Dérbi no Dia dos Namorados: conheça o casal que vive a rivalidade no dia a dia
Selma e Roberto estão juntos desde 1989 e vão passar o terceiro Palmeiras e Corinthians lado a lado no dia 12 de junho
O futebol consiste em amor e ódio. Rivalidade é o que torna o esporte interessante e faz com que o torcedor vibre, sofra e comemore. Nenhum clássico descreve isso tão bem quanto o disputado entre Palmeiras e Corinthians, que acontece desde 1917 e conta com decisões, títulos e jogos que entraram para a história do futebol brasileiro.
Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
A disputa, em muitos casos, é vivida na hora do jogo, seguida pelo sentimento prazeroso, ou angustiante, do resultado. Em alguns casos, porém, ela é vivida no dia a dia, como é o caso do casal Selma Cardoso e Roberto Klingeler. Ela corintiana, ele palmeirense.
– A rivalidade nunca atrapalhou, porque ele sempre tem que ficar quieto. Nós nunca chegamos a brigar de verdade por causa de jogo. Ele fica de mau humor. Por outro lado, eu fico meio invocada, mas nunca brigamos – brinca Selma, em entrevista ao NOSSO PALESTRA
A rivalidade no dia a dia
A vida do casal não é baseada na disputa entre Palmeiras e Corinthians, mas ela está sempre presente. Provocações e brincadeiras acontecem com frequência, sendo no WhatsApp após as partidas, ou no dia a dia, com Selma, por exemplo, afirmando que o cachorro da família é corintiano.
Os dois não são os únicos no grupo de amigos que vivem essa situação. Quando o assunto é futebol, outros casais próximos são, também, opostos. Com isso, antes da pandemia, eram frequentes os eventos “em galera” para assistir aos jogos.
– Temos amigos, óbvio, que são corintianos e palmeirenses. Já reunimos todos para ver jogos, para virar bagunça mesmo. Principalmente quando o Corinthians ganha – disse Selma.
– Ainda bem que foram poucas. A gente costumava, quando os jogos eram sábado, domingo. A gente juntava a galera. Dá pra fazer uma farra – diz o marido.
Em dia de disputa de título, no entanto, o amor pelo clube se sobressai em alguns momentos. Em 2020, Palmeiras e Corinthians decidiram o Paulistão e o resultado foi favorável à torcida alviverde, com o clube conquistando a competição pela 23ª vez.
– Eu fiquei sem falar com ele (após a final do Paulistão 2020). Passamos o dia sem nos falar. Mas só até a hora de dormir, depois voltou ao normal. A gente fica de mau humor, mas não é aquela coisa de passar uma semana mal, fazer dormir na varanda – afirmou Selma.
– Pode ter certeza que eu zoei muito. Tinha certeza que nós seríamos campeões. Quase enfartei nos pênaltis, mas é muito bom comemorar em cima do Corinthians – disse Roberto.
Dérbi no Dia dos Namorados
Um dos principais dias no ano para os casais é o Dia dos Namorados. Um dos principais dias para um torcedor é o dia de um clássico. Em alguns casos, os dois se unem e formam uma noite inesquecível, como foi para Palmeiras e Corinthians em duas ocasiões até o momento. No próximo sábado (12), às 19 horas (de Brasília), o Allianz Parque vai receber mais um capítulo dessa história.
A primeira, e principal, ocorreu em 1993: o Dia da Paixão Palmeirense. Os dois times disputaram, em 12 de junho, o título do Campeonato Paulista. O Verdão, depois de quase 17 anos anos sem levantar uma taça, bateu o Corinthians por 4 a 0, sagrou-se campeão e deu início à vitoriosa ‘Era Parmalat’.
– Quando é Dia dos Namorados, a gente tem que segurar. Ainda era no começo de namoro (o Dérbi de 1993). A gente tinha que ser um pouco mais comedido – explica Roberto.
– Tanto esse (Dia dos Namorados), como os demais, a gente tenta ser um pouco neutro. A gente fica invocado quando perde, mas na hora do jantar fazemos as pazes, já que, afinal, é Dia dos Namorados. Não à toa estamos há mais de 30 anos juntos – disse Selma.
Neste sábado (12), quando, mais uma vez, os times irão se enfrentar no dia 12 de junho, o casal espera a vitória do seu time, respectivamente. Para Selma, perder seria o indício de que o Corinthians, que não vive boa fase, “vai acabar caindo de novo e, portanto, será vergonhoso”.
LEIA MAIS:
- Com Menino e Kuscevic, Palmeiras treina após eliminação
- Palmeiras aceita oferta da Conmebol e vai ao Paraguai para vacinar seu elenco contra a Covid-19
- Mauro Beting: Parmerada – Palmeiras 0 x 1 CRB
- Guilherme Paladino: Palmeiras, Maquiavel e quando o barato sai caro