivo. Dessa forma, o time ganha linhas de passe por dentro e por fora, além de se aproveitar da largura do campo para abrir a defesa adversária e ganhar espaço pelo centro.

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Formação habitual do Palmeiras em fase ofensiva
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Formação habitual do Palmeiras em fase defensiva

Três zagueiros

Uma variação vista no segundo tempo de diversos jogos e principalmente no confronto contra o River Plate foram os três zagueiros durante toda a partida, para atacar e defender. Por conta do suporte dos defensores, os alas ganham ainda mais liberdade para avançar, os atacantes se aproximam da área e ficam melhor posicionados para o contragolpe. Assim sendo, Rony e Luiz Adriano deixaram o Alviverde em vantagem na Argentina.

Por outro lado, se você está pensando que nesse mesmo esquema o Palmeiras quase foi eliminado no jogo da volta, você está certo. Nesse sentido, entram as versões negativas da equipe de Abel Ferreira. Contra os argentinos, no Allianz Parque, vimos um time incapaz de competir e desconcentrado, devido ao medo de uma derrota histórica.

Dificuldades físicas

Nas partidas contra Internacional, Flamengo, Bragantino e até América-MG, o problema do Verdão esteve na circulação de bola muito lenta, bem como na falta de intensidade na marcação. Afinal, foram partidas nas quais os jogadores estavam com as pernas muito pesadas, cansados, e, não se movimentavam com o dinamismo necessário para realizar desmarques ou apertar o adversário no momento defensivo.

Nos jogos contra Santos e Libertad, no Paraguai, pelo desgaste e pela falta de jogadores de maior força física no meio-campo, o Palmeiras sofreu muito. Os adversários eram fortes, muito bons na pressão após a perda da posse, no jogo aéreo e na disputa da segunda bola. Dois sufocos e dois empates que ficaram baratos.

Além disso, não podemos nos esquecer das diversas chances claras de gols perdidas nas últimas partidas e em outros tropeços. Certamente é algo que não pode acontecer em uma decisão tão equilibrada, de um jogo só. Ademais, outra certeza está no bom desempenho mostrado pela equipe quando esteve bem fisicamente e treinada. A esmagadora maioria dos titulares no sábado estarão desde o jogo contra o Flamengo sem entrar em campo, apenas descansando e treinando.

Qual dessas versões de Palmeiras teremos na final da Libertadores? Intenso e dominante? Mortal no contra-ataque? Apavorado? Cansado? Ou conheceremos uma nova?

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